domingo, 11 de outubro de 2020

O PROPÓSITO DE TODAS AS COISAS

 

O propósito de todas as coisas!  


Romanos 11:34-36 “Pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor? Ou quem se fez seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque d`Ele, e por Ele, e para Ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.”

Tudo o que Deus criou, criou para o Seu prazer. Você sabe o que isso quer dizer? Isso significa que:

•A maior parte da terra é coberta por água porque isso agrada ao Criador;
•A águia tem visão maior do que a do homem porque isso faz Deus sorrir;
•O filhote de cavalo pode andar logo após seu nascimento, enquanto os humanos mal podem engatinhar aos nove meses de idade, porque Deus quis deste jeito;
•Nossos corpos se desgastam porque isso nos força a colocar nossa esperança em Deus, o Único que é digno de glória;
•Nós dormimos e acordamos, para lembrarmos que não somos Deus, pois Deus não cochila e nem dorme;
•As galáxias existem com impressionante esplendor e estão ocultas aos nossos olhos porque elas satisfazem Àquele que as criou e deu nome a cada estrela;
•Não podemos mudar totalmente nossa aparência, porque se pudéssemos, nos envolveríamos tanto conosco mesmos, que esqueceríamos completamente do Único que é digno de glória, honra e louvor.

A vida não é voltada para nós, mas para Deus!

1. Jesus foi para a cruz, sofreu, suportou toda dor e por fim morreu, para a glória do Pai – (João 12:27-28) “Agora a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora? Mas para isto vim a esta hora. Pai, glorifica o teu nome. Veio, então, do céu esta voz: Já o tenho glorificado, e outra vez o glorificarei.”

•Jesus nasceu... para a glória do Pai;
•Andou nas empoeiradas terras da Galiléia, para a glória do Pai;
•Curou pessoas, alimentou multidões... para a glória do Pai;
•Ensinou, tocou e amou as pessoas... para a glória do Pai;
•Foi para Jerusalém, foi traído e preso... para a glória do Pai;
•Foi crucificado, morto e sepultado... para a glória do Pai;
•Ao terceiro dia ressuscitou... para a glória do Pai;
•Hoje, Jesus está à direita de Deus... para a glória do Pai;
2. Jesus responde nossas orações, para a glória do Pai – (João 14:13-14) “E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu a farei.”

•Tudo o que Jesus realizou e realiza ou realizará, será para a glória do Pai!
•Tudo o que recebemos de Deus, precisa ser para a Sua glória!
•Ana recebeu de Deus o filho Samuel, ela glorificou a Deus, devolvendo-o ao Senhor;
•Os dez leprosos foram curados por Jesus, mas somente um, voltou para agradecer;
•Quando Deus te abençoa com um carro, casa, chácara, esposa, marido, filhos, etc., você precisa
entregar de volta a Deus, e não deixar que isso ocupe o lugar de Deus no seu coração.

3. Jesus completou a obra que o Pai o designou, para a glória do Pai – (João 17:4) “Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer.”
•Nós somos: “Raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de anunciardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (I Pedro 2:9).
•Nisto é glorificado meu Pai... (João 15:8)
•Há um propósito em tudo o que fazemos, tem que ser a Glória de Deus.

4. Os céus e tudo o que neles há, existem para a glória de Deus! (Apocalipse 4:8-11)

8 “Os quatro seres viventes tinham, cada um, seis asas, e ao redor e por dentro estavam cheios de olhos; e não têm descanso nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, e que é, e que há de vir.
9 E, sempre que os seres viventes davam glória e honra e ações de graças ao que estava assentado sobre o trono, ao que vive pelos séculos dos séculos,
10 os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono, e adoravam ao que vive pelos séculos dos séculos; e lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo:
11 Digno és, Senhor nosso e Deus nosso, de receber a glória e a honra e o poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade existiram e foram criadas.”

Em Apocalipse 4, aprendemos coisas muito humilhantes e, ao mesmo tempo desafiadoras e libertadoras. João está vendo os quatro seres viventes dando glória a Deus sem cessar. Santo, santo, santo... Nenhuma menção a nós humanos. Nenhuma. Porque eles não fizeram nenhuma menção a nós, humanos? A resposta é simples: Porque eles estão totalmente envolvidos em dar glórias a Deus, que nada mais importa! É tudo voltado a Deus, a sua maravilhosa majestade.

Portanto, meus amados, entreguem-se completamente àquele que tudo pode e é digno de receber toda honra, glória e louvor. Que a sua vida glorifique o Nome do todo poderoso aqui nesta terra.


 

PERDÃO, A CHAVE QUE ABRE AS ALGEMAS

 

PERDÃO, A CHAVE QUE ABRE AS ALGEMAS

 

 

"Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores." ( Mateus 6.12).

 

A oração acima, conhecida popularmente como a "oração do Pai Nosso" é mais poderosa do que podemos imaginar. Ela quebra correntes, liberta almas aprisionadas pelo ódio e pelo ressentimento.

