sábado, 4 de janeiro de 2020

O BOM SOLDADO DE JESUS CRISTO: O ESCUDO DA FÉ


O BOM SOLDADO DE JESUS CRISTO: O ESCUDO DA FÉ”
2 Timóteo 2.3,4; Efésios 6.16
A 4ª peça que compunha a armadura e indumentária de um soldado romano, de um legionário, era o escudo.
Este escudo era chamado em grego de “thureos” e em latim de “scutum”. Antes de falarmos especificamente sobre o significado do escudo, precisamos entender o que é “Fé”.
A melhor definição está em Hebreus 11.1: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem”. Em seguida, no mesmo capítulo, no v 6, o texto diz: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”.
Fé é uma das doutrinas principais das Escrituras Sagradas: Somos salvos pela graça, mediante a fé (Gl 2.8); quando oramos precisamos ter fé (Mc 11.22-24); vencemos o mundo pela fé (1 Jo 5.4); o justo vive pela fé (Rm 1.17).
Enfim, como soldados de Jesus Cristo estamos envolvidos numa guerra espiritual constante, contra o Diabo e seu exército, diariamente. Nós só conseguimos compreender isto pela fé no que diz a Palavra de Deus, porque pela razão, pela lógica, tudo o que acontece é coincidência, tudo é por acaso, tudo é fatalidade, sorte ou azar, mas nós sabemos, pela fé, que tudo é espiritual. Voltando agora para o texto, o que podemos aprender sobre o escudo da fé?
I) O ESCUDO DA FÉ TEM UM PROPÓSITO DEFENSIVO:
1 - O escudo era usado pelo soldado de infantaria do exército romano. Ele era feito de madeira, revestido de couro (pele) e algumas parte de metal (ferro). Era pesado e retangular, cobrindo quase todo o corpo. Na hora da batalha ele era molhado e ficava mais pesado ainda, mas servia para apagar os dardos e flechas incendiárias, feitas de alcatrão, que eram lançadas pelos inimigos.
Ele protegia, também, de golpes de espada e ataques de lança. Era uma arma de defesa muito importante.
2 - Ensinamentos Práticos: Precisamos ter em mente 3 verdades: 1ª) Deus é o nosso escudo. Ele é o nosso grande e verdadeiro protetor, guardião, diante dos ataques do Diabo e seus anjos (Gn 15.1; Dt 33.29; 2 Sm 22.3; Sl 28.7; 33.20). Só seremos atingidos se Ele permitir; 2ª)
O escudo da fé serve para nossa defesa pessoal contra os ataques malignos. O Diabo e seus anjos usam duas formas para nos atacar: a) Tentação (Mt 4.1-11). Tenta nos seduzir para a prática do pecado, a prática do mal; b) Acusação (Ap 12.10). Se nós dermos lugar ao pecado, ao mal, ele acusa os crentes diante de Deus. Entretanto, Deus nos promete livramento da tentação (1 Co 10.13) e, também, perdão e purificação se confessarmos os nossos pecados (1 Jo 1.7-2.2); 3ª)
Estamos incumbidos da defesa e confirmação do Evangelho (Fp 1.7,16): Cada a nós, servos de Deus, leais soldados de Jesus Cristo defender o Evangelho. O que isto significa? Os dois termos que Paulo usou “defesa”, do Gr. Apologia e “confirmação”, do Gr. Bebaiôsis, são termos jurídicos, usados num tribunal e significam “Testemunhar em favor do Evangelho num tribunal” (Mc 13.9-11).
Esta defesa se dá, também, contra os críticos, os que falam mal do Evangelho. Podemos e devemos defender o Evangelho de várias formas: Pregações, publicações que se tornam públicas por material impresso ou internet, debates nos meios de comunicação, etc.
II) O ESCUDO DA FÉ, TAMBÉM, TEM UM PROPÓSITO OFENSIVO:
1 - Parece que não, mas é verdade. O escudo era uma arma importante para a infantaria, para que as legiões romanas avançassem contra os inimigos. Eles se agrupavam na famosa “Formação Tartaruga”, que avançava lentamente, mas de forma firme, constante e eficiente, contra os inimigos.
Eles iam avançavam como um rolo compressor contra os soldados inimigos. Os soldados ficavam juntos de forma compacta, em colunas, colocando escudos na frente, formando um paredão e por cima, formando um telhado e nas laterais, formando uma muralha, e assim avançavam.
2 - Ensinamentos Práticos: Nosso Senhor Jesus Cristo disse algo muito interessante aos seus Apóstolos, quando estava com eles em Cesaréia de Filipos (Mt 16.18). Ele disse que as portas do inferno nunca prevaleceriam contra a sua Igreja. Muitas pessoas interpretam esta declaração de Jesus de forma errada.
Pensam que as portas do inferno são como um exército furioso que marcha contra a Igreja e esta tem de ficar na defensiva, recuada, ainda que não derrotada. Mas, é o contrário que Jesus está falando. Nós, como bons soldados de Cristo, é que avançamos contra o território do inimigo, com toda a armadura de Deus. O importante é que estejamos juntos, unidos, compactos, assim como as legiões romanas.
Conclusão: Tome em um de seus braços o escudo da fé e não o largue por nada. Podemos afirmar, ainda, que o escudo pode servir de proteção contra alguns fatores climáticos, como o sol quente, a chuva e a neve. Elas simbolizam as provações comuns do dia a dia. Tudo isto pode ser suportado por meio da fé. Estejamos, pois, com o nosso escudo da fé no braço e lutemos pelo Reino de nosso Deus.

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