quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

ABUSO ESPIRITUAL



ABUSO ESPIRITUAL

Existe abuso espiritual?

O Pastor Ronald M. Enroth diz que sim e mostra sete formas usadas por líderes cristãos

O livro deste pastor foi escrito em 1991, mas as regras continuam bastante atuais e visíveis em muitos ministérios brasileiros

Ronald M. Enroth, pastor americano, resolveu acompanhar algumas pessoas que se desligaram da Jesus People USA, um grupo religioso dos Estados Unidos, e coletou informações sobre como os pastores faziam pressão psicológica para impedir que o povo deixasse sua congregação.

As atitudes usadas por eles foram marcadas como “abuso espiritual” e foram relatadas em um livro assinado por Ronald que também é sociólogo de religião. Apesar de ser uma pesquisa realizada nos Estados Unidos percebe-se que muitas dessas atitudes são aplicadas nas igrejas brasileiras para impedir que os membros se desliguem e partam para outros ministérios.
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O pastor Enrolth listou no livro “Churches That Abuse”, lançado em 1991, sete formas de abuso espiritual praticadas por igrejas evangélicas. Entre elas a distorção da Palavra, a criação de uma liderança autocrática, o sentimento de superioridade em relação ao outros grupos religiosos e o elitismo espiritual.
O pastor Serol, da Igreja Batista da Palavra Viva resumiu As Sete Regas do Abuso Espiritual em seu blog.
Confira:
Distorção da Escritura
para defender os abusos usam de doutrinas do tipo “cobertura espiritual”, distorcem o sentido bíblico da autoridade e submissão, etc. Encontram justificativas para qualquer coisa. Estes grupos geralmente são fundamentalistas e superficiais em seu conhecimento bíblico.
O que o líder ensina é aceito sem muito questionamento e nem é verificado nas Escrituras se as coisas são mesmo assim, ao contrario do bom exemplo dos bereanos que examinavam tudo o que Paulo lhes dizia.
Liderança autocrática
discordar do líder é discordar de Deus. É pregado que devemos obedecer ao discipulador, mesmo que este esteja errado. Um dos “homens de Deus” de uma igreja diz que se jogaria na frente de um trem caso o “Líder” ordenasse, pois Deus faria um milagre para salvá-lo ou a hora dele tinha chegado.
A hierarquia é em forma de pirâmide (às vezes citam o salmo 133 como base), e geralmente bastante rígida.
Em muitos casos não é permitido chamar alguém com cargo importante pelo nome, (seria uma desonra) mas sim pelo cargo que ocupa, como por exemplo “pastor Fulano”, “bispo X”, “apostolo Y”, etc. Alguns afirmam crer em “teocracia” e se inspiram nos líderes do Antigo Testamento. Dizem que democracia é do demônio, até no nome.
Isolacionismo
o grupo possui um sentimento de superioridade. Acredita que possui a melhor revelação de Deus, a melhor visão, a melhor estratégia. Eu percebi que a relação com outros ministérios se da com o objetivo de divulgar a marca (nome da denominação), para levar avivamento para os outros ou para arranjar publico para eventos.
O relacionamento com outros ministérios é desencorajado quando não proibido. Em alguns grupos no louvor são tocadas apenas músicas do próprio ministério.
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Elitismo espiritual
é passada a idéia de que quanto maior o nível que uma pessoa se encontra na hierarquia da denominação, mais esta pessoa é espiritual, tem maior intimidade com Deus, conhece mais a Biblia, e até que possui mais poder espiritual (unção). Isso leva à busca por cargos. Quem esta em maior nível pode mandar nos que estão abaixo.
Em algumas igrejas o número de discipulos ou de células é indicativo de espiritualidade. Em algumas igrejas existem camisetas para diferenciar aqueles que são discípulos do pastor. Quanto maior o serviço demonstrado à denominação, ou quanto maior a bajulação, mais rápida é a subida na hierarquia.
Controle da vida
quando os líderes, especialmente em grupos com discipulado, se metem em áreas particulares da vida das pessoas. Controlam com quem podem namorar, se podem ou não ir para a praia, se devem ou não se mudar, roupas que podem vestir, etc. É controlada inclusive a presença nos cultos. Faltar em algum evento pro motivos profissionais ou familiares é um pecado grave.
Um pastor, discípulo direto do líder de uma denominação, chegou a oferecer atestados médicos falsos para que as pessoas pudessem participar de um evento, e meu amigo perdeu o emprego por discordar dessa imoralidade.
Rejeição de discordâncias
não existe espaço para o debate teológico. A interpretação seguida é a dos lideres. É praticamente a doutrina da infalibilidade papal. Qualquer critica é sinônimo de rebeldia, insubmissão, etc. Este é considerado um dos pecados mais graves. Outros pecados morais não recebem tal tratamento.
Eu mesmo precisei ouvir xingamentos por mais de duas horas por discordar de posicionamentos políticos da denominação na qual congregava. Quem pensa diferente é convidado a se retirar. As denominações publicam as posições oficiais, que são consideradas, obviamente, as mais fiéis ao original. Os dogmas são sagrados.
Saída traumática
quem se desliga de um grupo destes geralmente sofre com acusações de rebeldia, de falta de visão, egoismo, preguiça, comodismo, etc. Os que permanecem no grupo são instruídos a evitar influências dos rebeldes, que são desmoralizados.
Os desligamentos são tratados como uma limpeza que Deus fez, para provar quem é fiel ao sistema. Não compreendem como alguém pode decidir se desligar de algo que consideram ser visão de Deus.
Assim, se desligar de um grupo destes é equivalente a se rebelar contra o chamado de Deus. Muitas vezes relacionamentos são cortados e até familias são prejudicadas apenas pelo fato de alguém não querer mais fazer parte do mesmo grupo ditatorial.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

AVIVAMENTO

Avivamento

                    Darrel Bridges disse que: Avivamento não é tampa explodindo, mas fundo caindo. Não é trovoada nem terremoto, mas a Palavra santa de Deus falada na suavidade da brisa, para produzir a verdadeira vida. E. Baker mostra que um avivamento pode produzir barulho, mas não é nisso que ele consiste. O fator essencial é a obediência de todo o coração.

                    Muitas pessoas se impressionam com os movimentos agitados e pensam que aí está a vida de Deus. Animação nunca significou que isto representa a operação do Espírito Santo. É verdade que as pessoas motivadas pelo Espírito de Deus são entusiasmadas e vigorosas. Há um estímulo encantador no progresso da vida cristã genuína. Mas, não podemos misturar animação com avivamento.

                     No avivamento não é a alma que está no comando. O velho homem é motivado por sua alma, por isso, ele fica animado ou mesmo desanimado, dependendo dos estímulos. Mas o novo homem é acionado pela vida do Espírito de Deus no seu espírito vivificado. Deus, por meio de Jesus Cristo, justifica os pecadores, perdoando-lhes os seus pecados, e pela graça os regenera, dando-lhes vida em seu espírito.

                    A nova criatura, gerada pela graça de Deus, mediante a ressurreição de Jesus Cristo, ganha um espírito vivificado que passa a viver sob o comando do Espírito Santo. Ele vos vivificou, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados. E estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos). Efésios 2:1e5. Deus nos vivifica em Cristo para vivermos a vida avivada pela graça. Avivamento é pois, a vida de Cristo dada a nós, depois de termos perdido a nossa vida na cruz, juntamente com Ele. Se um morreu por todos, logo todos morreram, e Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. 2 Coríntios 5:14b-15. Mortos para o pecado em Cristo, ganhamos a vida no espírito.

                    O avivamento bíblico é o esvaziamento da vida animada da alma rebelde, na cruz com Cristo, e a doação da vida inspirada pela graça, na ressurreição de Cristo. Neste ponto todos os regenerados passam a viver pela suficiência do poder vivificador do Espírito Santo. E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo Jesus há de vivificar também os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita. Romanos 8:11. A presença do Espírito de Deus em nosso espírito nos capacita a viver a vida de Filhos de Deus. É nisto que consiste o avivamento da Bíblia. Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Romanos 8:14e16. O avivamento sustentado pelas Escrituras não é um mero movimento de bonecos animados ou a energia das almas ativadas, mas a vida santa de Deus concedida pela graça de Cristo no poder do Espírito Santo.
                    Edwin Orr disse que a melhor definição de avivamento é "tempos de refrigério... na presença de Senhor." Muitos confundem tempos de refrigério com tempos de refrigerante. Isto quer dizer: Tempos de boa vida. É assim que alguns interpretam o sentido do avivamento. É viver uma vida isenta de tribulações e com o maior progresso material. Mas avivamento no conceito bíblico não apela para esta idéia esquisita. Quando Deus opera no seio do seu povo de um modo real, este povo se levanta para enfrentar as circunstâncias mais adversas, pois, agora que ficou cheio da vida de Cristo está capacitado para desenvolver a missão de Cristo na terra. Assim, quando o Senhor aviva a sua Igreja ela se torna operante sem ser ativista; vigorosa sem ser meramente animada; sonora sem ser barulhenta; piedosa sem ostentação, vivendo os tempos de refrigério, sem o menor comodismo. Uma igreja avivada pelo poder do Espírito Santo de Deus, vive a suficiência da vida de Cristo no temor do Senhor e na singeleza de coração, sem qualquer preocupação com o rufar dos tambores ou o mover das águas. Deste modo, o avivamento não é uma invenção terrena; é uma criação celestial.

                    O pecado separa Deus do homem e gera a morte. No avivamento, Deus salva o ser humano, para depois vir habitar no seu ser. No pecado, temos o homem tentando viver sob o regime da morte. No avivamento, Deus liberta o homem do pecado e vem viver a sua vida no coração humano. Avivamento é tão somente Deus vivendo a sua vida santa em pessoas que foram justificadas pelo sacrifício de Cristo e que se encontram regeneradas pela vida de Cristo. Todo avivamento que já aconteceu no mundo ou que ainda está acontecendo se baseia fundamentalmente no caráter da santidade de uma vida perfeitamente santa. A ênfase do real avivamento é o caráter de Cristo na vida do cristão e não o carisma cristão tentando provar ser a vida de Cristo.