Temos o hábito de orar apenas por costume, na maioria das vezes, quando somos crianças, aprendemos esta oração e decoramos até conseguirmos repetir perfeitamente cada palavra da oração.....mas, não percebemos que cada palavra tem um significado profundo que pode restaurar nossas vidas. A partir do momento que reconhecemos nossa condição de ser humano que possui falhas e que necessitamos do Perdão de Deus, já estamos nos arrependendo de nossos pecados e Deus está pronto para nos perdoar pois a misericórdia Dele é infinita e Ele nos ama .

Mas, será que da mesma forma que recebemos o perdão, nós estamos prontos para perdoar? A Palavra de Deus diz: "ANTES, SEDE UNS PARA COM OS OUTROS BENIGNOS, MISERICORDIOSOS,PERDOANDO-VOS UNS AOS OUTROS,COMO TAMBÉM DEUS VOS PERDOOU EM CRISTO." (Efésios 4.32 ) A falta do perdão pode causar muitos danos em nossas vidas.

Quando sentimos ódio ou ressentimento, uma raiz de amargura brota em nosso coração permitindo a entrada de influências malignas. Desta maneira, o inimigo das nossas almas tem total liberdade para acorrentar, escravizar, sufocar e até destruir a vida de uma pessoa. O ódio é tóxico, causa doenças e feridas na alma de quem o possui, é como se fosse uma bola de neve, vai aumentando, quanto mais se alimenta esse sentimento é pior, vai sufocando, levando até à morte espiritual e física.

NÃO EXISTE NENHUM REMÉDIO PRESCRITO POR MÉDICO QUE PODE CURAR A DOENÇA DA ALMA E CICATRIZAR FERIDAS. SÓ O SANGUE PODEROSO DE JESUS CRISTO QUE PODE NOS PURIFICAR E SARAR NOSSA ALMA. " Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida. " ( Provérbios 4.23 ).

Não podemos deixar que as sementes malignas sejam plantadas em nosso coração. É hora de dar um basta na tristeza e esquecer o passado triste. Vamos abrir nosso coração para a Palavra de Deus e deixar que a seu tempo floresça e dê frutos para a obra do Senhor.

 

O Perdão liberta. Seja livre para viver uma nova vida repleta de bênçãos ! Toda a honra e a glória ao nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO!

 

 

 

 

 


AUTOR:

Colaboração: Erika Ishibashi

OUVINDO A DEUS NO DESERTO

 Ouvindo a Deus no deserto

O deserto é um lugar especial no coração de Deus e, não há um filho Seu que ainda não tenha passa por essa situação. Para entender o deserto e o seu significado, é preciso que nos posicionemos, para que possamos compreender, de fato, qual a importância e a relevância que temos. Mas você pode se perguntar: quem sou eu? E que importância tenho?

 

Você foi criado à imagem e à semelhança de Deus e, isso quer dizer que não há nada mais importante nessa vida do que você; só Deus é mais proeminente do que o homem, porque Ele é a essência de todas as coisas. Os anjos, por exemplo, não tiveram esse privilégio. Foram criados como seres espirituais especiais para estarem à disposição do Altíssimo. Porém teve um ser, Satanás, que desejou tanto esse direito e, buscando a posição de ser igual a Deus, tornou-se maldição para sempre. Eu e você, contudo, somos a imagem e semelhança do Pai.

 

Outro aspecto significativo é o fato de que somos filhos de Deus e ocupamos um lugar distinto no coração desse Pai. Qual o pai que não deseja o melhor para o seu filho? Todos aqueles que são pais sabem que, ao nascerem os filhos, sua dedicação a eles é quase exclusiva. E, embora os filhos cometam alguns deslizes, alguns erros, jamais deixarão de ser filhos; seus pais, em tempo algum, os abandonarão. Pai é pai! Eles sabem o que é o melhor para os seus filhos.

 

O deserto é um lugar de escassez, onde os elementos vitais, como água e alimento, características básicas, quase não existem. Isso não parece antagônico? Começar a ministração falando de algo tão bom, especial e ter esse significado: escassez? Depende do seu ponto de vista. Só há um deserto que não é bom na vida de uma pessoa: o deserto do pecado, da rebelião, do coração distante de Deus; o deserto da quebra de princípios.

 

Em Mateus 4:11 lemos a narrativa de Jesus no deserto. O deserto é uma marca inerente aos grandes homens de Deus. E, se você acredita ser um líder ou alguém que recebeu um chamado, um comissionamento da parte de Deus, há de passar por um grande deserto. Esse lugar passará a ser um lugar especial no seu coração. Pois não há nada de Deus para nós que deixemos de gostar. O que existe, na verdade, é uma ignorância, um desconhecimento de causa.

 

 

Quando Deus leva um filho Seu para o deserto, Ele não tem uma visão circunstancial; Ele sempre tem em mente o resultado que quer produzir. Deus lhe conduzirá para o deserto, mas também lhe levará para a terra que mana leite e mel, um lugar de glória, um caminho maior. O Pai perfeito, com quem você tem aliança, só tem pensamentos bons para os seus filhos. Ele é um Deus bom e nEle não habita injustiça.

