A FORNICAÇÃO: A DEFESA DO SEXO ENDEUSADO
|
||
|
Os desejos sexuais não
devem ser objeto de ódio ou de vergonha. Podemos, e devemos, celebrá-los como
um dom precioso. Deus é o autor deles (Gênesis 1:27; 2:22-24) e os declarou
bons (Gênesis 1:31).
O nosso Criador projetou o sexo não apenas para aumento
do prazer físico e do bem-estar dos cônjuges no casamento, mas também para
facilitar a expressão de seu carinhoso compromisso.
Se o sexo, feito na
intimidade do casamento, pode ser puro e santo (veja Hebreus 13:4; Romanos
13:1), não devemos imaginar que o nosso desenvolvimento espiritual seja mais
bem atendido se negarmos a importância dos atos físicos do amor.
O apóstolo
Paulo admoesta sem rodeios aos casais: "Não vos priveis um ao outro,
salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à
oração e, novamente, vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por causa
da incontinência" (1 Coríntios 7:5).
Lamentavelmente, todas as
boas dádivas de Deus para o homem, dentre as quais o sexo, foram tristemente
corrompidas.
As intimidades sexuais, tão proveitosas dentro da estrutura
protetora do amor e do compromisso do casamento, podem voltar-se contra o
homem de modo destrutivo, quando este permite que elas ultrapassem seus
verdadeiros limites.
O Espírito Santo tem o hábito de falar desse "sexo
solto" como "fornicação". O termo em geral identifica toda
perversão da capacidade sexual humana em intercurso ilícito, de natureza
heterossexual, homossexual ou bestial.
O adultério, o sexo antes do casamento,
o incesto, a sodomia, o lesbianismo, etc. não passam de formas específicas de
fornicação.
Ao contrário da opinião
equivocada de alguns, a fornicação não tém a distinção de ser o primeiro nem
o maior pecado. O orgulho maligno chega muito mais perto dessa desonra.
No
entanto, o preço que a fornicação tem exigido do homem, no que diz respeito à
solidão, à infelicidade e à angústia, é tão desanimador que mal podemos
imaginar suas conseqüências.
Quem pode descrever com a
devida propriedade a degradação terrivelmente dolorosa da concubina levita
que morreu ao segurar à porta do hóspede de seu marido, em Gibeá, após ter
sido estuprada e abusada pelos homens da cidade de noite até a manhã (Juízes
19)? Quem pode contar os lares desintegrados e os filhos abandonados, ou
medir a dor e as cicatrizes profundas que brotam desses "casos"
impensados em nossos dias?
E quem pode imaginar completamente os efeitos
devastadores do abuso incestuoso de crianças em nossos dias? A culpa e a
autodiscriminação impiedosamente dominam a mente e destroem a paz e a
alegria. A angústia do que comete o erro e da vítima bradam lamentavelmente.
Paulo não apenas considera
a fornicação um daqueles atos "manifestos" da carne, mas também o
põe no topo da lista "carnal" de Gálatas 5:19-21 e raramente
escreve a seus irmãos de várias regiões do mundo sem alguma admoestação
especial para que a evitem (veja Romanos 13:13; Efésios 3:3-4; Colossenses
3:5; 1 Tessalonicenses 4:3).
Ele insistiu com os coríntios para que
"fugissem da fornicação", explicando que "qualquer outro
pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a
imoralidade peca contra o próprio corpo" (1 Coríntios 6:18). As
intimidades sexuais fora do compromisso de amor do casamento contradizem ao
propósito para o qual o corpo foi criado.
Por serem contra a natureza, não
podem deixar de ter conseqüências prejudiciais sobre o homem em geral.
Na raiz desse mau uso
destruidor do sexo reside a alienação do homem em relação a Deus.
Desesperadamente só, o homem busca compensar a sua perda numa busca
desesperada por amor e aceitação.
O desejo sexual, agora desprovido de amor
puro, torna-se uma cobiça impessoal, egoísta. Assim, aquilo que Deus
determinou ser um servo a manifestar o amor, torna-se um tirano que o
suprime. E o corpo padece da desonra enquanto isso se dá (Romanos 1:24). Mas
tenha esperança, meu amigo, há saída para os fornicadores!
A vitória sobre a
fornicação (mesmo a do tipo homossexual) ocorre sobretudo no coração e na
mente. Aí se deve lutar e vencer.
A luta começa com uma profunda aceitação da
responsabilidade pessoal (veja Romanos 1:21-26; 1 Coríntios 5), com um
arrependimento genuíno (2 Coríntios 7:9) e com uma determinação sincera de
deixar o sexo pervertido e todas as formas de perversidade e se agarrar em
Deus (Atos 2:38; 17:30).
Somente com a plena
reconciliação com Deus, podemos ter esperança de banir a solidão da alienação
e quebrar o encanto do sexo endeusado (2 Coríntios 5:20; 1 Coríntios 6:9-11).
Com o amor e a reverência cada vez maiores por Deus, devemos lançar-nos
completamente sobre a graça de Deus.
Paulo afirma: "Andai no Espírito e
jamais satisfareis à concupiscência da carne" (Gálatas 5:16). Não há
promessa de triunfo sobre a fornicação se for esse exclusivamente o nosso
objetivo.
Essa vitória é obtida no coração disposto a realizar toda a vontade
de Deus. Aí aprendemos o amor que recebe o prazer sexual com gratidão, mas
não o venera.
|
|
|
( Jerry R. Earnhart )
|
|
|
|
|
segunda-feira, 13 de janeiro de 2020
FORNICAÇÃO
Assinar:
Postar comentários (Atom)
O AMOR E O APEGO AO DINHEIRO
O AMOR E O APEGO AO DINHEIRO DINHEIRO : energia vital para a nossa sobrevivência O dinheiro tanto pode ser usado para fazer o bem ou o mal...
-
O PERSONAGEM PRINCIPAL Quem é o principal personagem da sua vida, da sua história? É você ou é Deus? Na Bíblia Sagrada vemos a história de...
-
RAZÃO E EMOÇÃO Definir a fé não é tão simples quanto possa parecer. Ela é algo que cresce conforme vamos usando ela, isso varia de pessoa ...
-
O GRANDE DESAFIO Nosso grande desafio é manter o equilíbrio Diante desse desafio universal que envolve todas as pessoas, como podemos equ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário