O propósito de todas as coisas! |
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O propósito de todas as coisas! |
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PERDÃO, A CHAVE QUE ABRE AS ALGEMAS
"Perdoa-nos
as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores." (
Mateus 6.12).
A oração
acima, conhecida popularmente como a "oração do Pai Nosso" é mais
poderosa do que podemos imaginar. Ela quebra correntes, liberta almas
aprisionadas pelo ódio e pelo ressentimento.
Temos o
hábito de orar apenas por costume, na maioria das vezes, quando somos crianças,
aprendemos esta oração e decoramos até conseguirmos repetir perfeitamente cada
palavra da oração.....mas, não percebemos que cada palavra tem um significado
profundo que pode restaurar nossas vidas. A partir do momento que reconhecemos
nossa condição de ser humano que possui falhas e que necessitamos do Perdão de
Deus, já estamos nos arrependendo de nossos pecados e Deus está pronto para nos
perdoar pois a misericórdia Dele é infinita e Ele nos ama .
Mas, será
que da mesma forma que recebemos o perdão, nós estamos prontos para perdoar? A
Palavra de Deus diz: "ANTES, SEDE UNS PARA COM OS OUTROS BENIGNOS, MISERICORDIOSOS,PERDOANDO-VOS
UNS AOS OUTROS,COMO TAMBÉM DEUS VOS PERDOOU EM CRISTO." (Efésios 4.32 ) A
falta do perdão pode causar muitos danos em nossas vidas.
Quando
sentimos ódio ou ressentimento, uma raiz de amargura brota em nosso coração
permitindo a entrada de influências malignas. Desta maneira, o inimigo das
nossas almas tem total liberdade para acorrentar, escravizar, sufocar e até
destruir a vida de uma pessoa. O ódio é tóxico, causa doenças e feridas na alma
de quem o possui, é como se fosse uma bola de neve, vai aumentando, quanto mais
se alimenta esse sentimento é pior, vai sufocando, levando até à morte
espiritual e física.
NÃO EXISTE
NENHUM REMÉDIO PRESCRITO POR MÉDICO QUE PODE CURAR A DOENÇA DA ALMA E
CICATRIZAR FERIDAS. SÓ O SANGUE PODEROSO DE JESUS CRISTO QUE PODE NOS PURIFICAR
E SARAR NOSSA ALMA. " Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu
coração, porque dele procedem as saídas da vida. " ( Provérbios 4.23 ).
Não podemos
deixar que as sementes malignas sejam plantadas em nosso coração. É hora de dar
um basta na tristeza e esquecer o passado triste. Vamos abrir nosso coração
para a Palavra de Deus e deixar que a seu tempo floresça e dê frutos para a
obra do Senhor.
O Perdão
liberta. Seja livre para viver uma nova vida repleta de bênçãos ! Toda a honra
e a glória ao nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO!
AUTOR:
Colaboração: Erika Ishibashi
Ouvindo a Deus no deserto
O deserto é um lugar especial no coração de Deus e, não
há um filho Seu que ainda não tenha passa por essa situação. Para entender o
deserto e o seu significado, é preciso que nos posicionemos, para que possamos
compreender, de fato, qual a importância e a relevância que temos. Mas você
pode se perguntar: quem sou eu? E que importância tenho?
Você foi criado à imagem e à semelhança de Deus e, isso
quer dizer que não há nada mais importante nessa vida do que você; só Deus é
mais proeminente do que o homem, porque Ele é a essência de todas as coisas. Os
anjos, por exemplo, não tiveram esse privilégio. Foram criados como seres
espirituais especiais para estarem à disposição do Altíssimo. Porém teve um
ser, Satanás, que desejou tanto esse direito e, buscando a posição de ser igual
a Deus, tornou-se maldição para sempre. Eu e você, contudo, somos a imagem e
semelhança do Pai.
Outro aspecto significativo é o fato de que somos filhos
de Deus e ocupamos um lugar distinto no coração desse Pai. Qual o pai que não
deseja o melhor para o seu filho? Todos aqueles que são pais sabem que, ao
nascerem os filhos, sua dedicação a eles é quase exclusiva. E, embora os filhos
cometam alguns deslizes, alguns erros, jamais deixarão de ser filhos; seus
pais, em tempo algum, os abandonarão. Pai é pai! Eles sabem o que é o melhor
para os seus filhos.
O deserto é um lugar de escassez, onde os elementos
vitais, como água e alimento, características básicas, quase não existem. Isso
não parece antagônico? Começar a ministração falando de algo tão bom, especial
e ter esse significado: escassez? Depende do seu ponto de vista. Só há um
deserto que não é bom na vida de uma pessoa: o deserto do pecado, da rebelião,
do coração distante de Deus; o deserto da quebra de princípios.
Em Mateus 4:11 lemos a narrativa de Jesus no deserto. O
deserto é uma marca inerente aos grandes homens de Deus. E, se você acredita
ser um líder ou alguém que recebeu um chamado, um comissionamento da parte de
Deus, há de passar por um grande deserto. Esse lugar passará a ser um lugar
especial no seu coração. Pois não há nada de Deus para nós que deixemos de
gostar. O que existe, na verdade, é uma ignorância, um desconhecimento de
causa.
Quando Deus leva um filho Seu para o deserto, Ele não tem
uma visão circunstancial; Ele sempre tem em mente o resultado que quer
produzir. Deus lhe conduzirá para o deserto, mas também lhe levará para a terra
que mana leite e mel, um lugar de glória, um caminho maior. O Pai perfeito, com
quem você tem aliança, só tem pensamentos bons para os seus
filhos. Ele é um Deus bom e nEle não habita injustiça.
Deus
colocou Abraão no deserto e não teve dó da sua economia, nem do seu contexto
familiar, pois o Senhor o estava chamando para uma obra maior, um contexto
melhor. Deus sabe que os propósitos do coração dEle são maiores do que aqueles
qualquer homem possa projetar. Precisamos ter essa consciência, porque assim
deixaremos que o Senhor nos leve por onde Ele quiser.
O
Senhor tirou Moisés dos palácios, do melhor que Faraó poderia oferecer no Egito
e o lançou no deserto de Midiã para tratar o seu coração. Depois o fez retornar
ao Egito para resgatar um povo para o qual Deus projetou um sonho especial.
Agora Moisés é levado a atravessar o deserto, não mais sozinho, mas com toda a
sua família, todo o seu povo. Era uma tarefa maior. O alvo era a terra que mana
leite e mel.
Ora,
se o desejo era do coração de Deus, se era propósito específico do coração do
Pai levar o povo para uma terra que mana leite e mel, por que o Senhor não os
transfigurou? Era possível fazê-los sumir do Egito e fazê-los aparecer
diretamente na terra prometida? Sim, Deus é o Todo-poderoso. Mas, Deus
determinou que Moisés e Israel atravessariam todo um deserto por causa de um
propósito divino. O Senhor precisava tratar o povo (Dt. 8). O novo de Deus na
nossa vida não pode ter a forma do velho. Deus não pode derramar o seu novo
numa forma velha. É por isso que Ele precisa quebrar a forma velha e fazer uma
forma nova para que o novo seja feito como Ele sonhou e desejou. Assim será na
sua vida. Desprenda-se da forma velha e deixe Deus fazer o novo em você, pois o
novo é mais precioso, mais poderoso, mais especial.
A
Bíblia mostra-nos também que os profetas foram ao deserto. Vemos Elias no
deserto, Eliseu no deserto. Grandes homens de Deus! Deserto não é sinônimo de
derrota para ninguém que tem o chamado de Deus. Deserto é lugar de formação de
caráter, formação de propósitos e objetivos.
Para
que não nos restasse dúvidas, Deus pegou o seu único filho e o enviou para o
deserto.
