quinta-feira, 20 de outubro de 2022

NÃO ENDUREÇA O TEU CORAÇÃO

 NÃO ENDUREÇA O TEU CORAÇÃO

Cuidado, que nunca haja em qualquer um de vós um coração mau, perverso e incrédulo, para se afastar do Deus vivo. (Hebreus 3:12)
O escritor de hebreus diz que é possível ter um coração duro para não acreditar nas promessas e bênçãos de Deus, para se afastar da sua palavra, para não crer mais nas Escrituras, para não seguir o Seu caminho
Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim. Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz,
Não endureçais os vossos corações,Como na provocação, no dia da tentação no deserto. (Hebreus 3:6-8)
O escritor de Hebreus traça um paralelo entre os cristãos modernos de hoje com aquele povo hebreu que foi tirado da escravidão do Egito, com mão forte por Deus, liderados por Moisés, mas que ao atravessar o deserto até chegar a terra prometida e formar uma nação livre (Israel), só murmuraram contra Deus, só reclamaram do caminho estreito, endureceram o coração, foram rebeldes e por isso não entraram no descanso do Senhor, eles ficaram por 40 anos no deserto e aquela geração por causa da desobediência e incredulidade morreram no deserto sem nenhum deles pisarem na terra prometida
E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o Senhor teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou não. (Deuteronômio8:2)
Deus livrou seu povo da escravidão para a liberdade, mas não era para eles serem livres para fazerem o que quiserem, eram livres para adorar ao Senhor, Agora Deus precisava instru´i-los, discipliná-los, testá-los e aprova-los, somente para saber o que estava no coração do povo, se eles guardariam ou não guardaria os Seu mandamentos
O deserto seria a escola de Deus, um teste de fidelidade, ali Deus providenciaria tudo, se houvesse obediência naquele caminho estreito, para sempre fazer bem ao povo
Que no deserto te sustentou com maná, que teus pais não conheceram; para te humilhar, e para te provar, para no fim te fazer bem; (Deuteronômio 8:16)
O interessante disso tudo, que os cristãos modernos também passam por este teste de fidelidade o tempo todo. Os cristãos que vivem no caminho estreito, são provados e testados também, para ver se há no coração deles, obediência e fidelidade nos caminhos do Senhor
O problema quando a coisa aperta, o caminho fica estreito, as provas acontecem, as adversidades vem, os desafios são difíceis, os “se” e os “mas” da fé aparecem com frequência
Quero chamar a atenção dos cristãos para a palavra “se” em Hebreus 3:6:
“se tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim. Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz, Não endureçais os vossos corações,Como na provocação, no dia da tentação no deserto. (Hebreus 3:6-8)
Muitas vezes não gostamos de prestar atenção aos “se” e “mas” da Bíblia Sagrada. Gostamos de citar versículos de bênçãos e vitórias, só do que pode dar certo e é legal de escutar
Em passagens da Bíblia onde tem “se” e “mas” são os testes de fidelidade de Deus, nestes versículos vemos o que Deus fará, se tão somente, se fizermos o que devemos fazer
Os cristãos tem o tremendo privilégio de serem membros do povo de Deus na terra, hoje, de serem o corpo de Cristo na terra, hoje representado pela Igreja, estão na casa do Pai, se permanecerem firmes na fé até o fim.
Ir a igreja toda semana, chegar até o altar e fazer orações, confessar pecados, isso é muito fácil, é moleza, é só o começo da nossa caminhada com Deus, mas, quando vem as provas fora da igreja, no trabalho, na família, na área social, nas circunstancias da vida, vem os apertos, as aflições, as decepções, frustrações, e temos que prosseguir na fé, seguir em frente, enfrentar tudo e continuar caminhando na fé, precisamos crer que Deus está também por detrás de tudo isso...
O caminho estreita cada vez mais nas provas da vida, confiança e fé são praticamente sinônimos; devem andar juntas nas horas difíceis; às vezes elas podem ser trocadas na hora do sufoco por reclamação, murmuração, ansiedade, incredulidade, desistência, irritação, frustração, decepção.