                     Muita gente confunde caráter de Cristo com carisma. Confunde o perfil moral com os dons. O caráter fala daquilo que o homem é no escuro, quando ninguém o vê. O carisma ou dom prefere as luzes e a platéia. No avivamento de Deus há caráter e carisma, mas o caráter sempre precede o carisma. A árvore antecede ao fruto. O carisma sem caráter é o fruto sem a árvore. É plástico e sem vida.
                    Deus aviva dando a vida de Cristo, e esta vida santa produz frutos de santidade e feitos santos no poder e comando do Espírito Santo. A vida de Cristo é o caráter. A ação do Espírito é o carisma. Todo aquele que foi salvo pela graça e goza da realidade viva de Cristo, também pode ser instrumentalizado pelo Espírito Santo, manifestando os dons da graça. Não se deve misturar as virtudes e poderes da alma com os dons do Espírito Santo. A alma consegue produzir feitos notáveis por meio de seus poderes latentes. Os magos no Egito faziam muitas coisas semelhantes ao poder de Deus que operava em Moisés. Por isso não se deve identificar os poderes da alma com os dons do Espírito Santo. Assim, é preciso separar o falso do verdadeiro. E o caráter é ainda a mais eficiente prova. Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados. 2 Coríntios 13:5.

                     Se Cristo habita em nossos corações, a sua vida em nós transparece na qualidade moral que marca as impressões da santidade. Só uma vida santa age nos padrões da verdadeira e pura santidade. Não há máscaras nem manipulações. Todos os dons de Cristo são como Ele mesmo: espirituais e celestiais. Só quem experimentou o nascimento espiritual pode ter os dons celestiais. Ninguém pode ter os dons do Espírito sem ter o próprio Espírito. Ninguém pode ter o Espírito sem ter a vida de Cristo. Ninguém pode ter a vida de Cristo sem ter morrido com Cristo. Ninguém pode ter morrido com Cristo sem ter sido atraído por Ele. Foi por este motivo que Jesus Cristo nos atraiu quando foi levantado na cruz, a fim de nos fazer morrer juntamente com Ele, e deste modo, ganhamos a sua vida santa na ressurreição, para que o Espírito Santo viesse habitar em nossos corações.

                    Com toda certeza o Espírito Santo não habita numa pessoa que não tenha sido regenerada. O Espírito da verdade, o qual o mundo não pode receber; porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque Ele habita convosco, e estará em vós. João 14:17. O Espírito Santo habita nas pessoas que foram crucificadas com Cristo e que receberam a vida de Cristo em seus corações. Ele é o Espírito Santo que só habita nos santos que foram santificados em Cristo Jesus. Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. Romanos 8:9.

                    Se alguém apresenta manifestações de poder e não demonstra o caráter da santidade de Cristo, podemos dizer com segurança que não se trata dos dons do Espírito. O fruto do Espírito não é emocionalismo nem ortodoxia. É caráter. E os dons do Espírito nada tem a ver com a projeção de ministérios ou a confirmação do sucesso. O Espírito Santo vem habitar nos corações regenerados a fim de realizar a missão de Cristo delegada pelo Senhor.

                    Antes de mandar a igreja para o mundo, Cristo mandou o Espírito para a igreja com a finalidade de capacitá-la com o seu poder, para o desempenho de sua missão principal: Pregar o Evangelho.

Glênio Fonseca Paranaguá

AS FRONTEIRAS DE SODOMA ESTÃO SENDO ULTRAPASSADAS?


As fronteiras de Sodoma estão sendo ultrapassadas?

O Senhor Jesus descreveu os tempos anteriores à Sua volta em glória como dos mais terríveis que já houve. Ele falou de um Apocalipse vindouro, que aconteceria como julgamento sobre todo o mundo, antes dEle mesmo voltar. Este tempo é descrito como semelhante aos "dias de Noé e de Ló". Os dias de Ló eram a época de Sodoma, donde procede a palavra "sodomia". Naquela sociedade as pessoas viviam inteiramente segundo suas inclinações e paixões. Elas comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam, sem se importarem com Deus. Pretendia-se estabelecer uma era de bem-estar sem Deus. Ao mesmo tempo a imoralidade tomava conta, de modo que a homossexualidade fazia parte do cotidiano (Gn 19.4-5).
Quando analisamos nossos dias, somos levados a pensar que as fronteiras de Somoma já estão sendo ultrapassadas. Como em muitos outros países, os debates a respeito do tema têm sido muito acirrados na França:
O confronto entre a direita e a esquerda tem apresentado atualmente uma violência incomum, porque a maioria esquerdista pretende legalizar a união de casais homossexuais. Deste modo, os partidários do primeiro-ministro Lionel Jospin estão cumprindo uma promessa eleitoral. Trata-se de estabelecer um contrato para todos os casais – quer sejam homossexuais ou heterossexuais...
Apontando para Sua vinda em grande poder e glória, o Senhor Jesus disse: "O mesmo aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e destruiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar" (Lc 17.28-30). Em Gênesis 18.20 lemos porque Deus castigou de tal maneira as cidades corrompidas no vale do Jordão: "Disse mais o Senhor: Com efeito, o clamor de Sodoma e Gomorra tem-se multiplicado, e o seu pecado se tem agravado muito."
Não temos a intenção de apontar o dedo friamente para nossa sociedade, pois todos nós somos pecadores necessitados de redenção. Também não pretendemos pintar um cenário de terror apocalíptico. Pelo contrário, queremos lembrar que o Senhor procura atualmente homens de oração dedicados, que se colocam na brecha (Ez 22.30), da mesma forma como Abraão o fez (Gn 18.22-33). O texto ressalta que Abraão não ameaçou nem julgou a Sodoma – e nem mesmo esperou satisfeito pelo julgamento ameaçador de Deus. Pelo contrário, ele colocou-se diante do Senhor e intercedeu por Sodoma e Gomorra.
Mas, naturalmente também é preciso falar a verdade com clareza, mesmo que não se queira mais ouvi-la e sob o risco de sermos acusados de fanáticos fundamentalistas. O Senhor Jesus Cristo, que morreu na cruz como um criminoso, sem ter cometido pecado, tomou nossos pecados sobre si para que nós – libertos de toda culpa – possamos tornar-nos participantes do reino de Deus. Quem, entretanto, fecha a porta do seu coração para o Senhor Jesus, rejeita a oferta de Deus de completo perdão dos pecados e, assim, exclui a si mesmo do reino de Deus. Aquele, porém, que entrega sua própria vida e a deposita aos pés de Jesus, vai recebê-la. Foi o que o próprio Senhor disse com relação à mulher de Ló: "Quem quiser preservar a sua própria vida perdê-la-á; e quem a perder, de fato a salvará" (Lc 17.33). (Norbert Lieth)


VOCÊ JÁ QUIS TER ASAS E VOAR PARA LONGE?


 

 

VOCÊ JÁ QUIS TER ASAS E VOAR PARA LONGE?

Alguma vez você já se sentiu como Davi, querendo apenas criar asas e voar para longe? Então, disse eu: quem me dera asas como de pomba! Voaria e acharia pouso; Eis que fugiria para longe; E ficaria no deserto. Salmo 55.6-7

Já houve vezes em que me senti assim. Eu queria poder crescer asas e voar para bem longe. Queria poder ter me mudado para uma cidade distante onde ninguém me conheceria, mudar meu nome e começar uma nova vida. Desejei poder escapar de problemas, de dores, de tristeza e de lidar com pessoas e apenas me esconder em uma cabana na floresta em algum canto.

Mas a verdade é que não há fuga da tristeza e da dor dessa vida. Já houve momentos em que a vontade era de desistir. Sentia vontade de abrir mão de minha fé em Jesus. Mas a cada vez que me sentia assim, a pergunta de Jesus a Pedro e a resposta de Pedro ressoavam em meus ouvidos:

À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele. Então, perguntou Jesus aos doze: “Porventura, quereis também vós outros retirar-vos?” Respondeu-lhe Simão Pedro: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus.”João 6.66-69

Para onde mais eu iria? Jesus tem as palavras de vida eterna. E eu vim a saber que ele é o Messias, o Salvador, o Caminho, a Verdade e a Vida. Para onde mais eu irei? De volta aos bares? De volta à minha vida de pecado? De volta ao mundo – aquele poço sem fundo que promete alegria mas nunca cumpre? Vou para outra religião? Não posso fazer isso. Eu conheço a verdade. Para onde mais eu iria? Eu sei que Jesus é minha única esperança. Por maior que seja a dor do momento, eu sei que ele é o meu único refúgio.

É fácil ter fé quando as coisas estão indo bem. É fácil louvar a Deus e ser grato quando tudo está indo conforme o esperado. Mas confiar e adorar em meio às aflições glorifica Deus muito mais. Quando sofremos, especialmente em meio a tragédias e dor intensa, podemos ter vontade de fazer o que a esposa de Jó sugeriu: “Amaldiçoa a Deus e morre”. Ou podemos responder como Jó: “Embora ele me mate, ainda assim esperarei nele”.

Já vi crentes responderem à tragédia e a tempos difíceis das duas formas. Já vi alguns se tornarem amargurados, perderem sua fé e pararem de seguir Jesus, dizendo ‘como um Deus bom permitiria isso? Como um Deus de amor me deixaria passar por tal dor? Deus não respondeu minhas orações. Eu cri nele, mas ele não correspondeu’. Mas também já vi crentes atravessarem horríveis tragédias e, apesar da tristeza inimaginável, apesar das lágrimas, ainda levantavam a voz para adorar Jesus e declarar que Ele é soberano, sábio, amoroso e bondoso. Quanta glória eles dão a Deus quando levantam suas mãos, mesmo que as lágrimas corram por seus rostos.