 

Deus colocou Abraão no deserto e não teve dó da sua economia, nem do seu contexto familiar, pois o Senhor o estava chamando para uma obra maior, um contexto melhor. Deus sabe que os propósitos do coração dEle são maiores do que aqueles qualquer homem possa projetar. Precisamos ter essa consciência, porque assim deixaremos que o Senhor nos leve por onde Ele quiser.

 

O Senhor tirou Moisés dos palácios, do melhor que Faraó poderia oferecer no Egito e o lançou no deserto de Midiã para tratar o seu coração. Depois o fez retornar ao Egito para resgatar um povo para o qual Deus projetou um sonho especial. Agora Moisés é levado a atravessar o deserto, não mais sozinho, mas com toda a sua família, todo o seu povo. Era uma tarefa maior. O alvo era a terra que mana leite e mel.

 

Ora, se o desejo era do coração de Deus, se era propósito específico do coração do Pai levar o povo para uma terra que mana leite e mel, por que o Senhor não os transfigurou? Era possível fazê-los sumir do Egito e fazê-los aparecer diretamente na terra prometida? Sim, Deus é o Todo-poderoso. Mas, Deus determinou que Moisés e Israel atravessariam todo um deserto por causa de um propósito divino. O Senhor precisava tratar o povo (Dt. 8). O novo de Deus na nossa vida não pode ter a forma do velho. Deus não pode derramar o seu novo numa forma velha. É por isso que Ele precisa quebrar a forma velha e fazer uma forma nova para que o novo seja feito como Ele sonhou e desejou. Assim será na sua vida. Desprenda-se da forma velha e deixe Deus fazer o novo em você, pois o novo é mais precioso, mais poderoso, mais especial.

 

A Bíblia mostra-nos também que os profetas foram ao deserto. Vemos Elias no deserto, Eliseu no deserto. Grandes homens de Deus! Deserto não é sinônimo de derrota para ninguém que tem o chamado de Deus. Deserto é lugar de formação de caráter, formação de propósitos e objetivos.

 

Para que não nos restasse dúvidas, Deus pegou o seu único filho e o enviou para o deserto.

O texto de Mateus 4 nos diz que depois do batismo, depois que o Pai dá o testemunho que Jesus é Seu filho, o Espírito Santo o conduz ao deserto para ser tentado pelo diabo. Você poderia perguntar: que pai desnaturado é esse, que pega o filho pela mão e o leva ao deserto? Essa é a leitura comum, é a leitura que Satanás quer que façamos. Mas, a leitura correta é: Deus é tão tremendo e tão bom, acredita tanto nos seus filhos que é capaz de pegá-los pela mão para atravessarem um deserto, mesmo sabendo que Satanás está lá com todas as armadilhas.

 

Filhos de Deus não foram feitos para caírem em armadilhas malignas. Não foram feitos para perecerem no deserto. Nós estávamos na velha vida e Deus nos levou para a nova vida. Esse período de reconstrução é um deserto. Mas, Deus está lhe dando o modelo de vencer o deserto. Ele lhe dará algumas percepções para vencer no deserto.

 

1. Quando somos filhos de Deus, quem nos coloca no deserto é o próprio Deus

Você pode não gostar, mas é isso mesmo! É Ele quem lhe leva para o deserto, porque o diabo não manda nem conduz vida de filho de Deus para lugar nenhum. O diabo não tem bússola, nem rota para conduzir filho de Deus. Em filho de Deus quem manda é Deus. O nosso Deus não tem os receios que temos. Se precisarmos de tratamento, Ele vai nos tratar. Se há alguma coisa que precisa ser arrancada, Ele vai arrancar. Deus não quer proteger as coisas ruins que estão dentro de você. Ele quer lhe tratar e o fará mesmo que tenha que lhe colocar no deserto. Mas, saiba que mesmo no deserto o Senhor está com você todos os dias da sua vida.

 

2. O deserto é um lugar que Deus escolheu para sermos provados e aprovados

Você pode se questionar: como podemos ser levados para o deserto para sermos provados? Isso não é a pior coisa para o filho de Deus. A pior coisa é para satanás, porque nesse exato momento Deus põe o diabo numa fria. Quando você entrar no deserto, pule, sorria e grite: diabo, você está perdido! Você vai me tentar, mas eu serei aprovado!

 

Vida de filho de Deus é a mesma vida que Deus tem. A Bíblia nos instrui que Deus é fogo consumidor e vida de crente é fogo que consome (Dt. 4:24). Deus, então, envia seu filho para o deserto para dizer: vou te consumir, satanás. O diabo prova que filho de Deus tem natureza de Deus. Isso é muito amargo para o diabo.

 

Quando Jesus entrou no deserto, o diabo esperou quarenta dias para tentá-lo. Deus estava impondo um castigo para o diabo, porque Jesus tinha uma vida em plena comunhão com o Pai. Jesus venceu o diabo e mais uma vez o inimigo sentiu o gosto amargo da derrota. Todos que vencem a satanás terão autoridade inconteste no planeta Terra. Quando Deus lhe coloca no deserto é para lhe graduar e para fazer com que você ande nesta terra numa autoridade poderosa sobre as trevas.