O
texto de Mateus 4 nos diz que depois do batismo, depois que o Pai dá o
testemunho que Jesus é Seu filho, o Espírito Santo o conduz ao deserto para ser
tentado pelo diabo. Você poderia perguntar: que pai desnaturado é esse, que
pega o filho pela mão e o leva ao deserto? Essa é a leitura comum, é a leitura
que Satanás quer que façamos. Mas, a leitura correta é: Deus é tão tremendo e
tão bom, acredita tanto nos seus filhos que é capaz de pegá-los pela mão para
atravessarem um deserto, mesmo sabendo que Satanás está lá com todas as
armadilhas.
Filhos
de Deus não foram feitos para caírem em armadilhas malignas. Não foram feitos
para perecerem no deserto. Nós estávamos na velha vida e Deus nos levou para a
nova vida. Esse período de reconstrução é um deserto. Mas, Deus está lhe dando
o modelo de vencer o deserto. Ele lhe dará algumas percepções para vencer no
deserto.
1. Quando somos
filhos de Deus, quem nos coloca no deserto é o próprio Deus
Você
pode não gostar, mas é isso mesmo! É Ele quem lhe leva para o deserto, porque o
diabo não manda nem conduz vida de filho de Deus para lugar nenhum. O diabo não
tem bússola, nem rota para conduzir filho de Deus. Em filho de Deus quem manda
é Deus. O nosso Deus não tem os receios que temos. Se precisarmos de
tratamento, Ele vai nos tratar. Se há alguma coisa que precisa ser arrancada,
Ele vai arrancar. Deus não quer proteger as coisas ruins que estão dentro de
você. Ele quer lhe tratar e o fará mesmo que tenha que lhe colocar no deserto.
Mas, saiba que mesmo no deserto o Senhor está com você todos os dias da sua
vida.
2. O deserto é um
lugar que Deus escolheu para sermos provados e aprovados
Você
pode se questionar: como podemos ser levados para o deserto para sermos
provados? Isso não é a pior coisa para o filho de Deus. A pior coisa é para
satanás, porque nesse exato momento Deus põe o diabo numa fria. Quando você
entrar no deserto, pule, sorria e grite: diabo, você está perdido! Você vai me
tentar, mas eu serei aprovado!
Vida
de filho de Deus é a mesma vida que Deus tem. A Bíblia nos instrui que Deus é
fogo consumidor e vida de crente é fogo que consome (Dt. 4:24). Deus, então,
envia seu filho para o deserto para dizer: vou te consumir, satanás. O diabo
prova que filho de Deus tem natureza de Deus. Isso é muito amargo para o diabo.
Quando
Jesus entrou no deserto, o diabo esperou quarenta dias para tentá-lo. Deus
estava impondo um castigo para o diabo, porque Jesus tinha uma vida em plena
comunhão com o Pai. Jesus venceu o diabo e mais uma vez o inimigo sentiu o
gosto amargo da derrota. Todos que vencem a satanás terão autoridade inconteste
no planeta Terra. Quando Deus lhe coloca no deserto é para lhe graduar e para
fazer com que você ande nesta terra numa autoridade poderosa sobre as trevas.
Você
acha que Deus ia colocar Jesus no deserto para entrar numa fria? A fria é para
satanás! Quando Jesus entrou no deserto, mais uma sentença de derrota estava
estabelecida para o diabo. Deserto é o lugar que Deus escolheu para que Seus
filhos sejam provados e aprovados!
Qual
é a base da pergunta de satanás para Jesus? "Se és filho de Deus..."
Quem é que vence o deserto? Filho de Deus! Filho de Deus tem um destino: vencer
no deserto. O deserto serve tão somente para atestar a nossa natureza. Se não é
filho, perece vergonhosamente. Se é filho, satanás vai amargar uma derrota,
pois vai provar e não vai gostar do que provou.
Caminhe
pelo deserto seguindo os passos de Jesus. Sua rota tem que ser a rota de
Cristo. Se você quer vencer o deserto, tem que falar a palavra de Cristo, tem
que viver a vida de Cristo, tem que caminhar os passos de Cristo. Isso porque
se há murmuração, a murmuração se coloca entre você e Cristo e você entrará por
uma rota perigosa, que pode lhe levar à queda. Mas, Deus em Sua infinita
misericórdia lhe levantará, mesmo que você caia. Nunca esqueça: para vencer o
deserto é preciso estar em Cristo.
3. Existe um elemento
que lhe ajuda a vencer o deserto: jejum
O
jejum é arma para vencer o deserto. Jesus, no deserto, estava jejuando. Por
quê? Porque ninguém vence o deserto cheio de si. Ninguém vence o deserto cheio
de carnalidade. Só vence o deserto aquele que se esvazia de si mesmo para
receber o conteúdo de Deus.
Jejum
é uma arma de vitória no deserto. Você precisa viver jejuado. O jejum é uma
linguagem de esvaziamento. É quando você está vive debaixo do seguinte
princípio: eu não quero viver por mim mesmo, mas eu quero que Cristo viva em
mim (Gl. 2:20).
4. O inimigo sempre
atacará com grandes ardis quando você estiver próximo da vitória.
A
Bíblia diz que Jesus jejuou por quarenta dias e ao final teve fome (Mt 4:2).
Neste momento, surge o tentador. Parece até que é uma regra espiritual: quando
estamos perto da vitória, surge algo ruim.
Mas,
isso atesta que você precisa de um pouco mais de tratamento. Isso porque
ninguém é aprovado por Conselho de Classe no deserto. No reino espiritual não
tem como você ganhar alguns décimos "de graça", porque tem um bom
comportamento, ou é esforçado. Deus quer que você passe com nota máxima. Ou é
aprovado ou então terá que enfrentar o deserto novamente.
Deus
não vai aliviar o deserto para você, porque desertos não vencidos são desertos
repetidos. Se você não vence um gigante na sua vida, ele virá lhe enfrentar
novamente. Mas, se você o vence e o destrói, nunca mais você verá a cara dele.
Decida
por seguir a Jesus em qualquer situação. Quando as lutas estiverem grandes
demais, tenha a certeza que a vitória está chegando. Não tire os olhos de Deus,
não tire os olhos da promessa, fique firme, submeta-se a Deus, resista ao diabo
e ele fugirá de você.
5. O inimigo lhe
atacará quando perceber que você está profundamente desejoso ou extremamente
necessitado.
Sentimento
de necessidade, principalmente na área material, na maioria das vezes, é
justificado por satanás. A ansiedade de ter as coisas leva a precipitação, a
precipitação leva a atitudes erradas e atitudes erradas levam a derrota. É todo
o esquema que o diabo monta para derrotar você no deserto.
Deserto
é lugar de mover-se estrategicamente. O povo de Israel, quando passou pelo
deserto, montava tendas nas horas do sol quente; quando o sol baixava,
trabalhava, movimentava-se. Quando estamos no deserto, precisamos aprender a economia
do deserto. Trabalhar no deserto é diferente de trabalhar na Terra de Canaã; o
esquema de trabalho é outro. A forma de gerar recursos no deserto é muito
diferente. A água que bebemos no deserto é apenas a quantidade necessária para
o suprimento do dia. No deserto não temos como beber mais de dois litros
diários de água para a pele ficar bonita. No deserto, não temos como fazer um
enorme prato de comida. Você come o suficiente. O grande problema é que há
muita gente no deserto querendo viver a vida de Canaã. Não se vence deserto com
desordem, mas com estratégias.
Satanás
olhou Jesus aos 40 dias de jejum e pensou: é agora que ele vai fazer qualquer
coisa para comer. Jesus sentiu fome e sede desde o primeiro dia de jejum.