Quanta honra ao Senhor! Eu mal posso esperar para ver o dia em que Jesus enxugará todas as lágrimas de seus olhos e o coroará com glória. E se um anjo perguntar “por que você não desistiu? Por que você continuou adorando e confiando nele?” eles irão responder “para onde mais eu iria? Jesus tem as palavras de vida eterna. Ele é o Santo de Deus, meu Senhor, meu Rei. Ele era minha única esperança”.

PARA ONDE MAIS VOCÊ VAI?

Jesus é a fonte da vida. Qualquer outra “fonte” é um poço seco. Qualquer outro caminho é um beco sem saída. Deposite seu pesar aos pés dele. Entregue suas reclamações a ele. Faça suas perguntas a ele. Pergunte por que você precisa passar pelo que está passando. E apesar de qualquer coisa, sempre diga “para onde eu iria, Jesus?

Tu tens as palavras de vida eterna. Tu és minha única esperança”. Peça a Jesus por conforto e paz. Peça para que ele leve sua tristeza. E peça por graça para adorá-lo em meio às aflições.

Não há para onde ir. Então se agarre àquele cujos braços eternos estão te sustentando. Corra para aquele que verdadeiramente conhece sua dor e deseja te confortar.

Corra para aquele que é seu refúgio e fortaleza, socorro bem presente na aflição. Corra para aquele que tem as palavras de vida eterna.

by Mark Altrogge

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ARMAS FUNDAMENTAIS PARA O CRISTÃO


ARMAS FUNDAMENTAIS PARA O CRISTÃO

(II Corintios 10.4) pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para demolição de fortalezas;

1a. FÉ        2a. ORAÇÃO        3a. PALAVRA

Fé comum aos que crêem - (Marcos 16.17) E estes sinais acompanharão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas;
Fé como dom do espírito - (I corintios 12.9) a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;
Fé para salvação - (Efésios 2.8) Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus;
Fé firme fundamento - (Hebreus 11.1) Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem.
Fé que vence o mundo - (I joão 5.4)porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.


1a. FÉ:
"Escudo cristão" (Efésios 6.16) tomando, sobretudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno.

a. Dúvida
* "Amaldiçoa teu Deus"(Jó 2.9) Então sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua integridade? Blasfema de Deus, e morre.

b. Fé e confiança no seu redentor
* "Eu sei que o meu redentor vive"(Jó 19.25) Pois eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra.

2a. ORAÇÃO:
* "Muito pode a súplica do justo"(Tiago 5.16) Confessai, portanto, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados. A súplica de um justo pode muito na sua atuação.

a. "Não te engane o teu Deus"(II Reis 19.10) Assim falareis a Ezequias, rei de Judá: Não te engane o teu Deus, em quem confias, dizendo: Jerusalém não será entregue na mão do rei da Assíria.

b. "Vitória de Ezequias através da oração"(II Reis 19.15) E Ezequias orou perante o Senhor, dizendo: Ó Senhor Deus de Israel, que estás assentado sobre os querubins, tu mesmo, só tu és Deus de todos os reinos da terra; tu fizeste o céu e a terra.

3a. PALAVRA:
* "Espada do crente" (Hebreus 4.12) Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.
(Efésios 6.17) Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus;

"Vitória de Jesus sobre Satanáis no deserto através da palavra"
(Mateus 4.10) Então ordenou-lhe Jesus: Vai-te, Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.

 Vanderson Paiva


ANDAR NA DIREÇÃO DE DEUS


Andar na direção de Deus



Deus capacita os escolhidos, porque ele chama aqueles que ele predestinou para fazer a sua obra.
Estamos na presença do Deus todo poderoso, estamos vivendo num tempo de despertamento espiritual, numa época em que queremos mais conhece-lo.
É importante reconhecermos que Deus escolhe e capacita os escolhidos a para uma boa obra.

Se estamos aqui nessa terra é porque Deus nos escolheu para estarmos.
Sabemos que o nosso trabalho não é em vão.
Se fazemos para Deus, Ele recebe, se fizermos o melhor para Ele.
Vemos muitas pessoas que vivem em busca de algo novo para suas vidas, e não conseguem encontrar uma saída.
Estão sem rumo, estão perdidos, ou ansiosos ou preocupados.
Andam em círculos, murmuram.
Nós sabemos que temos que ter direção de Deus para tudo o que fazemos.
Deus opera nas mínimas coisas.
Por isso ele é Deus.

Temos que seguir a doutrina de Cristo, quando eu falo em doutrinas não quer dizer o modo de vestir, ou de andar.

Quer dizer o modo de ser, saber côo agir em meios a s decisões que precisamos tomar no dia a dia.

Podemos ver lá em 2ªtimóteo 3; 10que diz assim: Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, caridade, paciência.

Se colocarmos tudo diante de Deus, saberemos por onde ir.

Saberemos o que fazer, quando nos sentimos presos, sem saber o que fazer, sem encontrar uma saída.
Se seguirmos cada passo, se fizermos a vontade de Deus, com certeza saberemos por onde devemos ir.
Em tudo devemos consultar a Deus, até mesmo quando queremos mudar de igreja, devemos perguntar Senhores é aqui que tu me queres?

Até para começar a namorar um rapaz, ou uma moça, devemos perguntar a Deus o que ele quer de nós?
Será que estamos andando na posição de Deus?Será que estamos no caminho certo, e agradando a Deus?
Essa pergunta fica no nosso pensamento, para analisarmos.

Muitas moças, muitos rapazes, pensam em namorar um rapaz que não é evangélico, ou uma moça que tbm, não é evangélica, veja lá em 1ªcoríntios 6v14-não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça e que comunhão tem a luz com as trevas?

É muito profundo esse versículo, que comunhão tem a luz com as trevas?

Há mais ele é direitinho, não bebe não fuma, não tem filho, é comportado, é lindo, toas a s meninas falam bem dele, porque não posso namora-lo?

Aí esta a resposta, que comunhão tem a luz com as trevas?

Talvez ele se converta, mais não é seguro namorar alguém que não é evangélico, é meio complicado.

Mesmo que ele seja comportado e tudo, a bíblia diz que não devemos nos prender a jugos desiguais.

Porque não há comunhão, não é a mesma coisa que ter uma pessoa evangélica do nosso lado.

Deus tem sempre o melhor para nós e por isso é melhor esperar em Deus.

Eu sei que esperar não é fácil, mais depois vai ser uma grande benção prá você.

Você vai olhar e dizer valeu a pena ouvir a voz do Senhor.
Não vai na onda de namorar alguém que não é cristão.
Siga a direção de Deus, você pode falar do evangélico, Mais sempre acompanhada ou acompanhado com alguém.
Ande nos caminhos do Senhor.

Analise pergunte ao Senhor aonde esta a pessoa que ele preparou para você.
A mesma coisa digo quando queremos arranjar um emprego, pergunte ao Senhor por onde vc deve ir, tenha fé em Deus.
Creiamos nele, em nome de Jesus, nós não nascemos para ser perdedores, nascemos para vencer.
Desde que andemos na direção do Senhor.Não precisamos andar perdidos sem rumo.

O Senhor sempre nos faz andar pelos vales mais altos, ele nos faz andar em verdes pastos, ele nos guia pelo caminho que devemos andar, diga para Deus, Senhor eu quero andar em verdes pastos, Senhor eu quero seguir os seus passos, eu não quero fazer nada por minha própria conta, mais fazer aquilo que tu queres que eu faça...

Ele nos dar forças para caminhar, meu irmão ou irmã, tenha certeza de que vc andando nos caminhos do Senhor, coisas grandes coisas acontecerão;
Que Deus abençoe a sua vida e não esqueça ande na direção de Deus!

Por: Lígia cristiane dos santos chaves




A VONTADE DO HOMEM


A Vontade do Homem




“Quem do imundo tirará o puro? Ninguém!”
- Jó 14:4

“Que é o homem para que te lembres dele?...”
- Salmo 8:4

Tem sido ressaltado com muita freqüência em nossos dias que “a vontade do homem é o fator determinante para sua salvação”. Por vezes temos ouvido dizer, tendo sido um destes “auto-falantes” outrora, que o homem tem em suas mãos o poder de salvar-se, decidindo crer, ou perder-se, por se negar a crer.

Mudamos do “aceitar a Jesus” para o “aceitar a morte”. É verdade, houve certo progresso doutrinário onde se incluiu a nossa bendita morte no corpo de Cristo, morte esta para o pecado, conforme afirma a Palavra de Deus.

Mesmo assim, quem tem estado com o poder decisório nas mãos? Segundo a expressão citada, o homem seria o soberano com o cetro na mão, e Deus estaria ao longe, cabisbaixo, esperando na misericórdia do homem que poderia ou não se manifestar “deixando” Deus salvá-lo. Salvação esta que ele naturalmente não quer, mas que acabaria permitindo para não decepcionar o pobre e bem intencionado Cristo crucificado.

É como li dum livro de teologia: “... é o homem que elege (escolhe) a Deus como seu Deus... está exclusivamente nas mãos do homem o salvar-se ou perder-se...”. Nestas palavras ouvimos o eco vindo lá do jardim do Édem: “... como Deus serás...” (Gn. 3:5); eco das palavras do diabo, e não poucos as têm acolhido em seus malignos corações e vivem “adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, que é bendito eternamente. Amém!” (Rm. 1:25).

Mais uma vez a história se repete e renasce o renascimento, que não é o lá do alto. O de outrora trazia como órgão oficial o ateísmo e o homem como o centro, em torno do qual tudo girava. É como se tudo tivesse sido criado pelo homem e para o homem; logo, teríamos que dizer juntos: glória, pois ao homem, eternamente!

