quinta-feira, 24 de novembro de 2016

ISAQUE E REBECA


Aprendendo com Isaque e Rebeca

Texto base: Gênesis 24.
Essa é uma linda história do cumprimento da verdade expressa em Pv 19:14 “A casa e os bens são herança dos pais; porém do SENHOR vem a esposa prudente.” .
Abraão já estava velho, sentindo que estava próximo de morrer. É então que temos a primeira lição dessa história. Abraão não queria morrer sem saber se o filho estaria bem casado, então inicia um processo pelo qual Deus poderia abençoá-lo, providenciando uma esposa para o seu filho, Isaque (v 1-2).
Seguindo o princípio de não se prender a um jugo desigual (II Co 6.14), Abraão se esforça para que o filho não se case com uma mulher que fosse da tribo pagã dos cananeus – que representa pessoas sem a fé no Único e Soberano Deus, atualmente, os que creem em Jesus Cristo (v 3-4).
Então o servo coloca uma possibilidade para ser avaliada: “se porventura não quiser seguir-me a mulher a esta terra?”.  Esta colocação mostra que, a possível garota, continuaria tendo a possibilidade de não aceitar a vontade de Deus para casar-se com Isaque e também mostra uma certa incredulidade do servo, em duvidar que Deus honraria, dessa forma, seu senhor Abraão (v 5).
Abraão mostra mais uma vez que é um homem de fé e que confia plenamente no Senhor, nosso Deus. De forma alguma, quis retroceder. Deus o havia tirado da terra de sua parentela e lhe prometido a terra onde estava. Por isso não queria que seu filho retrocedesse. Desejava que seu filho continuasse no centro da vontade de Deus, no local da promessa. Essa é a prática do princípio de buscar o Reino de Deus em primeiro lugar (Mt 6.33). Abraão desejava que seu filho continuasse seguindo este princípio sempre. Por isso, não queria que ele se preocupasse em conseguir sua esposa, pois essa preocupação poderia acabar o levando a deixar de buscar a vontade de Deus e começar a priorizar a sua própria vontade (v 6-8).
O servo partiu para sua missão. Desenvolveu uma prova/teste para poder reconhecer a mulher que Deus escolhera. Neste momento, expressa o desejo de ver Deus agindo em bondade ao seu senhor Abraão (v 9-14).
Então o maravilhoso cuidado de Deus fica nítido a todos! Eis que surge, Rebeca. Ela vem com o cântaro sobre seu ombro. Vinha pronta para servir. Pronta para trabalhar. Isso mostra que ela não era uma mulher preguiçosa, mas sim, uma mulher pronta para ser auxiliadora do seu esposo, no que fosse necessário (v 15).
Rebeca era uma donzela “mui formosa à vista, virgem, a quem homem não havia conhecido.”. Isso demonstra que ela cuidava da própria aparência física e também de sua dignidade e honra. Essa é uma lição para as mulheres se atentarem para zelar pela sua beleza exterior e também pela interior (v 16).
O servo viu em Rebeca uma boa possibilidade, mas faltava saber se ela era a mulher que Deus havia separado para Isaque. Então dá início ao seu teste, sua prova com Rebeca. Pede a ela que lhe dê de beber e, para sua surpresa, ela dá de beber a ele e também se oferece para dar de beber aos seus dez camelos e à caravana! Isso mostra que ela estava disposta a servir, mesmo a um estranho (v 17-20).
Este comportamento de Rebeca deixa o servo admirado e desejoso de que realmente fosse ela, a mulher separada por Deus. Mas, precisa ainda de uma informação para garantir que Isaque não estaria em jugo desigual com ela. Precisava saber se ela servia ao mesmo Deus que seu senhor Abraão e seu filho Isaque. O que se confirma quando ela fala de sua família e se dispõe a hospedá-lo. Ao ver este incrível milagre do Senhor, o servo não resiste e se prostra para adorá-LO (v 21-27).
O servo estava focado em cumprir a sua missão: encontrar a mulher de Deus para o filho do seu senhor. Até mesmo comer, vinha depois de cumprir a sua missão (v 33).
Abraão foi o homem chamado por Deus para ser benção a todas as nações (Gn 12.2-3). E para alcançar este objetivo, precisou viver pela fé. O primeiro de muitos outros (Hb 10.38-39). Esse caminhar de fé, lhe rendeu a benção do Senhor, que era perceptível a todos ao seu redor (v. 35).
Após apresentar o resumo do motivo e de sua jornada, o servo vê a conclusão de sua missão nas mãos dos familiares de Rebeca. E nesse ponto, honra o princípio de ser submisso à vontade dos pais. Ou seja, se ela for mesmo a mulher separada por Deus para o filho do seu senhor Abraão, seus pais deverão concordar em entregá-la e abençoar o seu casamento. Este princípio está expresso em Ef 6.1-3. Deus, mais uma vez, opera um milagre e os familiares de Rebeca creem em tudo, escolhendo verem a vontade de Deus sendo realizada. Abençoam assim, Rebeca para que se case com Isaque (v 36-51).
Então chega o momento em que a fé de Rebeca é provada. Para que ela não estivesse em jugo desigual com Isaque, precisava demostrar uma fé capaz de auxiliar Isaque no caminhar da promessa de Deus. Para isso, ela precisava deixar sua família, terra e conforto; seus sonhos e planos. Precisava demostrar maturidade para se casar com um homem desconhecido, estando disposta a ser submissa a ele e auxiliá-lo na caminhada dos planos de Deus (v 54-57).
Ela então é aprovada. Decide viver pela fé e assim, demonstra estar capacitada para ser companheira de Isaque (v 58).
Diante de tamanho agir de Deus e da demonstração de fé de Rebeca, a família decide despedir e abençoar Rebeca para a sua nova vida ao lado de Isaque. Então parte Rebeca, junto ao servo de Abraão, para a sua nova vida de fé (v 59-61).
Isaque seguia sua vida trabalhando e cuidando dos negócios. É então que essa história nos mostra a característica de Isaque que lhe fez seguir confiante em Deus. Ele desenvolvia sua intimidade com Deus por meio da oração! Isso ele aprendeu com seu pai, Abraão (que ouviu a voz de Deus e O seguiu pela fé). Abraão havia ensinado bem o seu filho. Penso no que Isaque poderia estar conversando com Deus… Talvez estivesse lançando sobre o SENHOR sua ansiedade quanto a uma companheira (I Pe 5.6-7), quem sabe? Então quando ele levanta os olhos, vê ao longe, uma caravana se aproximando (v 62-63).
Rebeca também percebeu que, ao longe, vinha um homem ao seu encontro. Ao perguntar para o servo quem era, fica sabendo que quem se aproxima é Isaque, seu futuro esposo. Então, mais uma vez, demonstra a sua virtude e pureza, se cobrindo com o véu antes de se encontrar com ele. Símbolo usado nos casamentos até os dias de hoje (v 64-65).
Um detalhe interessante dessa história é contado no versículo posterior. O servo conversa com Isaque e explica todas as coisas que fizera. O que nos faz imaginar que, até então, Isaque não sabia desse agir de seu pai. Isaque esperava pacientemente pelo prover do Senhor, quanto à sua mulher. E esse dia chega. O servo vem trazendo, Rebeca, a mulher separada por Deus para se unir a Isaque em sua caminhada de fé. Então é consumado o plano de Deus, Isaque e Rebeca se tornam uma só carne (v 66-67).
Cabe a nós, meditarmos nesse exemplo de fé e confiança em Deus de Isaque e Rebeca, tirando lições práticas para a nossa caminhada até o casamento

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