 

Você acha que Deus ia colocar Jesus no deserto para entrar numa fria? A fria é para satanás! Quando Jesus entrou no deserto, mais uma sentença de derrota estava estabelecida para o diabo. Deserto é o lugar que Deus escolheu para que Seus filhos sejam provados e aprovados!

 

Qual é a base da pergunta de satanás para Jesus? "Se és filho de Deus..." Quem é que vence o deserto? Filho de Deus! Filho de Deus tem um destino: vencer no deserto. O deserto serve tão somente para atestar a nossa natureza. Se não é filho, perece vergonhosamente. Se é filho, satanás vai amargar uma derrota, pois vai provar e não vai gostar do que provou.

 

Caminhe pelo deserto seguindo os passos de Jesus. Sua rota tem que ser a rota de Cristo. Se você quer vencer o deserto, tem que falar a palavra de Cristo, tem que viver a vida de Cristo, tem que caminhar os passos de Cristo. Isso porque se há murmuração, a murmuração se coloca entre você e Cristo e você entrará por uma rota perigosa, que pode lhe levar à queda. Mas, Deus em Sua infinita misericórdia lhe levantará, mesmo que você caia. Nunca esqueça: para vencer o deserto é preciso estar em Cristo.

 

3. Existe um elemento que lhe ajuda a vencer o deserto: jejum

 

O jejum é arma para vencer o deserto. Jesus, no deserto, estava jejuando. Por quê? Porque ninguém vence o deserto cheio de si. Ninguém vence o deserto cheio de carnalidade. Só vence o deserto aquele que se esvazia de si mesmo para receber o conteúdo de Deus.

 

Jejum é uma arma de vitória no deserto. Você precisa viver jejuado. O jejum é uma linguagem de esvaziamento. É quando você está vive debaixo do seguinte princípio: eu não quero viver por mim mesmo, mas eu quero que Cristo viva em mim (Gl. 2:20).

 

4. O inimigo sempre atacará com grandes ardis quando você estiver próximo da vitória.

 

A Bíblia diz que Jesus jejuou por quarenta dias e ao final teve fome (Mt 4:2). Neste momento, surge o tentador. Parece até que é uma regra espiritual: quando estamos perto da vitória, surge algo ruim.

 

Mas, isso atesta que você precisa de um pouco mais de tratamento. Isso porque ninguém é aprovado por Conselho de Classe no deserto. No reino espiritual não tem como você ganhar alguns décimos "de graça", porque tem um bom comportamento, ou é esforçado. Deus quer que você passe com nota máxima. Ou é aprovado ou então terá que enfrentar o deserto novamente.

 

Deus não vai aliviar o deserto para você, porque desertos não vencidos são desertos repetidos. Se você não vence um gigante na sua vida, ele virá lhe enfrentar novamente. Mas, se você o vence e o destrói, nunca mais você verá a cara dele.

 

Decida por seguir a Jesus em qualquer situação. Quando as lutas estiverem grandes demais, tenha a certeza que a vitória está chegando. Não tire os olhos de Deus, não tire os olhos da promessa, fique firme, submeta-se a Deus, resista ao diabo e ele fugirá de você.

 

5. O inimigo lhe atacará quando perceber que você está profundamente desejoso ou extremamente necessitado.

 

Sentimento de necessidade, principalmente na área material, na maioria das vezes, é justificado por satanás. A ansiedade de ter as coisas leva a precipitação, a precipitação leva a atitudes erradas e atitudes erradas levam a derrota. É todo o esquema que o diabo monta para derrotar você no deserto.

 

Deserto é lugar de mover-se estrategicamente. O povo de Israel, quando passou pelo deserto, montava tendas nas horas do sol quente; quando o sol baixava, trabalhava, movimentava-se. Quando estamos no deserto, precisamos aprender a economia do deserto. Trabalhar no deserto é diferente de trabalhar na Terra de Canaã; o esquema de trabalho é outro. A forma de gerar recursos no deserto é muito diferente. A água que bebemos no deserto é apenas a quantidade necessária para o suprimento do dia. No deserto não temos como beber mais de dois litros diários de água para a pele ficar bonita. No deserto, não temos como fazer um enorme prato de comida. Você come o suficiente. O grande problema é que há muita gente no deserto querendo viver a vida de Canaã. Não se vence deserto com desordem, mas com estratégias.

 

Satanás olhou Jesus aos 40 dias de jejum e pensou: é agora que ele vai fazer qualquer coisa para comer. Jesus sentiu fome e sede desde o primeiro dia de jejum. Imagine, então, no sétimo dia, no trigésimo dia, no quadragésimo dia! Jesus estava muito fraco, muito debilitado. Jesus estava no extremo do seu limite, sentindo a fome que mata; ou ele comia, ou morria. O diabo sabia disso e aproveitou o momento de grande necessidade para tentar Jesus. Satanás mostra as pedras e testa Jesus dizendo: se tu és filho de Deus, transforma pedras em pão. Provavelmente Jesus imaginou aquele pão quentinho, sentiu aquele cheirinho gostoso de pão que terminou de assar. Mas, Jesus lhe respondeu: "Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus." (Mt. 4:4). Foi um a zero para Jesus.