Imagine, então, no sétimo dia, no trigésimo dia, no quadragésimo dia! Jesus
estava muito fraco, muito debilitado. Jesus estava no extremo do seu limite,
sentindo a fome que mata; ou ele comia, ou morria. O diabo sabia disso e
aproveitou o momento de grande necessidade para tentar Jesus. Satanás mostra as
pedras e testa Jesus dizendo: se tu és filho de Deus, transforma pedras
Filho
de Deus não se deixa corromper. Mesmo em meio a necessidade mais profunda,
filho de Deus responde: nem só de pão viverá o homem. Não precisamos provar
nada para ninguém. Só quer provar alguma coisa aquele que não tem segurança do
que é. O diabo tenta jogar em Jesus dúvida com relação a sua natureza: SE tu és
filho de Deus... O diabo estava dizendo: prove, Jesus, que você é filho de
Deus. Mas, Jesus lembra a Satanás que no Trono não há crise de identidade. Deus
não passa por crises de identidade e você está
Depois
o diabo levou Jesus para o pináculo do templo. Neste momento o diabo tenta encher
o coração de Jesus de vaidade. Quando Jesus estava sozinho e com fome naquele
deserto o diabo disse: "pula daí porque está escrito: aos seus anjos darás
ordens a teu respeito para te guardarem em todos os teus caminhos." Jesus
respondeu dizendo: "também está escrito: Não tentarás ao Senhor teu
Deus." Dois a zero para Jesus! O diabo não conseguiu tentar Jesus pelo
orgulho e pela vaidade, porque a essência de um filho de Deus está nas mãos de
Deus e não a serviço de satanás. Você é filho de Deus e não uma pessoa à venda;
você não é alguém que está negociando o seu caráter. Você é filho de Deus e
aquilo que você vai conquistar, quem vai lhe dar é Deus. Você não precisa dos
favores das trevas. Filho de Deus precisa ter isto bem estabelecido dentro de
si: você não precisa negociar o seu caráter nem a sua identidade; você não
precisa dos favores das trevas.
Depois
destas coisas, o diabo novamente tenta a Jesus dizendo: "Está vendo a
glória deste mundo? Tudo isso te darei se prostrado me adorares." Jesus se
indignou com aquela palavra que era completamente incabível. Quando isso
ocorre, Jesus diz: "Chega! Vai-te satanás porque está escrito que somente
ao Senhor teu Deus adorarás e somente a Ele servirás". Tudo o que satanás
quer é serviço e adoração.
Diante
de tudo isso que descrevemos, você pode perceber que quem está em crise é o
diabo. No deserto, o diabo quer transferir as crises dele para você
aproveitando-se da sua necessidade. Jovens solteiros, que estão com
necessidades sexuais, ajoelhem-se e vão adorar a Deus, porque vai chegar o seu
tempo; não prestem serviço a satanás. Mulheres que estão querendo afagos e
carícias para se sentirem aceitas, vão abraçar a Jesus de Nazaré porque Ele vai
mandar o seu ungido; não se entreguem! Não prestem favor a satanás e nem adorem
a ele.
Não
deixe o diabo lhe humilhar, pois isso não combina com filho de Deus. Quem tem
que estar humilhado é o diabo, pois Deus estabeleceu que o diabo estará debaixo
de seus pés. É você quem subjuga o inimigo. Ao repreender o diabo, Jesus diz:
"Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás." Jesus não diz
"ao Senhor MEU Deus...", porque Jesus não tem crise, não tem nenhum
problema com relação a Deus. Ele diz para o diabo: você que está em crise, você
não é Deus, por isso, vá adorar a Deus, o único criador dos céus e da terra.
Entenda uma coisa: o diabo não é Deus e o deserto é o melhor lugar para vencer
o inimigo, porque ele não é Deus. O diabo quer tentar mostrar que é dono de
tudo, mas Jesus o desmascara e diz: diabo, você não é Deus.
Lembre-se: o inimigo vai atacar quando você estiver profundamente desejoso
e necessitado. Mas, as suas necessidades não justificam suas transgressões. As
suas necessidades mais ardentes não lhe eximem da responsabilidade de caminhar
de acordo com a Palavra de Deus. Deus deixou Jesus num nível de fome que
parecia o fim, a morte. Deus estava dizendo: Meus filhos podem ter as
necessidades mais ardentes, mas não hão de Me negar, nem transgredir os Meus
princípios, porque são Meus filhos e caminharão de acordo com a natureza que
possuem.
No deserto, não confunda os objetos e os objetivos do seu propósito. No
deserto não se transforma pedra em pão, come-se Palavra de Deus. No deserto não
se prova poder, se é submisso a vontade de Deus. No deserto não se negocia autoridade
espiritual nem se estabelece um deus diferente, no deserto provamos que Deus é
o nosso Deus. Se Deus é o nosso Deus no deserto, Ele há de ser em qualquer
lugar.
6. O deserto é um
lugar de forjar a identidade.
Só
vence no deserto quem sabe quem é. Se você vive na eterna dúvida se é crente ou
não, se é líder ou não, se é amado ou não, se é próspero ou não, o seu deserto
será aumentado. Deserto é lugar de forjar identidade. Se você sabe que é filho
de Deus no deserto, você o é em qualquer lugar; você não negocia a sua
identidade.
7. O deserto é o
lugar de provar as intenções, os objetivos e os valores.
No
deserto, o diabo diz: transforme pedra em pão; precipite-se daqui abaixo;
prostre-se me adorando e eu lhe darei as riquezas desta terra. Há muito crente,
infelizmente, negociando a sua autoridade, deixando que sua vida seja
desvalorizada. Você é valoroso! É no deserto que você vai provar isso. Então,
não negocie a sua autoridade espiritual. Fique firme! Tem muita gente que troca
sua vida espiritual pela primeira oportunidade de fama, que deixa as células
por causa de problemas que está passando, por causa de outras prioridades. Se
você troca o Reino de Deus por coisas deste mundo, o seu próximo passo é
perecer no deserto, pois prova que não tem valores. Mas, o Senhor tem a graça
estendida para você e quando você levantar, ficará firme, pois deserto forja
caráter e identidade. No deserto, os seus valores são provados. Se o Reino de
Deus é prioridade na sua vida, no momento do deserto, há de ser em qualquer
situação.
O
diabo vai querer reivindicar muita coisa de você, vai querer sua rendição
total. Mas você precisa entender que você, enquanto pessoa, representa tudo que
você é, tudo que você tem e tudo que você poderá fazer e conquistar. Quando
você se rende ao pecado ou ao diabo em alguma situação, você rende a você,
rende tudo o que você tem e rende tudo que você poderá conquistar. É um
comprometimento tão profundo que não vale a pena. Então, a sua atitude deve
estar voltada para o diabo? Não! Para a tentação? Não! Para Deus? Sim, ainda
que lhe custe a vida.
8. Você determina o
tempo do seu deserto
O
seu comportamento determina o seu tempo no deserto. Diante de Deus, tudo na
nossa vida tem um tempo cronometrado, porque o Senhor é o Senhor do tempo na
nossa vida. A primeira geração de Moisés morreu no deserto por causa da
maledicência. Deus havia lhes falado que o caminho do deserto era de três dias.
Todo deserto na vida de filho de Deus é cronometrado, tem um tempo certo, tem
uma duração. Confie em Deus, marche firme com Ele porque os tempos se cumprirão
e você vai pisar na terra de Canaã. Determine que nem um dia a mais você
passará no deserto por sua conta, ou por causa da atitude do seu coração. O
deserto de Jesus era de quarenta dias e ele o cumpriu exatamente. Deus sabe o
tempo de deserto na sua vida. Fique firme! A sua atitude determinará o tempo
que você passará no deserto.
10. Todo deserto tem
um fim
Não
existe deserto infinito. A única coisa infinita nesta vida é a eternidade que
está nas mãos de Deus. Tudo tem limites. Deserto tem limite e o fim de todo
deserto na vida de filho de Deus é terra que mana leite e mel. Ora, quando
entramos no deserto não devemos ter os olhos fixos nos problemas do deserto,
mas na terra de Canaã. Assim, você passará pelo deserto olhando para Canaã. Na
vida de filho de Deus, deserto é lugar de passagem. A Bíblia lhe diz:
"Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum,
porque Tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam." (Sl. 23)
A
sua confissão determinará o tamanho do seu deserto. Então, o que você precisa
fazer é confessar a Palavra de Deus. Se você não tem forças, vá até seu
discipulador, conte a sua situação e peça que ele lhe indique os textos
bíblicos para que sua fé seja fortalecida. Jesus confessou a Palavra e venceu.
