A FAMÍLIA E A IGREJA NA BÍBLIA SAGRADA
Nas Sagradas Escrituras, vemos a história de inúmeras
famílias, nós temos acesso à revelação de Deus acerca da família.
E dá pra aprender que nós, seres humanos, devemos valorizar
a beleza e a riqueza do relacionamento entre o homem e a mulher, entre pais e
filhos.
A família é uma instituição sagrada, plano de Deus na
sociedade e, quando se reveste das características de uma família cristã, parte de uma “Igreja doméstica”,
lugar de comunicação e de encontro com Deus, a família é manancial de vida, um
saudável ambiente da vivência da fé e fonte de transmissão dos mistério de
Deus.
A primeira família que encontramos na Bíblia Sagrada é a
de Adão e Eva, juntamente com seus dois filhos, Caim e Abel.
Outra família que entra no propósito de Deus é a família
de Noé, através de seus descendentes se povoou novamente toda a terra.
Outra família do Antigo Testamento que nos ajuda a
compreender melhor a missão da família no cotidiano da história é a família de
Abraão e Sara, que vivenciou o desafio da fé proposto pelo Deus vivo: ser pai
de uma multidão, formar uma nação com seus descendentes e conduzir o povo de
Deus à Terra prometida.
Olhando o ambiente dessa família patriarcal advinda de
Abraão, nós percebemos a necessidade de ouvir o chamado de Deus e de
corresponder à nossa vocação, caminhando pelas estradas do mundo com a
consciência de que Deus está no meio de nós fazendo história, renovando nossa participação
na Igreja e impulsionando nossos ideais de santidade.
IGREJA-
Significado de Igreja
O que é Igreja: Igreja, do latim ecclesia, é um templo cristão, é o
local da pregação dos ensinamentos de Cristo, obedecendo os princípios da ética
cristã. Igreja é o conjunto de fiéis (FAMÍLIAS) unidas pela mesma fé e que
celebram as mesmas doutrinas religiosas. Em
sociologia Igreja é um grupo religioso organizado e institucionalizado. Como
grupo, uma igreja abrange uma comunidade dos que creem e, geralmente um corpo
de líderes, sacerdotes, hierarquizado ou não.
Como instituição, a igreja representa um sistema de preceitos, REGRAS,
ritos e crenças.
A Igreja é a união de todos aqueles que foram chamados por Deus,
os quais, pela ação do Espírito Santo, creem que Jesus Cristo é o Filho
Unigênito de Deus enviado ao mundo para redimi-los de seus pecados. É por isso
que a Igreja é definida como sendo o corpo de Cristo (Efésios 1:22,23).
O que
significa Igreja?
A
palavra “Igreja” traduz o latim ecclesia,
que por sua vez vem do grego ekklesia,
que basicamente significa “assembleia pública”, ou algo como “reunião dos que
foram chamados”.
É
comum escutar que Igreja significa “chamados para fora”. De fato teologicamente
essa é uma verdade absoluta com relação à Igreja, no sentido de que os membros
do corpo de Cristo foram chamados para viverem fora do padrão pecaminoso do
mundo, mas não isolados do mundo.
Ekklesia no
sentido de “reunião de pessoas”, “ajuntamento” ou “assembleia”. Isto significa
“multidão humana reunida”, famílias unidas, para designar a assembleia do povo
de Deus (Deuteronômio 10:4; 23:2,3; 31:30; Salmos 22:23).
Mesmo
no Novo Testamento, por duas vezes o termo ekklesia é utilizado para se referir à assembleia
dos israelitas (Atos 7:38; Hebreus 2:12).
Mas em
todas as outras ocorrências, ekklesia designa
a Igreja Cristã, tanto no sentido de sua pluralidade nas comunidades locais
(Romanos 16:16; 1 Coríntios 4:17; 7:17; 14:33; Colossenses 4:15) quanto em seu
aspecto universal, destacando sua unidade, ou seja, só há uma única Igreja
(Atos 20:28; 1 Coríntios 12:28; 15:9; Efésios 1:22).
Quando a Igreja surgiu?
Deus sempre teve um povo
separado para si, ou seja, a verdadeira Igreja existe desde o princípio. No
entanto, a Igreja, como o povo escolhido do Senhor, tem sua história
desenvolvida em dois momentos históricos diferentes. São eles: os períodos
antes e após o ministério terreno de Cristo.
No
período antes de Cristo, a verdadeira Igreja pode ser identificada desde os
tempos mais remotos com o próprio povo de Israel.
Nesse
mesmo tempo Deus
chamou Abraão, e fez promessas a ele com relação a sua descendência. A partir
daí, a Igreja estava concentrada especialmente na nação de Israel. Nesse
período, ela cumpria uma série de rituais, ordenanças e símbolos que apontavam
para o próprio Cristo.
Mesmo
em tempos de grande apostasia dentro de Israel como
nação, o verdadeiro Israel, como Igreja, estava preservado. Isso é o que vemos,
por exemplo, nos dias do rei Acabe, quando apesar de toda
idolatria promovida pela ímpia rainha Jezabel, havia sete mil que não
dobraram seus joelhos perante Baal. Eles enfrentaram duras perseguições, assim
como ocorreu com o profeta
Elias, mas permaneceram fiéis a Deus.