O de hoje difere no fato de ressuscitar a religiosidade prosélita, que até então era transferida para a ciência. Apesar das mudanças na casca mantém ainda o mesmo princípio: o homem como o senhor. Será que já saíram da idade das trevas?

Apesar de toda esta distorção natural produzida pelo pecado, não podemos deixar de “proclamar de cima dos telhados”:

“Uma vez falou Deus, duas eu ouvi, que o poder pertence a Deus”
- Salmo 62:11

“... porém Deus com a sua destra o exaltou...”
- Atos 5:31

“... a Jesus Cnisto o Soberano dos reis da terra...”
- Apocalipse 1:5

“... Jesus Cristo, nosso Senhor, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém.”
-Judas 25:3

“... muito acima de todo principado e potestade, e poder, e domínio, e de todo o nome que se possa referir não só no presente, mas também no vindouro. E pôs todas as coisas debaixo de seus pés...”
- Efésios 1:21,22

Voltemos os nossos olhos para a Palavra a fim de vermos, se Deus quiser, o que diz o Senhor sobre quem é o homem, e qual é a sua vontade.

“Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra, e que era continuamente mau todo o desígnio do seu coração”
- Gênesis 6:5

“O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem do mal tesouro do seu coração tira o mal”
- Lucas 6:45

“... todo aquele que olhar para uma mulher com intenção impura no seu coração já adulterou com ela”
- Mateus 5:28

“... pois é do interior do coração do homem que procedem os maus desígnios (*), as prostituições, os furtos, os homicídios, os adultérios, a cobiça, as maldades, o dolo (*), a libertinagem, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a insensatez”
- Mateus 7:21,22

“Há no coração a voz da transgressão...”
- Salmo 53:1

“Tu amas antes Q mal Q g Q e o mentir do que o falar a verdade”
- Salmo 52:3

“O julgamento é este que a luz veio ao mundo, mas os homens amaram trevas do que a luz, porque as suas obras eram más”
- João 3:19

“ Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã, há só feridas, contusões e chagas podres; não foram espremidas, nem atadas, nem amolecidas com óleo”
- Isaias 1:6

“Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos do coração do vosso pai...”
- João 8:44

“... livrando-se eles dos laços do Diabo, tendo sido feito cativos por ele, para cumprirem a sua vontade”
- II Tim. 2:26

Compreendemos, pela Palavra de Deus, que os pensamentos, os desejos, a intenção ou a vontade do homem procedem do interior do seu coração, pois “se um homem olhar para uma mulher com intenção impura no seu coração, já adulterou com ela” (Mt.5:28).

Apesar da exortação divina continuam andando “na vaidade de seus próprios pensamentos obscurecidos no entendimento, alheios à vida de Deus, por causa da ignorância em que vivem, pela dureza de seus corações” (Ef. 1:17,18).

“Mas não ouviram, nem inclinaram os seus ouvidos; porém andaram em seus próprios conselhos, no propósito (vontade) de seu coração maligno”
- Jr.7:24

“Porventura a fonte deita da mesma abertura água doce e água amargosa?”
- Tiago. 3:11

O que o homem tem feito no decorrer de sua nebulosa carreira é lançar “de si lama e lodo” (ls. 57:20), pois “colhem- se, porventura, uva de espinheiro ou figos de abrolhos?” (Mt.7:16).

Esse coração “desesperadamente corrupto” (Jr.17:9) produz “continuamente” pecado, estando por vezes travestido de santidade. “Tais cousas, com efeito, tem aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e falsa humildade, e rigor ascético: todavia não tem valor algum contra a sensualidade” (Cl. 2:23).

Tem sido um esforço inútil procurar boa vontade no homem; não se conseguirá isto, nem mesmo entrando para a legião (a da “boa” ou a estrangeira). Lembre-se que a semente que está no homem é “só má continuamente”, “desde a planta do pé até a cabeça”.... “Raça de víboras, como podeis dizer coisas boas sendo maus?...”.

Não significa isto que o homem é irrecuperável? Que a sua podridão é tamanha que Deus não teve outro modo senão aniquilá-lo por meio da morte com Cristo para fazer um novo homem? Se você tem alguma dúvida pergunte (não a si mesmo) mas à Palavra:

- Quanto da velha criação e do velho homem Deus deixou ficar?
- Quanto Ele fez novo?
- Quantos impuros (ou quanta impureza) entrarão na nova Jerusalém?
- Não é fato que se houvesse alguma coisa boa no homem Deus seria o primeiro a querer preservá-la?

Nós não temos sequer idéia do que significa ser “desesperadamente corrupto” (Jr. 17:9)!

Mas, dirão alguns, o homem não tem que querer a salvação? O Senhor Jesus na parábola da grande ceia diz:

“Certo homem deu uma grande ceia e convidou a muitos, à hora da ceia mandou o seu servo avisar aos convidados: Vinde porque tudo já está preparado... Não obstante todos a uma começaram a escusar-se... Sai depressa pelas ruas e bairros da cidade, e trazei (força-os) aqui os pobres, e aleijados, e mancos e cegos”
- Lucas 14:16-22

Qual é o real estado da raça humana, diante de Deus?

Estão “mortos nos delitos e pecados” (Ef. 2:1) porque “o pecado faz separação entre vós e o vosso Deus...” (ls.59:2). Além de “mortos nos delitos e pecados”, diz a Palavra que a cada dia se corrompem, apodrecem como vai apodrecendo um cadáver com o passar dos dias, é o “...velho homem que se corrompe pelas concupiscências do engano” (Ef.4:22).

Alguns, é bem verdade, não fedem porque estão embebidos do formol da religião, mas apesar disto não deixam de estar mortos. Andam “fazendo a vontade da carne e dos pensamentos” (Ef.2:3). São “inimigos de Deus por causa das obras malignas” ( ). “Pode acaso o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as suas manchas? Então podereis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal.” (Jr.13:23).

A perversão do homem é tal que “ainda que pises o insensato com a mão de gral entre os grãos pilados, não se vai dele a sua estultícia” (Pv. 27:22). “Ainda que se mostre favor ao ímpio, nem por isso aprende a justiça; até na terra da retidão ele pratica a iniqüidade, e não atenta para a majestade do Senhor” (Isaias 26:10).

Acham que não têm do que se arrepender porque se crêem limpos: “Limpo estou, sem transgressão; puro sou, e não tenho culpa. Eis que ele acha ocasiões, e me considera como seu inimigo” (Jó 33:9,10). Defende-se o autólatra Jó dizendo ser Deus injusto, ‘crica’, e porque não dizer, pecador, pois segundo a própria Palavra não se deve entrar em contenda com aquele que não te causou nenhum mal (Prov. 3:30).

Mas os planos de Deus “não podem ser frustrados” (Jó 42:2) e chegou “o tempo determinado pelo Pai” (Gl. 4:2) em que lhe raiou no coração a alva (2 Pe. 1:19). Então descobriu ele que sua religião e seu conhecimento de Deus era “. . .só de ouvir falar, mas agora os meus olhos te vêem, por isso in abomino rn arrependo no pó e na cinza” (Jó 42:5,6). Veio a revelação da santidade de Deus e produziu nele nojo de si mesmo e não apenas remorso pelos seus pecados. “Então vos lembrareis dos vossos pecados e tereis de vós mesmos (Ez. 36:31).

Saiba que, com a sua imundícia natural nunca poderá comparecer perante o Senhor. Você precisa da “lavagem da regeneração e renovação pela palavra” (Tito 3:5), do “sangue do seu filho que nos purifica de todo pecado” (1 Jo. 1:8). Sua “bondade” interesseira e hipócrita tem seguido as ordens do seu coração perverso, pois “há no coração do ímpio a voz da transgressão” (Sl. 53:1), “porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne... porque o pendor da carne dá para a morte” (Rm. 8:5,6).

Se Deus não te arrancar de ti mesmo estás caminhando para o “lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte” (Ap.21:8).

“Ponha a sua boca no pó, talvez ainda haja esperança”
- Lamentações 3:29

“Aborrecei o mal e amai o bem, e estabelecei na porta o juízo talvez o Senhor, o Deus dos Exércitos, se compadeça do restante de José”
- Amós 5:15

“Paulo respondeu: Assim Deus permitisse, que por pouco ou por muito, não apenas tu, ó rei, porém todos os que me ouvem se tornassem tais quais eu sou, exceto nestas cadeias”
- Atos 26:29

Em vista disto teu clamor deve ser:

“. .. converte-me, e serei convertido; porque tu és o Senhor meu Deus. Na verdade, depois que me converti, arrependi-me; depois que fui instruído, bati no peito: fiquei envergonhado, confuso, porque levei o opróbrio da minha mocidade”
- Jeremias 31:18,19

Lembra-te que a cura é para os enfermos, a misericórdia é para os miseráveis e por mais que se esforce não conseguirá se tornar limpo diante de Deus, pois “quem do imundo tirará o puro? Ninguém!. “Não te admires de eu te dizer: Necessário vos é nascer de novo!” (João 3:7).

           Por: Elias do Carmo Lima

sábado, 1 de fevereiro de 2020

O CAMINHO DA RENÚNCIA


O caminho da renúncia


(O autor é consultor teológico do Instituto Cristão de Pesquisas e pastor auxiliar da Igreja Evangélica Cristã Presbiteriana)

O apóstolo Paulo ganhou muitas almas, mas foi preso, espancado, perseguido e precisava trabalhar para se manter. Seu ministério, hoje em dia, seria considerado próspero?

De uns tempos para cá, a vocação pastoral tem se transformado em mais uma opção profissional. Foi-se o tempo em que as escolas teológicas atraíam gente disposta a abraçar um ministério que significava desprendimento, sacrifício e, não raro, a renúncia a uma série de outras oportunidades.