Siga também o exemplo do Mestre.
12. O deserto é um
lugar solitário
Moisés
tinha um povo imenso no deserto, mas ele se sentia sozinho. No deserto Deus
trata com você. Se você tentar cortar caminho no deserto, Deus vai fechar a
porta, porque você precisa sair do deserto como vencedor, porque buscou em Deus
os seus recursos. Às vezes você vai procurar pessoas para solucionar os seus
problemas e não as encontra. É Deus fechando as portas para você aprender a
procurar por Ele. É Deus que você tem que achar. Você é filho de Deus e é o Pai
que envia os recursos para você. Deus é o seu refúgio e fortaleza, socorro bem
presente na hora da angústia. Não queira levar outras pessoas para o seu
deserto. Vá só, porque o tratamento é seu. É com você que Deus quer tratar; é o
seu caráter que Ele quer forjar; é a sua maledicência que ele quer tirar para
que você se manifeste como um filho genuíno dEle.
Todo
deserto que nos leva a um encontro com Deus vale a pena. Não sei o que está lhe
afligindo, não sei qual o seu deserto, mas tenho a certeza que o final disso é
você conhecer um Deus maravilhoso. Deus vai lhe mostrar onde quer lhe tratar,
porque Ele lhe criou para o louvor da Sua glória. Então lembre-se de que o
deserto que você está é um lugar sozinho, não coloque a culpa em ninguém, olhe
para Deus, Ele é o seu refúgio, a sua fortaleza, o seu socorro bem presente na
hora da angústia.
Você
tem um deserto? O lugar da direção do seu deserto é para Deus. Jó entrou num
grande deserto e no final, ele pôde dizer: "antes eu te conhecia de ouvir
falar, mas agora os meus olhos te vêem." No final do deserto de Jesus os
anjos vieram e o serviram. Se você é filho de Deus, e você entrou em um deserto,
o final desse deserto é você ver a Deus em sua glória e ser servido por anjos.
Jó viu a Deus e Jesus foi servido por anjos.
Veja
agora o seu deserto e tenha a certeza de que a partir de agora você pode
caminhar pelos princípios do Senhor Deus e da Sua Palavra e ter a certeza que
nada na vida de um filho de Deus vem por acaso, há um propósito de Deus. No
deserto você terá um encontro com o Senhor da vida e o final do seu deserto é a
terra de Canaã. Deserto na vida de crente é encontrar-se com o Senhor da vida,
Jesus Cristo.
Deserto
não é um lugar agradável. Não estamos fazendo apologia a deserto, mas temos a
convicção que filho de Deus vence aonde quer que ele esteja, porque é filho de
Deus.
Há
formas de vencer o deserto. O deserto financeiro se vence com fé e fidelidade,
com dízimos e ofertas. O deserto emocional se vence com amor. O deserto
familiar se vence com amor, compreensão e renúncia. O deserto que Deus não
colocou na sua vida se vence com arrependimento; esse é o deserto que Deus não
estabeleceu para nós; é o deserto que o diabo e que nós procuramos, que o nosso
erro causou; esse deserto se vence com confissão e arrependimento.
O
deserto do vazio do coração se vence com a presença de Deus. O deserto dos
traumas se vence com a cruz que vem da Cruz de Cristo. O deserto da rejeição se
vence com aceitação. O deserto da mágoa se vence com perdão; não é simplesmente
uma decisão de perdoar ou não, é de vencer o deserto ou não vencer, de
prolongar o deserto ou não; perdoe! Perdoe primeiro com a força do mandamento,
porque depois virá o perdão com a força do sentimento. Persista! Siga firme! Não desista, porque a vitória é para
aqueles que persistem. E, uma vitória real se constrói com Jesus.
Marcel
Alexandre
O Segredo Melhor
Guardado na Bíblia
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Estilo Que Poderá Revolucionar Sua Vida!
Parece que
hoje muitas pessoas estão buscando algum segredo profundo que está oculto das
massas; um segredo que se for usado, oferecerá gratificação instantânea àqueles
que forem espertos o suficiente e reconhecerem seu valor. As revistas exploram
constantemente essas expectativas - prometendo reduções incríveis de peso com
novas dietas, fortunas a serem ganhas seguindo-se o conselhos do mais novo guru
financeiro, e diversas outras promessas numerosas (e ridículas) demais para
serem mencionadas! No entanto, o fato surpreendente é que aqueles que promovem
e perpetuam esses anúncios questionáveis ganham muitos milhões de dólares.
Parece que esses esquemas de exploração continuam a serem bem sucedidos devido
a algo na psique coletiva, que provoca um forte desejo de ter uma
"vantagem competitiva". As mulheres definitivamente querem manter-se
na frente da concorrência e acabam sendo consumidoras ávidas de cosméticos e
dos alimentos dietéticos - constantemente buscando as informações mais recentes
sobre o que funciona e o que não funciona. No entanto, não vamos deixar os
homens longe disso - a aparência pessoal e as finanças geralmente estão bem no
alto de suas listas de procupações e eles também estão interessados em ouvir as
"dicas quentes". Por mais engraçada que essa condição humana seja às
vezes, não queremos perder de vista o fato que de vez em quando "a
informação de quem entende" é verdadeira!
Psiu! Ei,
cristão, tenho uma notícia para você. Há uma alta possibilidade que tenha
aprendido uma coisa da Palavra de Deus e nunca tenha compreendido todas as
implicações dela - muito menos aplicado em sua vida cotididana. Esse
"segredo aberto" - um segredo que foi totalmente revelado na Palavra
de Deus, mas que é grosseiramente negligenciado pelos cristãos durante toda a
época da igreja - refere-se aos planos de Deus para nossos deveres como seus
mordomos. Infelizmente, sempre que a palavra "mordomia" é mencionada
na igreja mediana, você quase pode sentir o efeito instantâneo na congregação.
"O pastor nunca está satisfeito! Lá vem ele falar em dinheiro
novamente!" A mensagem silenciosa percorre os bancos mais depressa que a
velocidade da luz. "Ele já tem um bom salário e estou cansado de ouvir que
temos de sustentar todos os órfãos do mundo!" "Se essa insistência em
contribuir mais e mais não parar logo, vou deixar de contribuir."
Honestamente - você já teve esses pensamentos, ou algo similar? Como pastor,
sei que o membro mediano de igreja preferiria ouvir um sermão sobre qualquer
outro tópico que não sobre contribuições! Por que suponho que isso seja
verdade? Acho que existem várias razões, e uma delas é um total mal-entendido
sobre o que a Bíblia tem a dizer sobre nossa responsabilidade individual como
mordomos e as tremendas recompensas dadas àqueles que encaram a tarefa com
seriedade.
Tenho cinco
netos - quatro meninos travessos e uma linda garotinha. É interessante
observá-los brincar e brigar! Veja, compartilhar é um conceito totalmente
estranho para eles. Onde aprenderam a ser egoístas? Bem, esse é um tópico para
um sermão que vamos reservar para outra oportunidade, mas é suficiente dizer
que eles foram "pré-programados" para resistir a toda e qualquer
tentativa de invasão de "seu espaço". Para ter filhos obedientes e
bem-comportados, os novos pais precisam rapidamente aprender que esses pequenos
tesouros dos céus precisam ser consistentemente supervisionados e ensinados que
o comportamento egoísta não é aceitável. Alguns conselhos raramente serão
suficientes - a maioria das crianças tem uma vontade tão forte que literalmente
são necessários anos de persistência de seus pais para erradicar (pelo menos)
as manifestações externas de "é meu, é meu". Acho seguro dizer que
nenhum de nós consegue superar totalmente essa característica básica da
natureza humana. É de se admirar que todos tenhamos a tendência de sermos
"mão fechada" com nosso dinheiro e com nossos bens? Quando somos
salvos - quando nascemos na família de Deus por meio do novo nascimento e nos
tornamos cristãos - devemos cooperar totalmente com o Espírito Santo em obter a
vitória sobre esse pecado infantil da carne.