Onde está a fé e a confiança em Deus nos momentos de deserto, nas etapas da vida que parecem que nada está dando certo. Em termos simples, fé é o ato de saber que se DEUS diz que Ele fará alguma coisa, Ele o fará, não importa as circunstancias.
Mesmo que pareça que Ele não está fazendo neste instante, ela virá acontecer no tempo Dele, se permanecermos confiantes e obedecendo sempre
No deserto o povo era guiado diariamente por uma nuvem, de dia e de noite, eram protegidos por Deus de todo povo inimigo ao redor, era sustentado pelo maná, agua saia da rocha para eles beberem, tinha a palavra de Moisés, sendo um guia, um profeta, boca de Deus e mesmo assim , o povo começou a reclamar de tudo
Lembravam do Egito com frequência, no tempo da escravidão, comiam bem, alho, cebola, repolho, carne e ali no deserto só o maná. Deus ficou irado e providenciou “codornizes” eles se fartaram de tanto comer e mesmo assim, murmuravam e reclamavam do caminho estreito
Não que eles queriam voltar pro Egito, pra escravidão de novo, pensavam em voltar só pra comer, só para realizar os desejos da carne, na realidade só queriam um caminho mais fácil
As únicas coisa que podem interromper a fé são: caminhos mais fáceis, sem esforço, dúvidas, incredulidade, murmuração, acomodação, preguiça, falta de obediência a Deus, tentação, proclastinação, medo, frieza espiritual, preocupação, frustração, decepção...
Todas estas coisas endurecem o coração: Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz, Não endureçais os vossos corações, Como na provocação, no dia da tentação no deserto. (Hebreus 3:7,8)
Muitas coisas fazem oposição a fé. A fé cristão precisa continuar mesmo quando tudo parece ao contrário, quando as coisas não acontecem como queremos, parece que tudo e todos estão contra nós, parece que os ímpios que não seguem a Deus estão sempre na melhor e os cristão sempre no sufoco e nas provas
Em Jesus Cristo, podemos permanecer firmes interiormente por causa das promessas que ele mesmo fez aos seus seguidores
Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize. (João 14:27)
Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.
Jesus não enganou ninguém, ele prometeu força as cansados e oprimidos. Ele disse que a verdadeira vida dos cristãos está dentro do coração e da alma, e não nas pessoas ou circunstancias que estão do lado de fora
Adversidades, desafios, etapas, ciclos, estágios bons ou maus, é o teste de fidelidade no caminho de Deus, para ver se o cristão segue firme até alcançar as promessas e entrar no descanso do senhor
Jesus é o caminho a verdade e a vida. Jesus é o descanso para as almas aflitas.
Os cristãos devem permanecer neste caminho, nesta verdade e nesta vida, onde encontrará descanso permanente
Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.
(Mateus 11:28-30)
Não endureça o teu coração nas horas difíceis, nas provas e adversidades e ali que Deus está te provando e aprovando para entrar na vida eterna
Nos tempos antigos o povo de Deus ficou 40 anos no deserto e morreram sem experimentar a promessa porque endureceram o CORAÇÃO. Eram para entrar no descanso do Senhor, mas não quiseram obedecer, ENDURECERAM O CORAÇÃO
Não endureçais os vossos corações,Como na provocação, no dia da tentação no deserto. Onde vossos pais me tentaram, me provaram,E viram por quarenta anos as minhas obras. Por isso me indignei contra esta geração, E disse: Estes sempre erram em seu coração, E não conheceram os meus caminhos. Assim jurei na minha ira Que não entrarão no meu repouso. (Hebreus 3:8-11)
Estamos sujeitos ao mesmo caso, se hoje como cristãos, endurecermos o coração e não perseverarmos na fé até o fim... Seja na prova, na alegria e na dor, na abundancia ou na escassez, há tempo para todo propósito de Deus para cada vida, para cada cristão, em cada pessoa...
E sereis odiados por todos por amor do meu nome; mas quem perseverar até ao fim, esse será salvo. (Marcos 13:13)
Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo. ( Mateus24:13)
E odiados e perseguidos de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo. (Mateus10:22)