Hoje, boa parte dos calouros dos seminários está mais interessada em tornar-se uma espécie de empresário do sagrado. A cada dia, a visão "marqueteira" e a busca do lucro já estão influenciando até mesmo no chamado pastoral. A preocupação com a manutenção da "igreja-empresa" tem sido levada em conta até na escolha dos novos candidatos ao ministério. Qualidades como carisma pessoal, dinamismo, capacidade gerencial, eloqüência verbal e iniciativa estão sendo mais valorizadas na escolha da mão-de-obra pastoral do que humildade, espiritualidade e temor a Deus.

Tal motivação já atingiu até mesmo líderes e pastores que estão na caminhada do Evangelho há muitos e muitos anos. O que deveria ser examinado é o exemplo de vida, o testemunho e a unção, mas o que estamos presenciando é a elevação de homens ao púlpito pelas suas habilidades que trarão lucro aos caixas sagrados. A adesão missionária ao serviço do Senhor tem sido substituída por outro tipo de acordo - um pacto de conveniências, uma espécie de contrato de trabalho que pode durar a vida inteira ou alguns poucos meses. O sujeito permanece ali enquanto conseguir manter sua cota de arrecadação. Se o planejamento econômico não for cumprido, nada feito.

Dentro desta visão, o futuro pastor precisa se preocupar em render mais no material do que no espiritual. O candidato ao cargo de ministro da Palavra é privado de pensar, questionar ou dar opiniões, já que o líder supremo da instituição é considerado perfeito, à semelhança do mito da infalibilidade papal. Este modo de agir está sendo adotado em diversos círculos evangélicos e se estende a todos que estiverem sob sua influência. Se o membro um dia quiser chegar a pastor, bispo, apóstolo, arcanjo, serafim ou semideus, só tem um caminho: obedecer sem questionar. O direito de opinar ou pensar está fora da revelação divina recebida pelo dono da igreja. Ao membro, só resta a aceitação. Nada de explicações sobre os métodos empregados ou sobre o que se fala do púlpito. Muito menos transparência financeira e administrativa.

Já imaginou se o apóstolo Pedro, caso vivesse hoje, fosse candidato ao ministério? Provavelmente, teria sido imediatamente excluído por ter traído o seu pastor, sem direito a defesa ou a uma segunda chance. E jamais ouviria de seu líder: "Tu me amas? Então, apascenta as minhas ovelhas". E Paulo? Será que seu ministério, hoje, seria considerado próspero? Ele ganhou muitas almas, mas não levou vida confortável. Foi preso, espancado, perseguido. E ainda por cima tinha de trabalhar para se manter, pois não queria ser um peso para os irmãos. Quantos evangelistas do nosso tempo têm tal desprendimento?

É claro que muitos e muitos ministérios contemporâneos têm como único objetivo proclamar o Reino de Deus e fazer a vontade do Pai, anunciando o Evangelho com honestidade e fazendo discípulos. Existem igrejas que investem nos seus futuros obreiros pensando apenas nas almas que serão salvas e libertas do pecado, pois o plano do Senhor sempre foi a salvação do homem.

Diz a Palavra: "Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o alpendre e o altar, e digam: 'Poupa a teu povo, ó Senhor, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que os gentios o dominem; porque diriam entre os povos: onde está o seu Deus?'"

Graças a Deus, ainda sobram os remanescentes, aqueles que buscam a verdade, o perfeito e simples Evangelho de Cristo, sempre tendo a esperança maior no Senhor e dizendo como o profeta Habacuque: "Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação".

Se no mundo existisse apenas um pecador, ainda assim Jesus teria deixado a sua glória e morreria por apenas aquela alma. Mas nós, servos e ministros do Senhor, estamos dispostos a deixar tudo para alcançar uma única vida?

Alexandre Farias

VENCENDO O DESÂNIMO


VENCENDO O DESÂNIMO


Que contraste! Em 1 Reis 18, Elias era forte e corajoso. Logo no próximo capítulo ele entrou em pânico e fugiu para salvar sua vida. O que acontecia? O que enfraquecia este grande profeta e fazia com que ele esquecesse seu dever? Era o desencorajamento que fazia Elias cair. Precisamos tomar cuidado porque o desânimo pode incapacitar nossa vida espiritual também.

O contexto da vitória de Elias no capítulo 18 é impressionante. A idolatria, especialmente a adoração de Baal, dominava o país de Israel. O rei e a rainha desta nação, Acabe e Jezabel, eram totalmente corruptos. Neste ambiente espiritual desanimador, a voz solitária de Elias soava em oposição. Ele lançou um desafio aos falsos profetas para disputarem para ver quem era o Deus verdadeiro. A competição seria simples: seriam preparados sacrifícios no altar e o deus que respondesse com fogo do céu para queimar o animal seria o vencedor. Os resultados foram inconfundíveis. 

Os idólatras clamaram a Baal desde a manhã até o meio da tarde, mas não houve resposta. Em contraste, Elias cavou uma valeta em volta do seu sacrifício, molhou o animal com doze baldes de água até o ponto em que a valeta ficou cheia e então, calmamente pediu ao Senhor que o consumisse. O fogo de Deus não somente queimou o boi, mas também as pedras do altar, a água da valeta e até a terra em volta dele. Esta demonstração dramática convenceu o povo, e os falsos profetas foram executados.
Imediatamente após, Elias partiu para o palácio em Jezreel, onde Jezabel mandou dizer que planejava matá-lo no dia seguinte. Desanimado, Elias fugiu. Ele disse ao Senhor que queria morrer e então fugiu durante quarenta dias e noites. O desânimo nem sempre é pecaminoso, mas leva ao pecado freqüentemente. Neste caso, a depressão do profeta levou-o a esquecer seu posto de serviço, fraquejar em sua fé em Deus e, finalmente, tornar-se egoísta. Ele se queixou que era o único restante que servia ao Senhor fielmente. A vida de Elias, então, oferece um modelo útil para estudar o desencorajamento, o que o causa e como vencê-lo.

Causas
Ironicamente, um dos principais fatores que produziam o desânimo de Elias era a grande vitória que ele conseguira no Monte Carmelo contra os falsos profetas. Vitórias espirituais decisivas são momentos especialmente vulneráveis; somos mais suscetíveis nesses momentos tanto ao orgulho como ao desencorajamento. Neste caso, sem dúvida, Elias previu um reavivamento avassalador. Talvez ele esperasse que Acabe e Jezabel de
algum modo conduzissem a nação inteira ao arrependimento. Assim, o desafio continuado de Jezabel foi uma decepção. A mesma coisa pode acontecer conosco. Quando as coisas vão bem, nossas expectativas são grandes. Então vem o revés, e ficamos desencorajados.
Uma segunda coisa que causou a depressão de Elias foi seu fracasso em conseguir os resultados desejados. Depois de anos de fidelidade ao Senhor e depois da matança dos falsos profetas, nada tinha realmente mudado. Ou assim parecia. É extremamente desanimador trabalhar, trabalhar, trabalhar e mesmo assim não ver resultado positivo. Isto não é incomum. Noé, um pregador da justiça (2 Pedro 2:5), procurou salvar somente sua própria família. Jesus mesmo foi desprezado e rejeitado (Isaías 53:3; João 1:11). Muitos dos mais diligentes servos de Deus têm experimentado a frustração de ver os pequenos resultados de seu labor. Quando vemos pouco ou nenhum fruto de nossas atividades no serviço do Senhor, precisamos ser pacientes (Gálatas 6:9) e confiar em que a colheita virá (1 Coríntios 15:58). Terceira coisa, Elias estava desanimado porque aqueles que deveriam estar servindo o Senhor se esqueciam dele. Acabe e Jezabel deveriam ter sido os guias espirituais daquela nação. A conduta deles era desmoralizante. Para nós, podem ser os irmãos que nos desapontam. A oposição do mundo não surpreende, mas quando vemos aqueles que declaram estar servindo o Senhor voltar suas costas a ele, isto se torna mais do que podemos suportar. Isto não é um problema novo. Josué e Calebe ficaram virtualmente sós (Números 14). Num momento crítico em sua vida, Paulo foi abandonado por todos os irmãos (2 Timóteo 4:16). Precisamos continuar servindo a Deus, independente da resposta dos outros (Habacuque 3:17-18).
Uma quarta causa do desencorajamento de Elias foi a comiseração de si mesmo. Ele estava sentindo pena de si mesmo. Ele sentia que estava só, que todos os outros tinham abandonado o Senhor. É difícil ficar deprimido quando se está fixo na obra do Senhor, mas quando se está pensando principalmente em si mesmo, o desânimo quase sempre acontece.
A culpa era uma causa final da depressão de Elias. Ele tinha abandonado sua responsabilidade e agido sem a orientação de Deus. Ele sabia que estava errado porque estava na defensiva quando o Senhor falou com ele. Precisava de perdão e necessitava voltar ao seu posto de serviço. A culpa freqüentemente produz depressão. Algumas vezes, quando estamos abatidos, não precisamos simplesmente arranjar um modo de sentir melhor, mas precisamos de arrepender.

A pergunta de Deus
O Senhor veio a Elias duas vezes e perguntou: "Que fazes aqui, Elias?" (1 Reis 19:9, 13). Aqui estava um homem bom e justo que tinha caído. Como Deus lidaria com ele? Deus não ficou aborrecido ou desistiu dele. Por outro lado, Deus também não o mimou. O Senhor desafiou-o diretamente, ajudando-o a superar seu desânimo, e reassumir seu serviço fiel. É encorajador perceber que Deus cuida de seus servos fracos e decaídos, e que ele trabalha para encorajá-los e restaurá-los. É também bom ver o modelo do Senhor quando procuramos ajudar a reerguer nossos irmãos quando se tornam abatidos. Não devemos abandoná-los com desprezo, mas também não devemos só tentar fazê-los se sentir melhor. Precisamos desafiá-los e ajudá-los a se levantar novamente na obra do Senhor.