A Igreja do Novo Testamento
Já na Igreja do Novo
Testamento, através da nova aliança em Cristo, cumpriram-se as promessas e
esperanças do Antigo Testamento com relação ao povo escolhido de Deus. Sob essa
nova aliança, os rituais, símbolos e ordenanças, foram substituídos pela obra
perfeita de Cristo.
O escritor do livro de Hebreus fala
em detalhes sobre isto. Ele enfatiza que os santos do Antigo Testamento
depositaram sua fé no Messias que haveria de vir, enquanto que os redimidos do
Novo Testamento depositam sua fé no Messias que já veio, o eterno Sumo
Sacerdote (Hebreus 1-12).
Cristo
prometeu edificar a sua Igreja, e logo após sua ascensão ao céu, o
Espírito Santo foi enviado no dia de Pentecostes,
dando início ali a grande internacionalização da Igreja (Atos 2).
O
Evangelho seria pregado em todo mundo, e a comunidade dos fiéis seria formada
de pessoas de todas as tribos, povos, raças e línguas.
No
próprio contexto do livro de Atos dos Apóstolos, eventos específicos ocorreram
para mostrar muito claramente que o povo de Deus não estaria limitado a um
único povo.
Um
exemplo disto foi a conversão
do centurião Cornélio (Atos 10).
Portanto, na Igreja de Cristo
não há qualquer distinção de nacionalidade! Judeus e gentios, crentes de todas
as nações, encontram-se unidos no corpo de Cristo (Efésios 2-3; Apocalipse
5;9,10; 7:9,10).
Como a Igreja é formada?
A Igreja é única, ou seja, ela
é uma comunidade indivisível (Romanos 12:5; 1 Coríntios 10:17; 12:12,13;
Gálatas 3:28). No entanto, essa comunidade é constituída por dois grupos
geralmente chamados de “Igreja militante” e “Igreja triunfante”.
A Igreja militante são os
fiéis que ainda estão vivendo neste mundo. Já a Igreja triunfante é constituída
dos redimidos que já morreram e que agora estão na glória ao lado do Senhor.
Esses dois grupos, apesar de
viverem realidades diferentes, possuem o mesmo grande objetivo: prestar culto a
Deus (Gálatas 4:26; Hebreus 12:22-24).
A Igreja militante e a Igreja
triunfante finalmente se encontrarão na ocasião da segunda vinda de Cristo com
a ressurreição dos mortos (1 Tessalonicenses 4:16-18).
Enquanto esse glorioso dia não
chega, a Igreja militante presente nesta terra se reúne e se organiza em
comunidades locais que cultuam a Deus, meditam em sua Palavra e celebram os
sacramentos.
Essas “igrejas locais”, apesar
de serem inúmeras, fazem parte da única Igreja universal, isto é, a Igreja é
uma só em Cristo (1 Coríntios 12:12-27; Efésios 1:22,23; 3:6; 4:4; Apocalipse
2:1).
O Novo Testamento destaca a
vital importância de todos os cristãos estarem inseridos em uma comunidade
local, pois a Igreja é uma unidade, onde seus membros são alimentados,
disciplinados, edificados, cuidados por ministros instituídos por Deus e juntos
participam do ministério e testemunho do Evangelho (Mateus 18:15-20; Atos
20:28; 1 Coríntios 14:4,13; Efésios 4:15,16; Gálatas 6:1; Hebreus 10:25).
Quem faz parte da Igreja?
Fazem parte da Igreja todos
aqueles que Deus chama através de sua Palavra. A Bíblia diz que o Senhor
acrescenta fiéis continuamente à Igreja (Atos 2:47; 5:14; 11:24). Apesar de
esse chamamento ser universal, no sentido de que o convite é feito a todos sem
exceção, apenas podem responder positivamente a esse chamado aqueles que são
regenerados pelo Espírito Santo.
Estes são convencidos de seus
pecados e consequentemente respondem com arrependimento e fé em Cristo Jesus,
como seu Senhor e Salvador.
É verdade que quando se fala
em quem faz parte da Igreja, é preciso considerar que nem todos que parecem
fazer parte dela de fato o fazem. É por isso que existe uma distinção entre a
Igreja visível e a Igreja invisível.
A
Igreja visível é a Igreja conforme as pessoas a veem, enquanto que a Igreja
invisível é a Igreja conforme Deus a vê.
Isso
significa que nem todos os aparentes membros da Igreja são realmente nascidos
de novo e genuínos seguidores de Cristo.
Embora
tais pessoas possam enganar os homens, haverá o dia em que elas serão
desmascaradas e punidas diante do juízo do Senhor (Mateus 7:15-23; 13:24-50;
25:1-46).
Portanto,
a perfeita totalidade da verdadeira Igreja é conhecida somente por Deus
(2
Timóteo 2:19).
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