Assim,
vemos que a natureza humana básica tem uma grande parte na nossa relutância
para sermos graciosos e generosos em ofertar, mas há outro fator que é
freqüentemente negligenciado. Estou convencido que a maioria dos cristãos nem
mesmo sabe o que os termos bíblicos mordomo e mordomia significam. Eles podem
ter ouvido os termos serem usados em sermões sobre mordomia - quando as
receitas estão baixas e quando alguma reforma ou ampliação é necessária - mas
para a maioria, eles são sinônimos de "o pastor quer um aumento!".
Para ver o que esses termos realmente significam, leia comigo no Gênesis 15:1-3:
"Depois destas coisas, veio a palavra do SENHOR a Abrão em visão, dizendo:
Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão. Então disse
Abrão: Senhor DEUS, que me hás de dar, pois ando sem filhos, e o mordomo da
minha casa é o damasceno Eliézer? Disse mais Abrão: Eis que não me tens dado
filhos, e eis que um nascido na minha casa será o meu herdeiro."
Nos tempos
bíblicos, o mordomo normalmente era um empregado, ou em alguns casos, um
escravo, que tinha conquistado o respeito e a confiança do dono da casa. Essa
confiança era tão completa que o mestre entregava toda a administração de seu
patrimônio a esse indivíduo. O que é mais singular sobre esse relacionamento
era o fato que o mordono basicamente assumia o poder e a influência de seu
mestre e adotava quase o mesmo estilo de vida. Durante o tempo em que o mordomo
permanecesse fiel, continuava a desfrutar desses privilégios especiais. Como
diríamos hoje, "Era um ótimo negócio ser um mordomo!"
Outro
personagem bíblico bem-conhecido é José. Encontramos sua história também no
livro de Gênesis, começando no capítulo 39 e verso 8. José estava falando com a
mulher de seu senhor, Potifar, e está recusando suas insinuações maliciosas:
"Porém ele recusou, e disse à mulher do seu senhor: Eis que o meu senhor não
sabe do que há em casa comigo, e entregou em minha mão tudo o que tem; ninguém
há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto
tu és sua mulher; como pois faria eu tamanha maldade, e pecaria contra
Deus?"
Pelo que
José disse aqui, vemos que ele era o mordomo da casa de Potifar e atuava como
seu procurador nas tarefas cotidianas. Todos conhecemos a história de como a
mulher de Potifar, furiosa por ter sido rejeitada, acusou falsamente José, e
ele acabou sendo lançado na prisão. No entanto, em outra admirável ilustração
de mordomia, José é mais tarde tirado da prisão por causa de sua habilidade,
dada por Deus, de interpretar sonhos. O líder supremo do Egito, chamado Faraó,
ficou tão impressionado com a interpretação de seus sonhos que promoveu José à
posição de ser seu mordomo - o homem número dois em todo o Egito! José foi da
prisão para o palácio e passou o resto da vida exercendo o poder e prestígio do
próprio Faraó e, ao longo do caminho, salvou o povo de Deus da fome.
Neste
ponto, você provavelmente está dizendo a si mesmo, "Essas são histórias
bíblicas bem-conhecidas, mas o que têm a ver com dar?" Apenas fique comigo
por um pouco mais e tentarei ligar tudo. Quando o Senhor Jesus Cristo nos
salvou, passamos a ser seus "escravos por opção" - isso significa que
somos escravos que escolhemos servir a um senhor. Esses escravos podiam ser
colocados em liberdade, mas por causa do relacionamento afetuoso que tinham com
seus senhores, preferiam continuar a seu serviço. Como cristãos, temos um
relacionamento mestre-escravo com Jesus Cristo e o servimos porque o amamos. O
apóstolo Paulo freqüentemente referia-se como servo [escravo] de Jesus Cristo.
Como temos esse tipo de relacionamento com o Senhor, há algo que é muito
importante que precisamos compreender com relação aos nossos bens terrenos -
não somos os verdadeiros donos; eles pertencem ao Senhor! É exatamente aqui que
muitos cristãos falham em seu conhecimento de Cristo e acabam privando a si
mesmos de bênçãos inestimáveis. O Senhor fez cada um de nós seus mordomos e com
essa tremenda posição vem oportunidade e responsabilidade. Em 1 Coríntios 4:2,
encontramos as seguintes palavras referentes a um mordomo:
"Além
disso, requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel."
Os mordomos
precisam ser fiéis na execução de suas tarefas ou acabarão rapidamente perdendo
a confiança do seu senhor. O mordomo precisa ter este pensamento em mente:
"O que meu senhor faria nesta situação? Como ele agiria aqui?"
Obviamente, o mordomo deve fazer o que seu senhor deseja em todos os casos. A
próxima pergunta lógica a fazer é, "Você vive sua vida de mordomo por
essas regras - especificamente, busca a vontade do seu mestre no modo como
trata o dinheiro e os bens dele? Do Gênesis ao Apocalipse, a Bíblia fala muito
sobre a maravilhosa generosidade de Deus e o desejo que sigamos seu exemplo.
Como mordomos, não damos o que pertence a nós - distribuímos aquilo que
pertence ao Mestre e sua palavra nos diz: "... o que semeia pouco, pouco
também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará." [2
Coríntios 9:6] Em Atos 20:35, é Paulo quem está falando e ele cita algo que o
Senhor disse sobre dar:
"Tenho-vos
mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e
recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é
dar do que receber."
Poderíamos
citar muitos outros versos para suportar a ênfase de Deus em dar, mas por
questões de brevidade, ficaremos somente com o ponto que é sua vontade revelada
que contribuamos. Não podemos usar a desculpa que não conhecemos. O que
precisamos enfrentar do ponto de vista humano é que somos basicamente egoístas,
"mão fechada", e relutantes em "abrir mão do nosso dinheiro
suado". Para operarmos corretamente como um mordomo, precisamos depender
totalmente da direção e do suporte do Espírito Santo.
Caso
contrário, lutaremos em uma batalha perdida.
O Segredo Melhor Guardado na
Bíblia - No Mundo Inteiro
Agora chegamos ao "segredo
melhor guardado na Bíblia". Tecnicamente, é um segredo aberto - algo que é
conhecido, mas em que poucos acreditam, ou praticam. Certamente não quero dar a
impressão que ele esteja na mesma categoria que as novas dietas da moda, as
dicas sobre ações da Bolsa de Valores, e outras "informações de especialistas"
sobre as quais falamos anteriormente, pois onde elas oferecem recompensas
questionáveis, essa informação já provou ser ouro puro! Você está curioso sobre
o que é? Não gostaria de aproveitar as bênçãos? Não há nada que eu queira mais
para você do que permitir que também aproveite as bênçãos, então aqui vai!!!!
Não Podemos Dar Mais do Que Deus
Já Deu!
Ai está! Esse é o
"segredo" que deixa de ser compreendido pela maioria dos cristãos!
Lembra como o mordomo vive basicamente no mesmo estilo de vida que seu senhor?
Se o mordomo for infiel e causar prejuízo ao patrimônio, ele próprio sofrerá as
conseqüências. Se por meio de seus esforços, o patrimônio crescer, o mordomo
colherá os benefícios. Embora não possamos obter a salvação por meio de nossos próprios
esforços, é um princípio definitivo encontrado na Bíblia que seremos
recompensados de forma proporcional com aquilo que fizemos para Cristo - não
somente nesta vida, mas também no porvir. Observe que eu disse recompensado, não necessariamente enriquecido. As bênçãos de Deus vêm em todos os tipos
e tamanhos e não são sempre de natureza monetária.
Para
reforçar o que mostramos, vá para Lucas 6:38. Esse verso é parte daquilo que
veio a ser conhecido como o "Sermão da Montanha", em que o Senhor
delineou os princípios do seu reino:
"Dai,
e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão
no vosso regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão
de novo."