 

Filho de Deus não se deixa corromper. Mesmo em meio a necessidade mais profunda, filho de Deus responde: nem só de pão viverá o homem. Não precisamos provar nada para ninguém. Só quer provar alguma coisa aquele que não tem segurança do que é. O diabo tenta jogar em Jesus dúvida com relação a sua natureza: SE tu és filho de Deus... O diabo estava dizendo: prove, Jesus, que você é filho de Deus. Mas, Jesus lembra a Satanás que no Trono não há crise de identidade. Deus não passa por crises de identidade e você está em Cristo. Quem tem que ficar em crise é o diabo.

 

Depois o diabo levou Jesus para o pináculo do templo. Neste momento o diabo tenta encher o coração de Jesus de vaidade. Quando Jesus estava sozinho e com fome naquele deserto o diabo disse: "pula daí porque está escrito: aos seus anjos darás ordens a teu respeito para te guardarem em todos os teus caminhos." Jesus respondeu dizendo: "também está escrito: Não tentarás ao Senhor teu Deus." Dois a zero para Jesus! O diabo não conseguiu tentar Jesus pelo orgulho e pela vaidade, porque a essência de um filho de Deus está nas mãos de Deus e não a serviço de satanás. Você é filho de Deus e não uma pessoa à venda; você não é alguém que está negociando o seu caráter. Você é filho de Deus e aquilo que você vai conquistar, quem vai lhe dar é Deus. Você não precisa dos favores das trevas. Filho de Deus precisa ter isto bem estabelecido dentro de si: você não precisa negociar o seu caráter nem a sua identidade; você não precisa dos favores das trevas.

 

Depois destas coisas, o diabo novamente tenta a Jesus dizendo: "Está vendo a glória deste mundo? Tudo isso te darei se prostrado me adorares." Jesus se indignou com aquela palavra que era completamente incabível. Quando isso ocorre, Jesus diz: "Chega! Vai-te satanás porque está escrito que somente ao Senhor teu Deus adorarás e somente a Ele servirás". Tudo o que satanás quer é serviço e adoração.

 

Diante de tudo isso que descrevemos, você pode perceber que quem está em crise é o diabo. No deserto, o diabo quer transferir as crises dele para você aproveitando-se da sua necessidade. Jovens solteiros, que estão com necessidades sexuais, ajoelhem-se e vão adorar a Deus, porque vai chegar o seu tempo; não prestem serviço a satanás. Mulheres que estão querendo afagos e carícias para se sentirem aceitas, vão abraçar a Jesus de Nazaré porque Ele vai mandar o seu ungido; não se entreguem! Não prestem favor a satanás e nem adorem a ele.

 

Não deixe o diabo lhe humilhar, pois isso não combina com filho de Deus. Quem tem que estar humilhado é o diabo, pois Deus estabeleceu que o diabo estará debaixo de seus pés. É você quem subjuga o inimigo. Ao repreender o diabo, Jesus diz: "Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás." Jesus não diz "ao Senhor MEU Deus...", porque Jesus não tem crise, não tem nenhum problema com relação a Deus. Ele diz para o diabo: você que está em crise, você não é Deus, por isso, vá adorar a Deus, o único criador dos céus e da terra. Entenda uma coisa: o diabo não é Deus e o deserto é o melhor lugar para vencer o inimigo, porque ele não é Deus. O diabo quer tentar mostrar que é dono de tudo, mas Jesus o desmascara e diz: diabo, você não é Deus.

 

Lembre-se: o inimigo vai atacar quando você estiver profundamente desejoso e necessitado. Mas, as suas necessidades não justificam suas transgressões. As suas necessidades mais ardentes não lhe eximem da responsabilidade de caminhar de acordo com a Palavra de Deus. Deus deixou Jesus num nível de fome que parecia o fim, a morte. Deus estava dizendo: Meus filhos podem ter as necessidades mais ardentes, mas não hão de Me negar, nem transgredir os Meus princípios, porque são Meus filhos e caminharão de acordo com a natureza que possuem.

 

No deserto, não confunda os objetos e os objetivos do seu propósito. No deserto não se transforma pedra em pão, come-se Palavra de Deus. No deserto não se prova poder, se é submisso a vontade de Deus. No deserto não se negocia autoridade espiritual nem se estabelece um deus diferente, no deserto provamos que Deus é o nosso Deus. Se Deus é o nosso Deus no deserto, Ele há de ser em qualquer lugar.

 

6. O deserto é um lugar de forjar a identidade.

Só vence no deserto quem sabe quem é. Se você vive na eterna dúvida se é crente ou não, se é líder ou não, se é amado ou não, se é próspero ou não, o seu deserto será aumentado. Deserto é lugar de forjar identidade. Se você sabe que é filho de Deus no deserto, você o é em qualquer lugar; você não negocia a sua identidade.