AS CIRCUNSTÂNCIAS E CRISES DA VIDA

 AS CIRCUNSTÂNCIAS E CRISES DA VIDA


Jesus Cristo sabia que cada coisa, fato, circunstância de sua vida, não era apenas fatos e circunstâncias. Eram, em última análise, oportunidades para testemunhar sobre o evangelho, sobre sua missão, sobre o amor de Deus

Por isso, Jesus, o tempo todo, aproveita a ocasião para evangelizar e não fica se lamentando da vida, enquanto que muitas pessoas hoje em dia, só se lamenta e estão envolvidas em crises existenciais

Cristo pensava em viver a vida fazendo a vontade de Deus. O apóstolo Paulo também pensava assim.

Numa das vezes que Paulo esteve preso, justamente por ser um seguidor de Cristo, ele escreveu uma carta da prisão ao jovem Timóteo, seus discípulo e amigo íntimo, dizendo que, embora ele estivesse preso e torturado, espancado, humilhado, o EVANGELHO não estava PRESO

Por isso sofro trabalhos e até prisões, como um malfeitor; mas a palavra de Deus não está presa. (2 Timóteo 2:9)

Ele aproveitou o momento que estava na prisão e pregou a mensagem de Deus aos soldados da guarda pretoriana, a guarda imperial romana.

Quando termina a carta, ele diz o seguinte: Todos os santos vos saúdam, mas principalmente os que são da casa de César. (Filipenses 4:22)

O que significa isso? Simples: Ele plantou uma nova igreja na casa do Imperador, que o prendia justamente por causa da pregação do Evangelho!

Ele poderia ter chorado, ficado desanimado, o fato de estar preso. No entanto, lembrou-se de que as circunstâncias da vida eram oportunidades para se pregar o evangelho, em qualquer situação, em qualquer lugar, se estivesse bom ou ruin, não importa o local, ele simplesmente evangelizou

Nosso sofrimento, nossas crises existenciais nos dão duas opções, ficar se lamentando e reclamando da vida, deixando nosso emocional abalado ou aproveitar tudo e fazer algo útil, de bom, que possa favorecer a nós mesmo e muitas pessoas

Paulo teve experiências dentro da cadeia e se importou com cada pessoa que estava ali, ele até poderia ser um autor das cartas aos Hebreus onde está escrito:

Lembrai-vos dos presos, como se estivésseis presos com eles, e dos maltratados, como sendo-o vós mesmos também no corpo. (Hebreus 13:3)

Imagine alguém preso, fazendo de tudo para se ter bons relacionamentos dentro da prisão e aproveitando oportunidades para ajudar todo mundo

Isto está muito claro, circunstâncias e crises da vida podem nos amadurecer a ponto de sermos pessoas melhores e podermos aproveitar todas as oportunidades para testemunhar do amor de Deus

Paulo detalha em sua carta que as prisões foram formas úteis de pregar o EVANGELHO:

E quero, irmãos, que saibais que as coisas que me aconteceram contribuíram para maior proveito do evangelho; De maneira que as minhas prisões em Cristo foram manifestas por toda a guarda pretoriana, e por todos os demais lugares; E muitos dos irmãos no Senhor, tomando ânimo com as minhas prisões, ousam falar a palavra mais confiadamente, sem temor. Verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa vontade; Uns, na verdade, anunciam a Cristo por contenção, não puramente, julgando acrescentar aflição às minhas prisões. Mas outros, por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho. Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e me regozijarei ainda. (Filipenses 1:12-18)

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EMOÇÕES NO CÉU

 EMOÇÕES NO CÉU

Sem dúvida, no céu há religião verdadeira. Sem dúvida, no céu a religião é absolutamente pura e perfeita. De acordo com os quadros que as Escrituras nos dão do céu, a religião lá consiste principalmente em amor e alegria, expressos nos louvores mais fervorosos e exaltados. Ora, a religião dos santos no céu é a religião dos santos na terra, tornada perfeita.
Aqui a graça é o amanhecer da glória futura. Textos como I Cor. capítulo 13, provam isso. Assim, se a religião do céu é uma religião de emoção, toda a religião verdadeira deve ser de emoção.
O modo de aprender a natureza verdadeira de qualquer coisa é ir até onde se encontra essa coisa em sua forma pura.
Devemos, portanto, levantar nossas mentes até ao céu para sabermos como é a verdadeira religião. Isto ocorre porque todos os que são verdadeiramente espirituais não são deste mundo; são forasteiros aqui, pertencem ao céu.
Nasceram do alto e o céu é sua pátria nativa; a natureza que recebem em seu nascimento celeste também é celeste. A vida da verdadeira religião no coração do verdadeiro crente é uma semente da religião do céu, e Deus nos prepara para o céu, conformando-nos a ele. Assim, se a religião do céu é de emoção, nossa religião na terra também deve ser semelhante.