Curas
Quando o Senhor visitou Elias na montanha e perguntou o que ele estava fazendo ali, Deus lhe disse para sair "e põe-te neste monte perante o SENHOR." Deus mostrou a Elias um vento grande e forte que quebrou as rochas da montanha em pedaços, depois revelou um terremoto e depois um fogo. Cada um deles demonstrava o poder de Deus, algo que Elias precisava ver urgentemente. Ele precisava de mais confiança no Senhor; precisava ver quem estava ao seu lado. Mas, surpreendentemente, o Senhor não estava no vento, nem no terremoto, nem no fogo. Por fim, Elias ouviu um sopro suave e ali estava o Senhor! A lição parece ser que precisamos confiar no Senhor até mesmo quando não vemos nada dramático. Deus pode trabalhar quieto, por meios pequenos e aparentemente insignificantes. Precisamos deixar mais nas mãos de Deus e não esperar que ele sempre opere de uma maneira dinâmica e impressionante. Elias estava esperando um vento, um terremoto e um fogo, mas o Senhor estava num som soprado suavemente. Em tempos de desencorajamento, confiemos no Senhor, esteja ele agindo sensacionalmente ou imperceptivelmente.
Deus deu a Elias uma tarefa para cumprir. Ele lhe disse que ungisse Azael como rei sobre a Síria e Jeú como rei de Israel, e Eliseu como seu próprio sucessor. Elias precisava apressar-se; sua inatividade lhe havia dado simplesmente mais tempo para se lamentar. Dificilmente, ficamos deprimidos quando estamos ativos. Mas quando nos sentamos e remoemos um pensamento, então ficamos desanimados.
Finalmente, o Senhor falou a Elias sobre os 7000 que jamais haviam se prostrado diante de Baal. Elias não tinha percebido aqueles que eram os verdadeiros servos do Senhor. Ele nunca tinha observado que não era realmente o único restante. Quando estamos desencorajados, nossa tendência é pensar que tudo e todos estão contra nós. Precisamos reconhecer as coisas boas como as más. Conquanto nossa tendência possa ser nos retirarmos daqueles que nos elevariam, os momentos de depressão são, muitas vezes, os próprios momentos em que precisamos mais da amizade de nossos irmãos. Posso não estar com vontade de ir à igreja, ou passar algum tempo com um irmão cristão, mas se eu fizer isso vou me sentir reanimado.

Aplicação
Os cristãos ficam, às vezes, desanimados. Nesses momentos precisamos voltar-nos para o Senhor e permitir que ele nos ajude a superar a depressão, para que não nos enfraqueçamos e nos afastemos dele. E para nós, como para Elias, as soluções são relativamente simples. Precisamos de mais confiança no Senhor, até mesmo quando não o observamos operando de modos dramáticos. Precisamos nos levantar e nos ocupar, deixando de pensar em nós mesmos. E precisamos ver o bem à volta de nós e passar mais tempo com nossos irmãos.




AUTOR: Gary Fisher





MORRENDO NO DESERTO

Você Não é Obrigado a Morrer no Deserto


Há pouco tempo atrás, comecei a elaborar o esboço de um livro sobre o sofrimento dos santos de Deus. Eu quis encorajar os cristãos em relação à fidelidade que o Senhor tem mostrado ao Seu povo no meio das provações. Desde então, muitos leitores têm me escrito, testemunhando sobre como Deus tem lhes dado graça em momentos de sofrimento. Uma senhora escreveu sobre uma longa provação física:
“Doze anos atrás, eu e meu marido nos aposentamos, e Deus nos impulsionou às nações como mssionários evangelistas. Durante aquele tempo, viajamos por mais de trinta países. Muitas vezes ministramos sob circunstâncias terríveis, mas o Senhor sempre nos conservou com boa saúde e nos agraciou com resistência sobrenatural."
“Então, março passado, fui atacada por uma doença desconhecida particularmente séria. Nós tínhamos visto essa calamidade tocar multidões de pessoas a quem ministramos em regiões remotas. A doença causa dor e inchaço nas mãos. Diversos especialistas, contudo, não puderam identificar a causa exata do doloroso inchaço nas minhas juntas; eles simplesmente coçavam a cabeça confusos."
“Eu clamei a Deus, mas o céu parecia estar em silêncio. O tempo todo, nunca senti Sua presença perto de mim. Passei nove meses solitários num deserto de dor e incerteza. Em dezembro de 1999 a dor tinha me cobrado seu preço, física e mentalmente. Eu estava exausta e quase não conseguia dormir. E estava perdendo terreno espiritualmente. Aqueles foram alguns dos dias mais negros da minha vida. Eu não sabia se conseguiria ver o novo século”.
“Então uma manhã, despertei com a luz do sol invadindo meu quarto. Percebi que tinha dormido a noite toda pela primeira vez. Meu primeiro pensamento foi, ‘Eu não sinto dor alguma’. Eu tive medo de contar ao meu marido. Continuei esperando que a dor voltasse, mas ela não voltou”.
“Percebi que enquanto eu dormia, Deus estava trabalhando. E senti que Ele tinha dito ao diabo, ‘Chega, é suficiente.’ Agora um ano se passou, e continuo livre de toda a dor. Os registros do meu médico têm essas palavras escritas: ‘milagre misterioso.’ Eu tenho mais força do que já tive algum dia. Eu saí do meu deserto repousando nos braços do meu amado Jesus, e confiando em Sua palavra”.
É inspirador para a nossa fé ler testemunhos como esse, nos quais crentes emergem de seus sofrimentos no deserto, regozijando-se na fidelidade de Deus. Eles falam de dores terríveis, provas, calamidades, tragédias, provações que parecem nunca ter fim. Primeiro suas esperanças são elevadas, daí então eles são frustrados; experimentam rompantes súbitos de força sobrenatural, mas depois são subjugados por um medo terrível. E perguntas importurnas inundam suas mentes: “Por que esta desgraça veio para mim? Será que Deus está me julgando por algum pecado do passado? Por que minhas orações não estão sendo respondidas? Eu tenho jejuado e orado, mas não ouço nada. Por que?”.
Eles podem ter oscilado durante a provação, e quase desfaleceram. Mas em meio a tudo isso, eles guardaram a fé. Como? Foi porque permitiram que os sofrimentos os direcionassem para seus joelhos. Como resultado, sua confiança no Senhor somente aumentou. Eles saíram do deserto testemunhando a bondade e o poder de libertação de Deus.
Quero lhe dizer o seguinte: eu nunca ouvi falar de tamanho sofrimento no meio do povo de Deus. Minha esposa Gwen e eu, ficamos atônitos com as cartas que temos lido. Nós sempre dizemos um ao outro, “Você alguma vez já ouviu falar de algo assim? O sofrimento dessa pessoa é inimaginável”.
As pessoas descrevem serem acometidas por doenças terríveis e mortais. Famílias estão se desintegrando, com maridos e esposas se divorciando, filhos rebelando-se e voltando-se para as drogas. Outros escrevem estarem num deserto mental ou espiritual. Enfrentam depressão, medo, ansiedades de todos os tipos. Alguns carregam o peso de dificuldades financeiras e dívidas acumuladas. E agora o estresse os levou a um deserto de desespero.
Um homem que perdeu um ente querido numa tragédia escreve, “Eu tremo cada vez que o telefone toca. Eu penso, ‘Serão mais notícias ruins?’ É preciso apenas um telefonema”.
Uma piedosa mulher conta sobre a vez que recebeu esse tipo de ligação. Ela diz:  ”Somos uma família fiel e crente na Bíblia, e participamos dos cultos regularmente. Na época de nossa provação, nosso três lindos garotos tinham 7 anos, 3 anos e 14 meses. Meu terrível telefonema veio em 26 de Agosto de 1996. Meu marido tinha caído de uma altura de mais de onze metros, de um telhado que estava consertando".
“Ele precisou fazer uma cirurgia de reparação de um fêmur e um cotovelo quebrados. A última coisa que ele disse para mim antes da operação foi, ‘Diga às crianças que as amo, e verei todos vocês de manhã’. Mas durante a cirurgia, os médicos enfrentaram complicações. De manhã meu marido estava em coma”.
“Minha fé me dizia que ele estava descansando, e logo estaria de volta conosco. Mas treze dias depois - depois de muitos procedimentos, de transferência para o melhor hospital, e uma corrente de oração por todo o Estado - o Senhor levou meu marido”.
“Tudo parecia ir tão bem para nós. Então de repente, nosso mundo desabou. Jesus nunca disse que os cristãos não teriam que enfrentar tribulação, não é? Agora, criando sozinha três filhos eu pude comprovar isso”.
“Apesar disso, através do ocorrido, os meus filhos adquiriram um desejo incomparável pelo céu. Agora não somente eles possuem um Deus Pai os esperando no céu, mas também têm seu pai terreno os aguardando lá, e isto tem transformado suas vidas. Louvamos a Deus agora, após Ele ter levado seu papai salvo para o céu. É o objetivo para todos nós algum dia”.
Essa mulher saiu do seu deserto também apoiando-se nos braços de Jesus. Contudo muitos cristãos parecem nunca encontrar o conforto, a consolação e a força de Deus. Deixe-me lhe perguntar: como você tem enfrentado suas provações no deserto? Talvez você esteja passando por uma agora mesmo.
Talvez seu deserto seja o Vale da Morte. Você ouviu as palavras do médico: "É câncer. Maligno". Ou, talvez alguém da família tenha recebido diagnóstico de uma enfermidade incurável; você compartilha da dor de inúmeras outras pessoas que suportam horas e horas de espera numa sala de hospital, chorando e clamando em silêncio por um milagre.
Talvez o seu deserto seja uma depressão profunda. Todo dia você tem medo de acordar porque uma nuvem negra está continuamente sobre você. Seu clamor constante é, “Senhor, me ajude. Eu não posso mais suportar isso”.  Quando vai à igreja, você faz o melhor possível para mostrar um sorriso. Mas por dentro, você está atravessando o inferno. Você jejuou, orou, buscou a Deus por dias, semanas, meses. Mas Deus não parece estar respondendo sua oração.
Às vezes, todos nós acabamos num deserto. Eu poderia escrever um livro sobre as muitas provações de deserto que suportei em minha vida. Apesar disso, muitos cristãos recusam-se a aceitar que o deserto inevitavelmente chega para todos nós. Eles acham que esse tipo de conversa indica falta de fé. Conheço um pastor que disse à sua congregação, “Minha fé me imunizou dos males. Eu amarrei toda a dor e desgraça em nome de Jesus. Eu simplesmente recuso tudo isso”.
Eu não desejo mal a ninguém, mas sem dúvida este homem está dirigindo-se para um deserto. A convicção dele simplesmente não se alinha com as Escrituras. Davi escreve, "Salva-me, ó Deus, pois as águas me sobem até o pescoço. Atolei-me em profundo lamaçal, onde não se pode firmar o pé; entrei na profundeza das águas, onde a corrente me submerge. Estou cansado de clamar; secou-se-me a garganta; os meus olhos desfalecem de esperar por meu Deus" (Salmos 69:1-3) .
A Bíblia é clara sobre isso. Mesmo o mais piedoso dentre nós passa por profundas provações no deserto. A pergunta é: de que modo sairemos dessas experiências? Nós podemos ter certeza que nossa experiência no deserto irá provocar mudanças em nós. Afinal de contas, é somente no deserto que nossa fé é colocada à prova. Então, a provação que você está vivendo hoje está lhe mudando para melhor ou para pior?