 

7. O deserto é o lugar de provar as intenções, os objetivos e os valores.

 

No deserto, o diabo diz: transforme pedra em pão; precipite-se daqui abaixo; prostre-se me adorando e eu lhe darei as riquezas desta terra. Há muito crente, infelizmente, negociando a sua autoridade, deixando que sua vida seja desvalorizada. Você é valoroso! É no deserto que você vai provar isso. Então, não negocie a sua autoridade espiritual. Fique firme! Tem muita gente que troca sua vida espiritual pela primeira oportunidade de fama, que deixa as células por causa de problemas que está passando, por causa de outras prioridades. Se você troca o Reino de Deus por coisas deste mundo, o seu próximo passo é perecer no deserto, pois prova que não tem valores. Mas, o Senhor tem a graça estendida para você e quando você levantar, ficará firme, pois deserto forja caráter e identidade. No deserto, os seus valores são provados. Se o Reino de Deus é prioridade na sua vida, no momento do deserto, há de ser em qualquer situação.

 

O diabo vai querer reivindicar muita coisa de você, vai querer sua rendição total. Mas você precisa entender que você, enquanto pessoa, representa tudo que você é, tudo que você tem e tudo que você poderá fazer e conquistar. Quando você se rende ao pecado ou ao diabo em alguma situação, você rende a você, rende tudo o que você tem e rende tudo que você poderá conquistar. É um comprometimento tão profundo que não vale a pena. Então, a sua atitude deve estar voltada para o diabo? Não! Para a tentação? Não! Para Deus? Sim, ainda que lhe custe a vida.

 

8. Você determina o tempo do seu deserto

O seu comportamento determina o seu tempo no deserto. Diante de Deus, tudo na nossa vida tem um tempo cronometrado, porque o Senhor é o Senhor do tempo na nossa vida. A primeira geração de Moisés morreu no deserto por causa da maledicência. Deus havia lhes falado que o caminho do deserto era de três dias. Todo deserto na vida de filho de Deus é cronometrado, tem um tempo certo, tem uma duração. Confie em Deus, marche firme com Ele porque os tempos se cumprirão e você vai pisar na terra de Canaã. Determine que nem um dia a mais você passará no deserto por sua conta, ou por causa da atitude do seu coração. O deserto de Jesus era de quarenta dias e ele o cumpriu exatamente. Deus sabe o tempo de deserto na sua vida. Fique firme! A sua atitude determinará o tempo que você passará no deserto.

 

10. Todo deserto tem um fim

Não existe deserto infinito. A única coisa infinita nesta vida é a eternidade que está nas mãos de Deus. Tudo tem limites. Deserto tem limite e o fim de todo deserto na vida de filho de Deus é terra que mana leite e mel. Ora, quando entramos no deserto não devemos ter os olhos fixos nos problemas do deserto, mas na terra de Canaã. Assim, você passará pelo deserto olhando para Canaã. Na vida de filho de Deus, deserto é lugar de passagem. A Bíblia lhe diz: "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque Tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam." (Sl. 23)

 

11. A sua boca determina o tamanho do seu deserto

A sua confissão determinará o tamanho do seu deserto. Então, o que você precisa fazer é confessar a Palavra de Deus. Se você não tem forças, vá até seu discipulador, conte a sua situação e peça que ele lhe indique os textos bíblicos para que sua fé seja fortalecida. Jesus confessou a Palavra e venceu. Siga também o exemplo do Mestre.

 

12. O deserto é um lugar solitário

Moisés tinha um povo imenso no deserto, mas ele se sentia sozinho. No deserto Deus trata com você. Se você tentar cortar caminho no deserto, Deus vai fechar a porta, porque você precisa sair do deserto como vencedor, porque buscou em Deus os seus recursos. Às vezes você vai procurar pessoas para solucionar os seus problemas e não as encontra. É Deus fechando as portas para você aprender a procurar por Ele. É Deus que você tem que achar. Você é filho de Deus e é o Pai que envia os recursos para você. Deus é o seu refúgio e fortaleza, socorro bem presente na hora da angústia. Não queira levar outras pessoas para o seu deserto. Vá só, porque o tratamento é seu. É com você que Deus quer tratar; é o seu caráter que Ele quer forjar; é a sua maledicência que ele quer tirar para que você se manifeste como um filho genuíno dEle.

 

Todo deserto que nos leva a um encontro com Deus vale a pena. Não sei o que está lhe afligindo, não sei qual o seu deserto, mas tenho a certeza que o final disso é você conhecer um Deus maravilhoso. Deus vai lhe mostrar onde quer lhe tratar, porque Ele lhe criou para o louvor da Sua glória. Então lembre-se de que o deserto que você está é um lugar sozinho, não coloque a culpa em ninguém, olhe para Deus, Ele é o seu refúgio, a sua fortaleza, o seu socorro bem presente na hora da angústia.

 

Você tem um deserto? O lugar da direção do seu deserto é para Deus. Jó entrou num grande deserto e no final, ele pôde dizer: "antes eu te conhecia de ouvir falar, mas agora os meus olhos te vêem." No final do deserto de Jesus os anjos vieram e o serviram. Se você é filho de Deus, e você entrou em um deserto, o final desse deserto é você ver a Deus em sua glória e ser servido por anjos. Jó viu a Deus e Jesus foi servido por anjos.

 

Veja agora o seu deserto e tenha a certeza de que a partir de agora você pode caminhar pelos princípios do Senhor Deus e da Sua Palavra e ter a certeza que nada na vida de um filho de Deus vem por acaso, há um propósito de Deus. No deserto você terá um encontro com o Senhor da vida e o final do seu deserto é a terra de Canaã. Deserto na vida de crente é encontrar-se com o Senhor da vida, Jesus Cristo.