Princípio 1: Para receber, você precisa primeiro
dar. Essa é exatamente a mesma lição que tentamos ensinar aos nossos pequenos
sobre compartilhamento. É um conceito simples, mas muito difícil de colocar em
prática, por causa da nossa natureza pecaminosa.
Princípio 2: Quando você dá - com o motivo correto
no coração - receberá abundantemente da mão graciosa do Senhor. Observe que ele
usa uma ilustração agrícola para fazer esse ponto: "... boa medida,
recalcada, sacudida e transbordando ..."
A imagem
mental que ele quer que vejamos é a de grãos sendo entornados em um recipiente.
Para garantir a generosidade, os grãos são entornados em "boa medida"
- são derramados abundantemente para encher o recipiente até a borda, sem
nenhuma avareza. Em seguida, os grãos são "recalcados e sacudidos" -
isso elimina qualquer espaço vazio entre os grãos e maximiza a quantidade
derramada. Finalmente, os grãos continuam sendo derramados, até que transbordem
o recipiente e caiam no chão! O rei Davi, o "suave salmista de
Israel", fala sobre uma bênção similar no Salmo 23:5, quando diz,
"... meu cálice transborda."
Princípio 3: As bênçãos do Senhor serão
proporcionais à sua oferta. Em outras palavras, a unidade de medida que você
utilizou determinará o tamanho das bênçãos. Se você for avarento, não espere um
retorno abundante. Essa é a parte central do "segredo" que a maioria
dos cristãos deixa de compreender e os faz viver como pobres espirituais quando
todas as riquezas dos céus estão disponíveis para usufruto!
Somos
mordomos do Deus Vivo e Verdadeiro e ele espera que façamos uso abundante dos
seus recursos - primeiro e antes de tudo, para o benefício dos outros e depois
de nós mesmos.
Colocando o Segredo em Ação em
Sua Vida
Como podemos colocar esse segredo em
ação? Como podemos obter essas promessas benditas? Como podem essas coisas
tornarem-se uma realidade em nossas vidas e não apenas outra lição de escola
dominical, que é muito boa na hora, mas que rapidamente é esquecida?
Infelizmente, a resposta envolve uma palavra que veio a ser imaginada como uma
"resposta pronta" para a maioria dos cristãos: FÉ! Você crê que Deus diz o que pensa e pensa aquilo que diz? Crê
que suas promessas de bênçãos são promessas literais? Amados, tudo se resume a
exercer fé no nosso Pai Celestial e confiar em sua palavra. Ele prometeu nos
abençoar quando obedecermos e andarmos por fé. Sua santa palavra está repleta
dessas promessas, porém nossa descrença nos faz duvidar. O resultado é que em
vez de vivermos pela fé, permitimos que nossa natureza carnal continue a
controlar nossas ações e acabamos nos comportando como crianças pequenas! Pare
com isso!
Segure na
mão do seu Salvador e permita que o Santo Espírito o guie a uma vida de fé em
ação. A fé não é fé, a não ser que mova! A fé, para ser real e tangível,
precisa envolver ação. Ficar sentado pensando e entretendo-se com boas
intenções simplesmente não resolve! Não fique apenas sentado - faça alguma
coisa! O que recomendo a você? Estou contente que tenha perguntado.
Primeiro: Nunca adote a atitude de que não
tem condições de dar. Na verdade, você não tem condições de não dar!
Segundo: Compreenda que dar envolve muito
mais do que apenas dinheiro. Deus deseja que você lhe dê seu tempo, seus
talentos, e seus tesouros para que sua vida espiritual esteja bem equilibrada.
Ele não precisa de você, muito menos do seu dinheiro, portanto tire essa idéia
ridícula da cabeça. Dar é um privilégio maravilhoso pelo qual Deus nos permite
participar em seu plano e no seu programa para a igreja. Isso envolve todo o
nosso ser e não está restrito apenas à nossa conta bancária.
Terceiro: Comece seu passo de fé tomando a
decisão com muita oração - com a ajuda de Deus - que você vai iniciar dando do
seu tempo e talento. Se você for um genuíno cristão nascido de novo, lavado no
sangue do Cordeiro, um filho de Deus, possui pelo menos um dom espiritual que
Deus deseja que você exerça na igreja. Se você não participa regular ou
ativamente de uma igreja, está privando os outros cristãos que estão na igreja
dos seus dons e o corpo de Cristo sofre como resultado. Dê de si mesmo.
Quarto: Novamente, com a ajuda de Deus,
faça um propósito de dar uma porcentagem da sua renda para a igreja, para que
seja empregada nos vários programas patrocinados por ela. O "dízimo",
como tal, não é exigido de nós porque não estamos sob o sistema da Lei Mosaica
do Antigo Testamento - no entanto, a opinião dominante entre a maioria dos
cristãos fundamentalistas é que seria uma vergonha para nós dar menos do que
Deus pedia dos judeus. [Na verdade, eles davam aproximadamente 15% da renda
bruta (antes dos impostos), quando todas as várias ofertas eram levadas em
consideração!] Sim, sei que o assunto do "dízimo", ou da entrega
regular, causa um mal-estar instantâneo em muitas pessoas - mas tenha em mente
que as bênçãos recebidas estão em direta proporção com seu sistema de medida.
Observe também que estou tentanto ensinar como viver uma vida de bênçãos - algo
que eu pessoalmente testei e sei que é válido. Eu nunca seria tão frio e
insensível ao ponto de recomendar algo que não conheço por experiência própria
e saiba que seja absolutamente correto. A experiência também me ensinou que
minha oferta deve vir primeiro, como um passo de fé. Ela deve ser o primeiro
cheque que preencho, ou a primeira parcela retirada, no dia do pagamento, desse
modo confiando na provisão do Senhor em atender as demais contas. Ao longo dos
anos, ele nunca deixou de fazer nossa renda esticar para atender a todas as
necessidades. Quando eu era criança, meus pais me instruiram que essa era a
prática a seguir e já observei desde então que a maioria das pessoas nunca
amadurece como cristãos até que aprendam essa lição básica. Para enfatizar
ainda mais, deixe-me perguntar isto: Por que devemos nos limitar a 10-15% como
dízimo? Um homem que ganhou fama durante a Segunda Guerra Mundial fabricando
máquinas para a remoção de terra, utilizadas na construção civil, dava 90% e
vivia com 10%! As bênçãos abundantes de Deus na vida daquele homem eram
inegáveis.
Quinto: Após você "molhar seus
pés" e ver que Deus realmente honra sua palavra, então passe para o
próximo nível. [Você achou que tivesse acabado, não achou?] A propósito, esse
assunto de dar é o único lugar na Bíblia em que Deus nos desafia a testá-lo! Em
Malaquias 3:10, lemos algo que Deus disse aos judeus no Antigo Testamento (mas
o princípio também se aplica a nós):
"Trazei
todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e
depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos
abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não
haja lugar suficiente para a recolherdes."
Sexto: Recomendo que após muita oração,
você selecione um missionário a quem ajudará com uma oferta mensal. Determine a
quantia que ofertará e envie-a todo mês. Quando descobrir que esse ato de fé
não vai levá-lo à falência, selecione então outro missionário! Minha mulher e
eu contribuimos no sustento de três missionários e estamos orando para que o
Senhor nos indique outra pessoa. Não estou exagerando nem um pouquinho quando
digo que o dinheiro não nos faz falta - nossas contas continuam sendo pagas e
Deus é bom! Não estou compartilhando isso para "lançar pétalas de rosas
sobre nós mesmos", mas apenas para deixar claro que praticamos aquilo que
pregamos. Como dizia um antigo comercial na televisão: "Experimente, você
vai gostar!" Se realmente adotar esse estilo de vida e verificar por si
mesmo que funciona, sugiro que procure os líderes da sua igreja e desafie-os a
considerar uma modificação na abordagem da igreja às Missões. Além de uma
oferta mensal, por que não constituir um fundo específico para as necessidades
especiais de missões? Se um missionário enfrentar uma necessidade que esteja
fora da sua capacidade de pagar, por que não atender a essa necessidade com uma
oferta maior? Freqüentemente, eles precisam de tratamento dentário, sapatos,
material escolar para os filhos, etc., coisas que para nós são fáceis, mas que
para eles representam grandes dificuldades. Seja criativo no seu modo de
ofertar, porque você certamente não pode dar mais do que Deus já deu! Esse
princípio aplica-se aos indivíduos e às igrejas. Quando você caminhar pela fé,
os outros serão abençoados, pois Deus honra a sua palavra. Existem incontáveis
bênçãos à sua espera - você está maduro o suficiente para reivindicá-las pela
fé? Que Deus possa abençoá-lo e colocá-lo em ação.