Você Testifica Ter Fé, Mas Como a Obteve?

Sobre qual alicerce sua fé está edificada? As Escrituras nos dizem que a fé vem pelo ouvir, e que a Palavra de Deus nos dá "ouvidos espirituais", capacitando-nos a ouvir (veja Romanos 10:17). Bem, aqui está o que a Bíblia diz sobre as experiências de deserto na nossa vida:
“Não me submerja a corrente das águas e não me trague o abismo...Ouve-me, Senhor,  pois grande é a tua benignidade...Não escondas o teu rosto do teu servo; ouve-me depressa, pois estou angustiado" (Salmos 69:15-17). Claramente, águas de aflição inundam a vida dos santos.
“Pois tu, ó Deus, nos tens provado; tens nos refinado como se refina a prata. Fizeste-nos entrar no laço; pesada carga puseste sobre os nossos lombos...passamos pelo fogo e pela água”(66:10-12). Quem nos faz entrar num laço de aflições? Deus mesmo o faz.“Antes de ser afligido, eu me extraviava; mas agora guardo a tua palavra... Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos” (119:67, 71).  Este verso explica claramente. É bom para nós -  inclusive nos abençoa - sermos afligidos.
Considere o testemunho do salmista: “Amo ao Senhor, porque ele ouve a minha voz e a minha súplica... Os laços da morte me cercaram; as angústias do Seol se apoderaram de mim; sofri tribulação e tristeza. Então invoquei o nome do Senhor, dizendo: Ó Senhor, eu te rogo, livra-me” (Salmos 116: 1-4). Aqui está um servo fiel que amou Deus e tinha grande fé. Ainda assim  enfrentou as tristezas da dor, das dificuldades e da morte.
Nós encontramos este tema ao longo de toda a Bíblia. A Palavra de Deus declara ruidosamente que o caminho da fé é através das inundações e do fogo: “Pelo mar foi teu caminho, e tuas veredas pelas grandes águas” (Salmos 77:19). “Eis que faço uma coisa nova; agora está saindo à luz... eis que porei um caminho no deserto” (Isaías 43:19). “Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti” (Isaías 43:2). “Porque eu, o Senhor teu Deus, te seguro pela tua mão direita, e te digo: Não temas; eu te ajudarei” (Isaías 41:13).
Este último verso guarda um ponto importante: em toda experiência de deserto que enfrentamos, nosso Pai está segurando nossa mão. Porém somente aqueles que passam através do deserto têm essa mão de conforto. Ele a estende para aqueles que são pegos nos turbulentos rios das dificuldades.
Uma leitora da nossa lista de correspondência escreveu um livro poderoso sobre sofrimento. O seu nome é Esther Hunter, e o título do livro é  "Joy in the Mourning" (aproximadamente Alegria no Luto). Esther nos escreveu recentemente sobre uma provação terrível que enfrentou. Ela e seu marido viajaram de sua casa em Arkansas até Manitoba, no Canadá, para o enterro do pai de Esther, um pastor de noventa anos de idade. Todos os doze filhos daquele piedoso homem vieram homenageá-lo em seu falecimento.
Os irmãos de Esther e seus familiares se apertaram em cinco carros no retorno do funeral para casa. Mas no caminho, uma violenta tempestade causou um acidente na estrada. Em meio à tempestade, o carro que ia à frente separou-se dos outros.
Esther e seu marido estavam no segundo carro. Logo à frente, viram que um terrível acidente tinha acontecido, com dois carros esmagados horrivelmente. Esther é enfermeira, e assim seu marido parou o carro para oferecer ajuda. Ao se aproximarem da cena, eles perceberam horrorizados que um dos carros era aquele que estava à frente do seu cortejo. Um carro que vinha do sentido oposto tinha tentado ultrapassar um caminhão no temporal, e bateu de frente com eles.
Esther olhou para o carro destruído e viu sua irmã, seu sobrinho de quatro anos de idade e dois dos seus irmãos caídos dentro do carro. Ela tirou o sobrinho, que foi levado às pressas para um hospital. Esther tirou então sua irmã que logo morreu em seus braços. Os seus irmãos já estavam mortos, tendo morrido no impacto.
O pequeno sobrinho de Esther sobreviveu ao horrível acidente. Mas ninguém na família jamais poderia esquecer a cena indescritível naquela estrada fria e deserta. Durante todo o ocorrido, o seu pai jazia num caixão na agência funerária. E sua mãe, que sofria do Mal de Alzheimer, nunca soube qualquer coisa sobre a tragédia.
Durante dois anos, Esther vagou por um deserto de aflição e confusão. Ela continuamente se derramava em lágrimas. Ela carregava perguntas, culpa e um fardo terrível de perguntas do tipo "e se?". Ela passava horas de joelhos orando e buscando a Palavra de Deus. Ela se desesperava para achar um mínimo de consolação e cura da terrível tragédia.
Um dia, enquanto Esther caminhava ao longo de um rio, ela apanhou uma pedra. Riscou nela  as palavras, "Eu não posso carregar este peso". E se conscientizou:  "Não posso mais me culpar". Então lançou a pedra na água. Naquele momento, Deus removeu o seu fardo.
Esther saiu do seu terrível deserto apoiando-se nos braços de Jesus. E ela deu um testemunho poderoso: "Meu Pai faz tudo bem. Com meu Pai amado, não há acidentes".  Ela tinha verdadeiramente achado alegria em seu luto.

Alguns Cristãos Querem Arrancar o Livro de Jó da Bíblia

Alguns crentes não podem lidar com o fato de que Jó era um homem íntegro, santo, amado de Deus que sofreu calamidades terríveis. Eu digo a esses cristãos: é impossível para nós conhecermos a verdadeira fé a menos que possamos olhar diretamente para as dificuldades de Jó e dizer, "Deus permitiu todas essas coisas acontecer a Jó para um propósito”.
Sim, Deus permitiu que os filhos de Jó fossem tomados. Ele permitiu a perda da saúde de Jó, de suas propriedades, sua reputação. Jó foi desonrado nas mãos de supostos amigos. Até mesmo sua própria esposa o escarneceu. E seu corpo suportou feridas horríveis e dolorosas.
Este homem viveu com dor insuportável e tristeza de coração. Olhe para ele entre as ruínas da sua vida: sentindo-se abandonado, esmagado pela aflição, os céus parecendo repelir suas orações. Jó passou noites sombrias sem dormir, e dias terríveis, dolorosos. A dor era tão grande que pediu a Deus que tomasse sua vida. Ainda assim, durante todo o ocorrido, Deus ainda o amava. De fato, Jó nunca foi tão precioso na visão de Deus, do que no meio da sua tribulação.
Foi no pior momento de Jó que Deus lhe deu uma revelação de Si próprio, que mudou sua vida. Ele pessoalmente conduziu Jó para fora do deserto. E Jó emergiu com uma fé indomável, testemunhando, "Ainda que ele me mate, contudo nele esperarei” (Jó 13:15).
Já ao contrário, alguns crentes saem de seus desertos amargurados e com raiva. As provações desses crentes os tornam céticos, endurecidos e inconsoláveis desprezando Deus. "Mas Sião diz: O Senhor me desamparou, o meu Senhor se esqueceu de mim" (Isaías 49:14).
Eu tenho visto cristãos em sofrimento se voltando completamente contra o Senhor que um dia eles amaram. Eles acusam Deus de abandoná-los no momento da dificuldade. Assim, em troca, eles abandonam toda a oração; colocam suas Bíblias de lado. E já não vão mais à igreja. Ao invés disso, carregam raiva e ressentimento terríveis contra Deus.
Eu conheço um pastor cuja fé foi sacudida por uma morte em sua família. Este homem achava que sua fé o protegeria contra todos os infortúnios. Então, quando tragédia o golpeou, ele ficou arrasado. E se voltou completamente contra o Senhor. Os amigos dele ficaram chocados com  sua dureza. Ele lhes disse: "Não quero nunca mais ouvir o nome de Jesus mencionado novamente".
Tragicamente, alguns crentes morrem em seus desertos. Isto é o que aconteceu com Israel. Com exceção dos fiéis Josué e Calebe, uma geração inteira de israelitas - um povo milagrosamente liberto do Egito - desperdiçou a vida no terrível e uivante deserto. Eles morreram cheios de dúvidas, aflição, agonia e dor. Por que? Porque recusaram-se a confiar no juramento de que Deus os guardaria em momentos de dificuldade.
O Senhor havia prometido a eles: “Não vos atemorizeis, e não tenhais medo... O Senhor vosso Deus, que vai adiante de vós, ele pelejará por vós... o Senhor vosso Deus vos levou, como um homem leva seu filho... (Ele) ia adiante de vós no caminho... para vos achar o lugar... para vos mostrar o caminho por onde havíeis de andar” (Deuteronômio 1:29-33).
Ainda assim, leia também o que aconteceu com aquela geração duvidosa e endurecida: “E os dias que caminhamos... foram trinta e oito anos, até que toda aquela geração... se consumiu do meio do arraial... Também foi contra eles a mão do Senhor, para os destruir... até os haver consumido." (2:14-15). Deus esperou até que o último deles morresse antes que falasse novamente a Israel: "Ora, sucedeu que, sendo já consumidos pela morte... o Senhor me disse" (2:16-17).
Qual foi a causa para que essa geração morresse no deserto? Foram as mesmas duas razões pelas quais os cristãos morrem no seu próprio deserto hoje:

