Deus elege a igreja
Veremos nesta MENSAGEM a forma magistral como Deus
fez surgir a Igreja, e a Sua constante presença acompanhando-a em sua
trajetória no decorrer do tempo. Como povo eleito, a Igreja nasceu do próprio
coração de Deus (Efésios 1:4a).
Texto Base:
Êxodo 19:17-20, Mateus 16:16-19, Atos 2:15-18, 33
Em sua forma
mais ampla, já no aspecto neotestamentário, pôde receber o aval da eterna e
salutar companhia do Senhor Jesus (Mateus 28:20). E, para efetivar o objetivo
de sua eleição – promover a edificação espiritual do homem - , conta com o agir
do Espírito Santo (João 16:8).
1. CONGREGAÇÃO
DE ISRAEL, UM PROTÓTIPO DA IGREJA DE CRISTO
Aceitando ser a
Igreja um ajuntamento de povo, uma assembléia convocada, ou uma reunião para se
prestar culto a Deus, entendemos que as suas raízes remontam à comunidade de
Israel.
1.1. No monte
Sinai, uma reunião solene
Foi ao terceiro
mês da saída do povo de Israel do Egito, que chegaram ao monte Sinai. Nesse
monte aconteceu uma das mais solenes reuniões registradas no Antigo Testamento,
constituindo-se num verdadeiro protótipo da igreja de Jesus Cristo.
1.1.1. Uma
reunião convocada (Êxodo 19:3)
A Igreja nasceu
como uma reunião de povo solenemente convocada pelo Senhor Deus.
1.1.2. Um povo
exclusivo de Deus (Êxodo 19:5)
”Sereis a minha
propriedade peculiar dentre todos os povos”. A base em que se firmaria esta
promessa de exclusividade, e que asseguraria sua perpetuidade, encontramo-la no
próprio texto: “...se guardardes a minha aliança”.
1.2. Nascendo
com a presença de Deus (Êxodo 19:18)
”O Senhor descera
sobre ele em fogo”, O selo do pacto entre Deus e o seu povo estava firmado: a
presença de Deus. E, em que pesem as imperfeições que a Igreja vem demonstrando
através dos tempos, Deus tem mantido a sua promessa, e a Igreja sempre pôde
contar com a presença gloriosa do Senhor para o cumprimento de sua missão.
2. JESUS ENCAMPA
AS ORIGENS DA IGREJA
Preliminarmente,
dizíamos que a Congregação de Israel era um protótipo da verdadeira Igreja de
Jesus Cristo. Com a manifestação de Jesus ao mundo, as sombras cederam lugar à
realidade. Dessa forma, Jesus assume, isto é, encampa a Si as origens da
verdadeira Igreja de Deus. É óbvio que sua atitude não significou a
neutralização total da Igreja do Antigo Testamento; pelo contrário, Ele
revalorizou seu remanescente aproveitável, dando-lhe mais objetividade e
funcionalidade.
Jesus, o
alicerce da Igreja neotestamentária, foi:
2.1. Uma
aspiração e visão do salmista.
Já no Antigo
Testamento, quando a Igreja vivia seus rudimentos, isto é, não possuía a forma
e funcionalidade de hoje, o Salmista, sob a inspiração de Deus, podia
projetá-la no mundo atual fundamentada no Senhor Jesus, como a pedra rejeitada
pelos edificadores (Salmo 118:22,23).
2.2.
Concretização e coroação da mensagem profética.
Quando o Senhor
Jesus diz a Pedro: “Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mateus 16:18),
estava, gloriosamente, confirmando a mensagem profética do salmista: a pedra
rejeitada, tornando-se o fundamento da Igreja. Portanto, a Igreja tomou forma,
no Novo Testamento, sob a égide do senhorio de Cristo. Conseqüentemente, caem
por terra todas as outras teorias que visam tirar de Cristo esta prerrogativa.
2.3. Valorização
ao homem integrado à Igreja.
Um outro aspecto
da Igreja alicerçada em Jesus, é que o Cabeça da Igreja – Cristo – procurou
conferir ao homem crente e integrante de seu corpo, um valor muito grande neste
mistério: “O que ligares na terra, terá sido ligado nos céus; e o que
desligares na terra, terá sido desligado nos céus”, palavras de Jesus a Pedro.
3. O ESPÍRITO SANTO,
AGENTE DA IGREJA NASCENTE
A escolha dos
doze apóstolos, seguida da convocação dos setenta discípulos, foi o início da
nova Igreja, cuja culminância aconteceu no dia de Pentecostes com o
derramamento do Espírito Santo sobre os crentes reunidos em Jerusalém, dando
forma visível à nova comunidade cristã, tendo Cristo como o Cabeça.
3.1. Para um
povo eleito, a abundância do Espírito Santo.
As novas línguas
ouvidas no dia de Pentecostes deixaram o povo não crente um tanto confuso.
Pedro, o apóstolo, mostra-lhes, pelas Escrituras sagradas, que aquilo não era
embriaguez, e sim o cumprimento da profecia de Joel (Atos 2:14-21), que previa
o derramamento do Espírito Santo em profusão nos últimos dias.
3.2. A abertura
da fé também aos gentios.
A Igreja que tomava
forma com o derramamento do Espírito Santo, deixava de ser restrita aos judeus,
abrindo suas portas a todas as raças. Em Jerusalém viviam nos dias de
Pentecostes todas as raças do mundo atual, e é a elas que Pedro dirigiu a
Palavra, dizendo-lhes: “Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos,
e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor nosso Deus
chamar” (Atos 2:39). Era, portanto, o Espírito Santo que tornava a mensagem
desta nova Igreja mais abrangente e universal.
CONCLUSÃO
Qual é a base
para que a Igreja continue sendo um povo exclusivo de Deus? Mencione algumas
das prerrogativas dos membros da nova Igreja de Cristo. O que tornou a mensagem
da Igreja, do Novo Testamento, universal?
José Rodrigues
Machado
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