EMOÇÕES E NOSSOS DEVERES RELIGIOSOS

A importância das emoções espirituais podem ser vistas a partir dos deveres que Deus designou como expressões de culto.
Oração - Declaramos em oração as perfeições de Deus, Sua majestade, santidade, bondade e absoluta suficiência, nosso próprio vácuo e desmerecimento, nossas necessidades e desejos.
Mas, por quê? Não para informar a Deus dessas coisas, pois Ele já as conhece, e certamente não para mudar Seus propósitos e persuadi-lO que deveria nos abençoar. Não, declaramos, porém estas coisas para mover e influenciar nossos próprios corações, e dessa forma nos preparamos para receber as bênçãos que pedimos.
Louvor - O dever de cantarmos louvores a Deus parece não ter outro propósito que o de excitar e expressar emoções espirituais. Podemos encontrar somente uma razão para que Deus ordenasse que nos manifestássemos a Ele tanto em poesia como em prosa, e em cântico como pela fala.
A razão é esta: quando a verdade divina é expressa em poemas e cânticos, tem uma tendência maior a se imprimir em nós e mover nossas emoções.
Batismo e a Ceia do Senhor - O mesmo é verdadeiro com relação ao batismo e à Ceia do Senhor. Por natureza, as coisas físicas e visíveis nos influenciam muito.
Assim, Deus não somente ordenou que ouvíssemos o evangelho contido em Sua Palavra, mas também que víssemos o evangelho exposto diante de nossos olhos em símbolos visíveis, de modo a nos influenciar ainda mais. Essas demonstrações visíveis do evangelho são o Batismo e a Ceia do Senhor.
Pregação - Uma grande razão porque Deus ordenou a pregação na Igreja é para gravar as verdades divinas em nossos corações e emoções. Não é suficiente que tenhamos bons comentários e livros de teologia.
Estes podem iluminar nossa compreensão, porém não têm o mesmo poder que a pregação para mover nossas vontades. Deus usa a energia da palavra falada para aplicar Sua verdade aos nossos corações de forma mais particular e viva.

EMOÇÕES E A DUREZA DE CORAÇÃO

Outra prova que a verdadeira religião se encontra nas emoções, é que as Escrituras muitas vezes chamam o pecado de "dureza de coração". Considerem os seguintes textos:
"Olhando-os ao redor, indignado e condoído com a dureza dos
seus corações" etc. (Mar.3:5).
"Oxalá ouvísseis hoje a Sua voz! Não endureçais o vosso
coração, como em Meribá, como no dia de Massa, no deserto;
quando vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, não
obstante terem visto as minhas obras. Durante quarenta anos
estive desgostado com essa geração, e disse: é povo de coração
transviado." (Sal. 95:7-10).
"O Senhor, por que nos fazes desviar dos teus caminhos? Por
que endureces o nosso coração, para que te não temamos?" (Is.
63:17). "Mas endureceu a sua cerviz, e tanto se obstinou no seu coração, que não voltou ao Senhor, Deus de Israel" (II Cron. 36:13).
Junto com esses textos, considerem também que as Escrituras descrevem a conversão como o tirar "da sua carne o coração de pedra", como o dar um "coração de carne" (Ez. 11:19; 36:26).
Um coração duro é obviamente aquele que não é fácil de mover ou impressionar com as emoções espirituais. É como pedra - frio, insensível, sem sentimento para com Deus e a santidade.
É o oposto de um coração de carne, o qual tem sentimento e pode ser tocado e movido. Segue-se, portanto, que santidade de coração consiste principalmente em emoções espirituais.

QUE ENSINAMENTOS SOBRE EMOÇÕES PODEMOS APRENDER DE TUDO ISSO?