O
caminho da renúncia (Igreja - Empresa)
(O
autor é consultor teológico do Instituto Cristão de Pesquisas e pastor auxiliar
da Igreja Evangélica Cristã Presbiteriana)
O apóstolo Paulo ganhou muitas almas, mas foi preso, espancado, perseguido e
precisava trabalhar para se manter. Seu ministério, hoje em dia, seria
considerado próspero?
De uns tempos para cá, a vocação pastoral tem se transformado em mais uma opção
profissional. Foi-se o tempo em que as escolas teológicas atraíam gente
disposta a abraçar um ministério que significava desprendimento, sacrifício e,
não raro, a renúncia a uma série de outras oportunidades.
Hoje, boa parte dos calouros dos seminários está mais interessada em tornar-se
uma espécie de empresário do sagrado. A cada dia, a visão
"marqueteira" e a busca do lucro já estão influenciando até mesmo no
chamado pastoral. A preocupação com a manutenção da "igreja-empresa"
tem sido levada em conta até na escolha dos novos candidatos ao ministério.
Qualidades como carisma pessoal, dinamismo, capacidade gerencial, eloqüência
verbal e iniciativa estão sendo mais valorizadas na escolha da mão-de-obra
pastoral do que humildade, espiritualidade e temor a Deus.
Tal motivação já atingiu até mesmo líderes e pastores que estão na caminhada do
Evangelho há muitos e muitos anos. O que deveria ser examinado é o exemplo de
vida, o testemunho e a unção, mas o que estamos presenciando é a elevação de
homens ao púlpito pelas suas habilidades que trarão lucro aos caixas sagrados.
A adesão missionária ao serviço do Senhor tem sido substituída por outro tipo
de acordo - um pacto de conveniências, uma espécie de contrato de trabalho que
pode durar a vida inteira ou alguns poucos meses. O sujeito permanece ali
enquanto conseguir manter sua cota de arrecadação. Se o planejamento econômico
não for cumprido, nada feito.
Dentro desta visão, o futuro pastor precisa se preocupar em render mais no
material do que no espiritual. O candidato ao cargo de ministro da Palavra é
privado de pensar, questionar ou dar opiniões, já que o líder supremo da
instituição é considerado perfeito, à semelhança do mito da infalibilidade
papal. Este modo de agir está sendo adotado em diversos círculos evangélicos e se
estende a todos que estiverem sob sua influência. Se o membro um dia quiser
chegar a pastor, bispo, apóstolo, arcanjo, serafim ou semideus, só tem um
caminho: obedecer sem questionar. O direito de opinar ou pensar está fora da
revelação divina recebida pelo dono da igreja. Ao membro, só resta a aceitação.
Nada de explicações sobre os métodos empregados ou sobre o que se fala do
púlpito. Muito menos transparência financeira e administrativa.
Já imaginou se o apóstolo Pedro, caso vivesse hoje, fosse candidato ao
ministério? Provavelmente, teria sido imediatamente excluído por ter traído o
seu pastor, sem direito a defesa ou a uma segunda chance. E jamais ouviria de
seu líder: "Tu me amas? Então, apascenta as minhas ovelhas". E Paulo?
Será que seu ministério, hoje, seria considerado próspero? Ele ganhou muitas
almas, mas não levou vida confortável. Foi preso, espancado, perseguido. E
ainda por cima tinha de trabalhar para se manter, pois não queria ser um peso
para os irmãos. Quantos evangelistas do nosso tempo têm tal desprendimento?
É claro que muitos e muitos ministérios contemporâneos têm como único objetivo
proclamar o Reino de Deus e fazer a vontade do Pai, anunciando o Evangelho com
honestidade e fazendo discípulos. Existem igrejas que investem nos seus futuros
obreiros pensando apenas nas almas que serão salvas e libertas do pecado, pois
o plano do Senhor sempre foi a salvação do homem.
Diz a Palavra: "Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o
alpendre e o altar, e digam: 'Poupa a teu povo, ó Senhor, e não entregues a tua
herança ao opróbrio, para que os gentios o dominem; porque diriam entre os
povos: onde está o seu Deus?'"
Graças a Deus, ainda sobram os remanescentes, aqueles que buscam a verdade, o
perfeito e simples Evangelho de Cristo, sempre tendo a esperança maior no
Senhor e dizendo como o profeta Habacuque: "Porque ainda que a figueira
não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da
oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada
sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; todavia eu me alegrarei no
Senhor; exultarei no Deus da minha salvação".
Se no mundo existisse apenas um pecador, ainda assim Jesus teria deixado a sua
glória e morreria por apenas aquela alma. Mas nós, servos e ministros do
Senhor, estamos dispostos a deixar tudo para alcançar uma única vida?
Não É O Que As Outras Pessoas Nos Fazem
Que Nos Prejudica:
Os tesouros que nos custam mais caros são os que mais nos enriquecem. As
maiores bênçãos do mundo foram frutos de seus maiores sofrimentos. O poeta,
Goethe, disse o seguinte: “Eu nunca tive uma aflição que não se transformasse
em um poema.”
As melhores qualidades do caráter cristão são fruto do sofrimento.
Muitos cristãos que antes de passar por uma determinada provação, eram frios,
materialistas e carnais, no final da mesma já tinham um espírito quebrantado,
amadurecido e enriquecido.
As aflições usadas por Deus quebrantam a aspereza e a rispidez da vida.
Elas consomem a impureza do egoísmo e do mundanismo. Humilham o orgulho.
Temperam as ambições humanas. Sufocam o fogo das paixões.
Mostram-nos o mal do nosso próprio coração, revelando nossas fraquezas,
faltas, e defeitos, e nos tornam conscientes do perigo espiritual. Disciplinam
o espírito teimoso.
Em nenhuma outra escola é possível aprender as lições de paciência e
tolerância, exceto na escola do sofrimento.
Um dos métodos que Deus usa para aperfeiçoar o caráter cristão é
permitir que soframos injustamente. A maioria de nós acha que sofrer já é
suficiente e que sofrer injustamente é, certamente, demais.
Mas Pedro, falando sobre sofrer injustamente diz: “...Se, entretanto,
quando praticais o bem sois igualmente afligidos e o suportais com paciência,
isto é aceitável a Deus. Porquanto para isto mesmo fostes chamados” (I Pedro
2:20-21).
Chamado Para Sofrer
Injustamente
Sofrer injustamente é um instrumento muito afiado para usar na lapidação
da alma humana, mas você sabe, quando o torneador tem um trabalho muito fino
para fazer, ele usa uma ferramenta bem afiada.
Quando Deus quer esculpir um desenho muito bonito em um cristão, Ele usa
o instrumento afiado do sofrimento injusto. É difícil receber ofensa dos outros
e sempre retribuir com bondade, mas Deus não nos larga enquanto não tenha
trabalhado esta obra artística profundamente na própria essência de nossas
almas.
Nós não podemos evitar de sofrer nas mãos de outras pessoas. É certo que
isto nos acontecerá. Mas em última análise, ninguém pode nos prejudicar a não
ser nós mesmos.