 

Deserto não é um lugar agradável. Não estamos fazendo apologia a deserto, mas temos a convicção que filho de Deus vence aonde quer que ele esteja, porque é filho de Deus.

Há formas de vencer o deserto. O deserto financeiro se vence com fé e fidelidade, com dízimos e ofertas. O deserto emocional se vence com amor. O deserto familiar se vence com amor, compreensão e renúncia. O deserto que Deus não colocou na sua vida se vence com arrependimento; esse é o deserto que Deus não estabeleceu para nós; é o deserto que o diabo e que nós procuramos, que o nosso erro causou; esse deserto se vence com confissão e arrependimento.

 

O deserto do vazio do coração se vence com a presença de Deus. O deserto dos traumas se vence com a cruz que vem da Cruz de Cristo. O deserto da rejeição se vence com aceitação. O deserto da mágoa se vence com perdão; não é simplesmente uma decisão de perdoar ou não, é de vencer o deserto ou não vencer, de prolongar o deserto ou não; perdoe! Perdoe primeiro com a força do mandamento, porque depois virá o perdão com a força do sentimento. Persista! Siga firme! Não desista, porque a vitória é para aqueles que persistem. E, uma vitória real se constrói com Jesus.

 

 Marcel Alexandre

 

O CAMINHO DA RENÚNCIA

 

O caminho da renúncia (Igreja - Empresa)

(O autor é consultor teológico do Instituto Cristão de Pesquisas e pastor auxiliar da Igreja Evangélica Cristã Presbiteriana)

O apóstolo Paulo ganhou muitas almas, mas foi preso, espancado, perseguido e precisava trabalhar para se manter. Seu ministério, hoje em dia, seria considerado próspero?

De uns tempos para cá, a vocação pastoral tem se transformado em mais uma opção profissional. Foi-se o tempo em que as escolas teológicas atraíam gente disposta a abraçar um ministério que significava desprendimento, sacrifício e, não raro, a renúncia a uma série de outras oportunidades.

Hoje, boa parte dos calouros dos seminários está mais interessada em tornar-se uma espécie de empresário do sagrado. A cada dia, a visão "marqueteira" e a busca do lucro já estão influenciando até mesmo no chamado pastoral. A preocupação com a manutenção da "igreja-empresa" tem sido levada em conta até na escolha dos novos candidatos ao ministério. Qualidades como carisma pessoal, dinamismo, capacidade gerencial, eloqüência verbal e iniciativa estão sendo mais valorizadas na escolha da mão-de-obra pastoral do que humildade, espiritualidade e temor a Deus.

Tal motivação já atingiu até mesmo líderes e pastores que estão na caminhada do Evangelho há muitos e muitos anos. O que deveria ser examinado é o exemplo de vida, o testemunho e a unção, mas o que estamos presenciando é a elevação de homens ao púlpito pelas suas habilidades que trarão lucro aos caixas sagrados. A adesão missionária ao serviço do Senhor tem sido substituída por outro tipo de acordo - um pacto de conveniências, uma espécie de contrato de trabalho que pode durar a vida inteira ou alguns poucos meses. O sujeito permanece ali enquanto conseguir manter sua cota de arrecadação. Se o planejamento econômico não for cumprido, nada feito.

Dentro desta visão, o futuro pastor precisa se preocupar em render mais no material do que no espiritual. O candidato ao cargo de ministro da Palavra é privado de pensar, questionar ou dar opiniões, já que o líder supremo da instituição é considerado perfeito, à semelhança do mito da infalibilidade papal. Este modo de agir está sendo adotado em diversos círculos evangélicos e se estende a todos que estiverem sob sua influência. Se o membro um dia quiser chegar a pastor, bispo, apóstolo, arcanjo, serafim ou semideus, só tem um caminho: obedecer sem questionar. O direito de opinar ou pensar está fora da revelação divina recebida pelo dono da igreja. Ao membro, só resta a aceitação. Nada de explicações sobre os métodos empregados ou sobre o que se fala do púlpito. Muito menos transparência financeira e administrativa.

Já imaginou se o apóstolo Pedro, caso vivesse hoje, fosse candidato ao ministério? Provavelmente, teria sido imediatamente excluído por ter traído o seu pastor, sem direito a defesa ou a uma segunda chance. E jamais ouviria de seu líder: "Tu me amas? Então, apascenta as minhas ovelhas". E Paulo? Será que seu ministério, hoje, seria considerado próspero? Ele ganhou muitas almas, mas não levou vida confortável. Foi preso, espancado, perseguido. E ainda por cima tinha de trabalhar para se manter, pois não queria ser um peso para os irmãos. Quantos evangelistas do nosso tempo têm tal desprendimento?

É claro que muitos e muitos ministérios contemporâneos têm como único objetivo proclamar o Reino de Deus e fazer a vontade do Pai, anunciando o Evangelho com honestidade e fazendo discípulos. Existem igrejas que investem nos seus futuros obreiros pensando apenas nas almas que serão salvas e libertas do pecado, pois o plano do Senhor sempre foi a salvação do homem.