(i) Aprendemos quão grande erro é rejeitar todas as emoções espirituais como se não houvesse nada de sólido nelas. Este erro pode surgir após um avivamento religioso.
Tendo em vista que as emoções vivas de tantas pessoas parecem desaparecer completamente tão depressa, as pessoas começam a desprezar todas as emoções espirituais, como se o cristianismo não tivesse nenhuma relação com elas.
O outro extremo é ver todas as emoções religiosas vigorosas como sinais de conversão verdadeira, sem inquirir sobre a natureza e fonte dessas emoções. Se as pessoas simplesmente parecem ser muito calorosas e cheias de loquacidade espiritual, os outros concluem que devem ser cristãos piedosos.
Satanás tenta nos empurrar de um extremo ao outro. Quando ele vê que emoções estão na moda, ele semeia seu joio entre o trigo; mistura emoções falsas com a obra do Espírito de Deus. Desse modo ele ilude e arruína eternamente a muitos, confundindo os verdadeiros crentes e corrompendo o cristianismo.
Entretanto, quando as más conseqüências dessas emoções falsas se tornam aparentes, satanás muda sua estratégia. Tenta agora persuadir as pessoas que todas as emoções espirituais são inúteis. Desse modo, procura fechar tudo o que for espiritual para fora de nossos corações, e transformar o cristianismo num formalismo sem vida.
O correto é não rejeitar todas as emoções, nem aceitá-la todas, e sim, diferenciá-las. Deveríamos aprovar algumas e rejeitar outras. Temos que separar o trigo do joio, o ouro da impureza e o precioso do sem valor.
(ii) Se a verdadeira religião repousa de tal maneira em nossas emoções, deveríamos dar muito valor àquilo que produz essas emoções em nós. Deveríamos desejar o tipo de livro, pregação, oração e cântico que afetarão nossos corações profundamente.
Não me interpretem mal. Estas coisas podem às vezes despertar as emoções de pessoas fracas e ignorantes sem lhes fazer qualquer bem à alma; isto porque é possível para estas coisas excitarem emoções que não são espirituais e santas.
Deve haver uma apresentação clara e uma compreensão correta da verdade espiritual em nossos livros religiosos, nossas pregações, nossas orações e nossos cânticos. Sendo este o caso, quanto mais tocarem nossas emoções, melhor serão.
(iii) Se a verdadeira religião consiste em grande parte em nossas emoções, temos razão em nos envergonhar por não sermos mais influenciados pelas realidades espirituais.
Deus nos deu emoções para o mesmo propósito que todas as outras capacidades que possuímos, isto é, para servir ao fim principal do homem, sua relação com Deus. Todavia, como é comum que as emoções humanas se ocupem de tudo, exceto realidades espirituais! Em assuntos dos interesses mundanos das pessoas, seus prazeres externos, sua reputação, e suas relações naturais - nestas coisas, seus desejos anseiam, seu amor é quente e seu zelo é ardente.
No entanto, como a maioria das pessoas é insensível e indiferente quanto às coisas espirituais! Aqui seu amor é frio, seus desejos são morosos, sua gratidão pequena. Podem sentar e ouvir sobre o amor infinito de Deus em Jesus Cristo, a morte em agonia de Cristo pelos pecadores, e salvação pelo Seu sangue do fogo eterno do inferno, para as alegrias inexprimíveis do céu - e permanecem frias, sem resposta, desinteressadas!
O que mais poderia mover nossas emoções, senão estas verdades? Coisa alguma poderia ser mais importante, mais maravilhosa ou mais relevante? Poderia algum cristão nutrir o pensamento que o glorioso evangelho de Jesus Cristo não moveria e excitaria as emoções humanas?
Deus planejou nossa redenção para que revelasse todas as maiores verdades de modo mais intenso e tocante. A personalidade humana e a vida humana de Jesus revelam a glória e beleza de Deus na forma mais comovente imaginável.
Assim como a cruz mostra o amor de Jesus pelos pecadores do modo mais comovente, também revela a natureza odiosa de nossos pecados de modo muito tocante, pois vemos o terrível efeito que nossos pecados tiveram em Jesus, ao sofrer por nós.
Na cruz também vemos a revelação mais impressionante do ódio de Deus pelo pecado, e Sua justiça e ira ao puni-lo. Mesmo sendo Seu próprio e infinitamente amado Filho que tomou o nosso lugar, Deus abateu-O com a morte. Quão rigorosa é a justiça divina, rigorosa e quão horrível a sua ira! Daí, então como deve ser grande a nossa vergonha, visto que estas coisas não nos atingem mais!
Jonathan Edwards

CARÁTER E UNÇÃO

 CARÁTER E UNÇÃO

Não é a unção que faz de uma pessoa um homem de Deus, e sim seu caráter.
"Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez, confirmado o valor da vossa, fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo" (1 Pe 1:6, 7).
Pedro descreve como as lutas e tentações levam ao refino ou à purificação.
Uma das definições da palavra "contristados", lupeo, no grego, é angústia, ou aflição, o que nos leva a afirmar que as angústias e aflições purificam nosso coração.
"Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, [...]De todas, entretanto, me livrou o Senhor. Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos. Mas os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados " (2Tm 3:1-5, 8-13)
Não lhe parece que o texto bíblico descreve os dias de hoje? Claro! Parece até a manchete de um jornal qualquer.
O triste, no entanto, que descreve a situação da Igreja.
No início do texto o apóstolo fala em tempos difíceis, que em parte virão através de impostores, que têm aparência de piedade, mas não têm frutos.
É bom notar que a unção não é sinal da aprovação de Deus na vida de uma pessoa.
Paulo exortou a Timóteo a que imitasse seu estilo de vida. Ele sabia que os frutos da vida de Timóteo seriam os elementos que levariam adiante a missão e a unção que Deus havia comissionado àquele jovem.
Observe também que, mesmo realizando milagres e curas, Paulo não pedia a Timóteo que também realizasse milagres, e sim para seguir o seu exemplo de caráter, validado e carimbado pelo fruto do Espírito.
"Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei" (Gl 5:22, 23).

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