1. Eles Nunca Aceitaram o Amor de Deus Por Eles.

Durante todas as dificuldades dos israelitas, Deus tentou ocasião após ocasião conduzir Seu grande amor a eles. Mas eles não o aceitaram. Eles simplesmente não acreditavam que suas provações fluíam de Seu amor. Ao invés disso, as pessoas sempre diziam, "Se Deus nos amasse, por que Ele nos traria aqui ao deserto para nos matar? Por que Ele permitiria que sofrêssemos assim?”.
Aqui nós vemos a raiz de toda a incredulidade: uma relutância para crer e descansar no amor de Deus pelos Seus filhos. Ainda assim, a razão absoluta pela qual Deus escolheu Israel para ser Seu povo foi por causa do Seu amor: "E, porquanto (Deus) amou a teus pais, não somente escolheu a sua descendência [vocês] depois deles... O Senhor não tomou prazer em vós nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que todos os outros povos... mas, porque o Senhor vos amou” (Deuteronômio 4:37, 7:7-8). Foi dito a Israel, ”Deus não os escolheu por causa de qualquer coisa especial quanto a vocês; Ele os escolheu simples e unicamente porque  os amou”. Considere o seguinte:
Porque Deus não permitiu que Balaão amaldiçoasse Israel?  “Contudo o Senhor teu Deus...trocou-te a maldição em bênção; porquanto o Senhor teu Deus te amava” (23:5).
Por que Deus pôs Israel em cheque no mar Vermelho? Ele quis ver se eles confiariam no amor do Pai celestial. Ele estava desejando saber, "Que tipo de Pai o Meu povo imagina que Eu seja? Eles realmente crêem que os amo o suficiente para nunca permitir que caiam nas mãos do inimigo? Eles descansam em minhas promessas pétreas de que cuido deles em quaisquer circunstâncias? Será que sabem que nunca os abandonarei, mesmo que a situação pareça sombria e desesperadora?”.
Por que Deus conduziu Israel às amargas águas de Mara? Uma vez mais, Ele quis obter do Seu povo alguma prova de que acreditavam no Seu amor por eles. Ele queria saber se eles confiariam nEle para saciar a sede por causa de Seu grande amor.
Nós vemos ainda outra provação quando Israel estava às portas da terra prometida. Doze homens foram enviados para que espiassem a terra. Mas dez deles regressaram trazendo "más notícias”. Eles sustentaram que Israel nunca poderia tomar posse daquela terra, porque era repleta de gigantes, fortalezas, grandes cidades muradas e obstáculos  intransponíveis.
 
Como as pessoas reagiram a este relato? Uma vez mais clamaram com medo e incredulidade: "Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós" (Números 13:31). Elas estavam dizendo, em essência, "Nossos inimigos são mais fortes que o amor de Deus por nós". Eles acusaram o Senhor de os abandonar no momento de necessidade, os deixando por conta das suas próprias forças. E passaram a noite toda reclamando e clamando, "Eu desejaria estar morto. Por que Deus nos colocou nessa situação desesperadora?”. O apóstolo Estevão disse o seguinte sobre eles: "em seus corações voltaram ao Egito” (Atos 7:39).
Uma vez mais, vemos que em toda crise o Senhor garantia ao Seu povo: "Eu os tenho amado fielmente". Contudo, em cada uma dessas vezes, eles permitiam que os obstáculos nublassem o conhecimento de que Deus os amava.
Pense nisto: se nós acreditamos, aceitamos e confiamos no amor do nosso Pai celestial, então o que há para temer? Por exemplo, eu aprendi que se eu verdadeiramente descansar no amor de Deus por mim, eu não tenho que temer ser enganado. Se eu verdadeiramente sou dEle -- se creio que Ele me carrega em Seus braços amorosos -- então Ele nunca deixará o diabo ou qualquer voz me enganar.
E nem tenho que temer uma calamidade repentina, uma queda, ou o vislumbre de um futuro incerto. Meu Pai amado não vai permitir que qualquer coisa aconteça em minha vida, excluindo aquelas que Ele determinou previamente que fossem melhores para mim e para meus familiares. Não importa quais sejam meus problemas, Ele vai os desvendar e preparar o caminho para mim. O Deus de amor pode operar um milagre após o outro a meu favor, se eu apenas confiar nEle.
Isto me permite enfrentar tempos difíceis, provações de fogo, e até mesmo a morte. Eu sei que em meio a tudo isso, meu Deus irá compartilhar minha dor, e minhas lágrimas serão tão preciosas quanto ouro para Ele. Ele não permitirá que as provações me destruam. Ele sempre será fiel para me prover livramento.
Você pode perguntar, "Mas nós não complicamos nossas próprias vidas com nossas decisões erradas? Não trazemos caos para nós mesmos porque saímos da vontade de Deus? E quanto à todas as coisas tolas que fazemos e que nos enlaçam?”.  Eu lhe asseguro: se você simplesmente confiar no amor de Deus, se arrepender e se agarrar nEle, Ele resolverá todas as suas confusões. Ele torna as nossas cinzas em beleza.

2. Eles Foram Cegados em Relação ao Deleite que Deus Tem por Eles

O nosso Deus não somente ama o Seu povo, mas tem prazer em cada um de nós. Ele tem grande alegria em nossas vidas. E Ele é na verdade bendito nos guardando e nos livrando.
Eu vejo este tipo de prazer paterno em minha esposa, Gwen, sempre que um de nossos netos nos liga. Gwen se ilumina como uma árvore de Natal quando está conversando com um dos nossos netinhos. Nada consegue tirá-la do telefone. Mesmo se eu lhe disser que o Presidente da República está à nossa porta, ela me afastá e continuará conversando.
Como eu poderia acusar o meu Pai celestial de se alegrar em mim, menos do que eu o faço com a minha própria descendência? Às vezes meus filhos me desapontam, fazendo coisas contrárias às que os ensinei. Mas em nenhum momento os deixo de amar ou de me agradar neles. Assim, se eu possuo este tipo de amor duradouro sendo um pai imperfeito, quanto mais nosso Pai celestial se preocupa conosco, Seus filhos?
É por isso que eu considero este episódio com os espias de Israel tão desconcertante. Repetidas vezes, Deus tinha provado Seu amor ao povo. Ainda assim, em todas as ocasiões eles se recusaram a aceitá-lo. Finalmente, Josué e Calebe se levantaram no meio deles e gritaram: "Se o Senhor se agradar de nós, então nos introduzirá nesta terra e no-la dará" (Números 14:8). Que declaração simples e ao mesmo tempo poderosa. Eles estavam dizendo, "Nosso Senhor nos ama e tem prazer em nós. E Ele vai derrotar cada um dos gigantes, porque Ele se delicia em fazer isto por nós. Portanto, não devemos olhar para nossos obstáculos. Nós temos que manter nossos olhos no grande amor que o Senhor tem por nós".
Ao longo das Escrituras nós lemos que Deus se deleita em nós: "os que são perfeitos em seu caminho são o seu deleite" (Provérbios 11:20). "a oração dos retos lhe é agradável."(15:8). "meu inimigo forte... eram mais poderosos do que eu... mas o Senhor foi o meu amparo. Trouxe-me para um lugar espaçoso; livrou-me, porque tinha prazer em mim" (Salmo 18:17-19).
Neste último versículo, nós descobrimos a grande verdade que Israel não percebeu: "Ele me libertou, porque se agradou de mim". Não importa quão forte nosso inimigo possa ser -- não importa quão devastadora seja nossa provação de fogo, ou quão sem esperanças as coisas possam parecer -- nosso Deus nos libertará. Por que? Porque Ele se agrada em nós!
Deus tinha deixado abundantemente claro o Seu  amor para com Israel. Por isso Ele podia perguntar ao Seu povo "Por que dizes... ó Israel: O meu caminho está escondido ao Senhor, e o meu juízo passa despercebido ao meu Deus?" (Isaías 40:27).  Ele estava dizendo:  "Como vocês podem dizer que Eu não vi sua aflição? Como vocês podem acreditar que Eu não tenho prazer em vocês? Eu me agradei do meu servo Jó durante todas as suas terríveis experiências. E estou Me agradando de vocês agora mesmo, em meio às suas dificuldades”.
É absolutamente imperativo que acreditemos - rapidamente e com convicção, hoje -- que Deus nos ama e se agrada de nós. Então estaremos capacitados a aceitar que toda circunstância em nossas vidas irá provar no final ser a amorosa vontade de nosso Pai para conosco. Nós sairemos de nosso deserto repousando nos braços amorosos de Jesus. E Ele produzirá alegria a partir do nosso choro.
Querido santo, não olhe para suas contas que se acumulam. E não tente olhar para um futuro incerto. Sua função é confiar nas promessas de aliança de nosso Pai, e repousar no Seu grande amor por você. Você sairá vitorioso, porque Ele o está segurando em Seus braços de amor.

David Wilkerson

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