Todos os erros que os homens nos infligem não podem nos prejudicar a
menos que nos levem a ficar ressentidos e indispostos a perdoar. Algo só pode
nos prejudicar se dermos lugar à amargura e à ira.
Entregue Sua “Ferida”
Para Deus
Mas talvez você diga: “Como posso evitar de ficar amargurado? Como posso
evitar de ficar ferido?”
Há uma história sobre uma criança indígena que foi até um velho chefe
com um pássaro machucado na sua mão. O índio olhou para o pássaro e disse:
“Leve-o de volta e coloque-o no lugar onde você o encontrou. Se você ficar com
ele, ele morrerá. Se você o colocar de volta nas mãos de Deus, Ele o curará e o
pássaro viverá.”
Aqui está uma lição de como devemos agir quando somos magoados pelo
sofrimento. Nenhuma mão humana pode curar um coração ferido. Tem de ser
entregue a Deus (Lc 4:18; Mt 11:18-30).
Mas talvez você tenha tentado esquecer-se da sua mágoa e não tenha
conseguido. Você tem resistido à tentação de ficar amargurado e se sente
incapaz. Você quer amar mas o seu coração não consegue reagir por causa da dor
e você sente que não está sendo vitorioso.
O Amor É Um Princípio
O Amor Pode Ser
Rigoroso
Aqui precisamos tomar a posição de fé. Muitas pessoas confundem o amor
com sentimento ou emoção. O amor é mais do que uma emoção. O amor é um
princípio. Se você realmente deseja o melhor para alguém que o prejudicou, isto
é amor, mesmo quando todas as emoções parecem estar dormentes.
O amor é mais do que sentimentos fracos. O amor pode ser rigoroso. O
amor não age em interesse próprio, mas sempre busca o melhor para a pessoa
amada.
O amor não age baseado em emoção mas em princípios. Emoções são
instáveis. A questão não é que tipo de sentimentos você tem, mas o que você faz
com eles. O homem autêntico é avaliado pela sua vontade e não pela sua emoção.
Muitas vezes o meu coração deseja expressar afeto por um dos meus filhos
quando sei que, para o seu próprio bem, tenho que castigá-lo. Neste caso, vou
agir sobre um princípio e não na minha emoção.
“Considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo
Jesus” (Rm 6:11).
Você É Tentado A Ser Amargurado?
A amargura não será sua enquanto você se recusar a aceitá-la e enquanto
você agir no interesse daquele que lhe prejudicou. Se você está em Cristo e
Cristo em você, o Seu amor pelas pessoas que não são amáveis é seu mesmo quando
não sente qualquer tipo de afeição por elas.
Neste ponto é onde precisamos "considerar". Paulo diz que
depois que morremos com Cristo a nossa morte se torna real na nossa vida quando
consideramos, isto é, quando tomamos uma posição de fé e passamos a considerar
realizado algo que não sentimos que está realizado (Rm 6:1-14).
“Todas as coisas são vossas...e vós de Cristo, e Cristo de Deus” (I Co
3:21-23).
Se você sente amargura em seu coração, recuse-se a aceitá-la como sua e
considere o amor de Cristo como seu. Este lhe pertence se Cristo está em você.
Aceite a injúria como algo que veio de Deus com o propósito de ser uma bênção
para você. Veja Deus por trás da pessoa que lhe prejudicou.
Considere que o amor de Cristo está em você e quando tomar esta atitude
de fé, isto se tornará realidade. Abra mão da mágoa e coloque seu coração
quebrado nas mãos de Deus.
Despojando-se de Si
Mesmo
e Revestindo-se com
Cristo
Se você não sente um espírito de perdão em seu coração, tome uma posição
de fé e diga para Deus: “Como o Teu amor perdoador é meu, eu perdoo a todos por
tudo.”
À media que permanecer firme nesta atitude de fé, recusando-se a ceder
para a amargura ou ressentimento, Deus operará o espírito de perdão na sua vida
e você será liberto até mesmo da tentação da amargura.
Em última análise, ninguém pode realmente nos magoar a não ser nós
mesmos. Outros podem nos tratar injustamente. Podem nos acusar falsamente e
dessa forma prejudicar a nossa reputação.
Podem até nos ferir fisicamente mas nenhuma dessas coisas poderá nos
prejudicar realmente a menos que permitamos que elas nos incitem à amargura e
ao ressentimento e inclusive à tentativa de vingança.
Não é o que os outros nos fazem que nos prejudica, é a nossa reação; não
é nem mesmo o nosso sentimento em relação a elas, é o que fazemos com estes
sentimentos. Se os nossos sentimentos acabarem por se transformar em
ressentimento ou resultam em tentativas de revidar, então, sim, ficamos
prejudicados.
Se entregarmos a nossa mágoa a Deus, nos recusarmos a nutrir o
ressentimento e tomarmos uma atitude positiva de desejar o melhor que Deus tem
para aqueles que nos prejudicaram e a orar por isso, e se permanecermos nessa
posição até que toda a amargura e ressentimento sejam absorvidos por um
espírito de perdão, então teremos realmente lucrado desta tentativa de nos
ofender. Veja Mateus 5:43-48.
“Sabemos que todas as cousas cooperam para o bem daqueles que amam a
Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Romanos 8:28).
Fé no Governo Moral
de Deus
Uma das razões para o ressentimento e falta de perdão é que nós, na
verdade, não temos fé na justiça e no governo moral de Deus. Em Romanos Deus
diz: “A mim me pertence a vingança; eu retribuirei, diz o Senhor” (Rm 12:19).
Se realmente acreditássemos nisto
não tentaríamos consertar as injustiças por nós mesmos. Foi por causa da
confiança total que Jesus tinha no amor e na absoluta justiça de Seu Pai que
“quando ultrajado, não revidava com ultraje, quando maltratado não fazia
ameaças, mas entregava-se àquele que julga corretamente” (I Pe 2:23).
Quando Deus diz que não devemos nos vingar a nós mesmos, Ele quer dizer
que é Ele que fará a vingança. E a pedra angular do governo moral de Deus é Sua
justiça absoluta. A lei moral é inexorável como o é qualquer lei física.
“Aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6:7), é tão impossível
quebrar quanto o seria quebrar a lei da gravidade.
O homem que pratica a maldade ou que faz injustiça é quem perde, e não
aquele que ele prejudicou - se este permanecer inalterado, sem nenhum espírito
de antagonismo ou vingança em seu coração.
Se realmente tivermos certeza da justiça de Deus, não seremos tentados a
fazer as coisas por nossas próprias mãos. Ao invés disso, oraremos pela pessoa
desafortunada que nos prejudicou.
E se continuarmos amáveis e perdoarmos, descobriremos que ficamos mais
fortes através da nossa vitória sobre o ressentimento. E quando os nossos dias
de treinamento acabarem, poderemos ver com nossos próprios olhos o quanto essas
batalhas significaram para nós. “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de
Deus em Cristo Jesus para convosco” (I Ts 5:18).
Aqui e somente aqui
Te é dado sofrer por amor a Deus;
Em outros mundos nós O serviremos mais perfeitamente,
O amaremos, O louvaremos e
trabalharemos para Ele,
Ficaremos cada vez mais perto Dele
com todo o prazer.
Mas então, não seremos mais convidados
Para sofrer, que é a nossa tarefa aqui.
Não podes tu sofrer, então,
uma hora ou duas?
Se Ele te chamar
da tua cruz hoje
Dizendo: Está consumado,
Aquela tua dura cruz,
Sobre a qual tu oraste por libertação,
Tu não achas que um sentimento de remorso
Tomaria conta de ti?
Tu não dirias: “Assim, tão de repente?
Deixa-me voltar e sofrer mais um pouco,
Mais pacientemente:
Eu ainda não louvei a Deus.”
A VERDADE SOBRE JUDAS - O TRAIDOR DE CRISTO "Judas Iscariotes, que se tornou traidor" (Lucas 6:16). Ele foi escolhido a ...