Diz a Palavra: "Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o alpendre e o altar, e digam: 'Poupa a teu povo, ó Senhor, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que os gentios o dominem; porque diriam entre os povos: onde está o seu Deus?'"

Graças a Deus, ainda sobram os remanescentes, aqueles que buscam a verdade, o perfeito e simples Evangelho de Cristo, sempre tendo a esperança maior no Senhor e dizendo como o profeta Habacuque: "Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação".

Se no mundo existisse apenas um pecador, ainda assim Jesus teria deixado a sua glória e morreria por apenas aquela alma. Mas nós, servos e ministros do Senhor, estamos dispostos a deixar tudo para alcançar uma única vida?

Por: Alexandre Farias 

AÇÃO E REAÇÃO

 

Não É O Que As Outras Pessoas Nos Fazem 

Que Nos Prejudica:

É A Nossa Própria Reação

 

Os tesouros que nos custam mais caros são os que mais nos enriquecem. As maiores bênçãos do mundo foram frutos de seus maiores sofrimentos. O poeta, Goethe, disse o seguinte: “Eu nunca tive uma aflição que não se transformasse em um poema.”

As melhores qualidades do caráter cristão são fruto do sofrimento. Muitos cristãos que antes de passar por uma determinada provação, eram frios, materialistas e carnais, no final da mesma já tinham um espírito quebrantado, amadurecido e enriquecido.

As aflições usadas por Deus quebrantam a aspereza e a rispidez da vida. Elas consomem a impureza do egoísmo e do mundanismo. Humilham o orgulho. Temperam as ambições humanas. Sufocam o fogo das paixões.

Mostram-nos o mal do nosso próprio coração, revelando nossas fraquezas, faltas, e defeitos, e nos tornam conscientes do perigo espiritual. Disciplinam o espírito teimoso.

Em nenhuma outra escola é possível aprender as lições de paciência e tolerância, exceto na escola do sofrimento.

Um dos métodos que Deus usa para aperfeiçoar o caráter cristão é permitir que soframos injustamente. A maioria de nós acha que sofrer já é suficiente e que sofrer injustamente é, certamente, demais.

Mas Pedro, falando sobre sofrer injustamente diz: “...Se, entretanto, quando praticais o bem sois igualmente afligidos e o suportais com paciência, isto é aceitável a Deus. Porquanto para isto mesmo fostes chamados” (I Pedro 2:20-21).

 

Chamado Para Sofrer Injustamente

 

Sofrer injustamente é um instrumento muito afiado para usar na lapidação da alma humana, mas você sabe, quando o torneador tem um trabalho muito fino para fazer, ele usa uma ferramenta bem afiada.

Quando Deus quer esculpir um desenho muito bonito em um cristão, Ele usa o instrumento afiado do sofrimento injusto. É difícil receber ofensa dos outros e sempre retribuir com bondade, mas Deus não nos larga enquanto não tenha trabalhado esta obra artística profundamente na própria essência de nossas almas.

Nós não podemos evitar de sofrer nas mãos de outras pessoas. É certo que isto nos acontecerá. Mas em última análise, ninguém pode nos prejudicar a não ser nós mesmos.

Todos os erros que os homens nos infligem não podem nos prejudicar a menos que nos levem a ficar ressentidos e indispostos a perdoar. Algo só pode nos prejudicar se dermos lugar à amargura e à ira.

Entregue Sua “Ferida” Para Deus

 

Mas talvez você diga: “Como posso evitar de ficar amargurado? Como posso evitar de ficar ferido?”

Há uma história sobre uma criança indígena que foi até um velho chefe com um pássaro machucado na sua mão. O índio olhou para o pássaro e disse: “Leve-o de volta e coloque-o no lugar onde você o encontrou. Se você ficar com ele, ele morrerá. Se você o colocar de volta nas mãos de Deus, Ele o curará e o pássaro viverá.”

Aqui está uma lição de como devemos agir quando somos magoados pelo sofrimento. Nenhuma mão humana pode curar um coração ferido. Tem de ser entregue a Deus (Lc 4:18; Mt 11:18-30).

Mas talvez você tenha tentado esquecer-se da sua mágoa e não tenha conseguido. Você tem resistido à tentação de ficar amargurado e se sente incapaz. Você quer amar mas o seu coração não consegue reagir por causa da dor e você sente que não está sendo vitorioso.

 

O Amor É Um Princípio

O Amor Pode Ser Rigoroso

 

Aqui precisamos tomar a posição de fé. Muitas pessoas confundem o amor com sentimento ou emoção. O amor é mais do que uma emoção. O amor é um princípio. Se você realmente deseja o melhor para alguém que o prejudicou, isto é amor, mesmo quando todas as emoções parecem estar dormentes.

O amor é mais do que sentimentos fracos. O amor pode ser rigoroso. O amor não age em interesse próprio, mas sempre busca o melhor para a pessoa amada.

O amor não age baseado em emoção mas em princípios. Emoções são instáveis. A questão não é que tipo de sentimentos você tem, mas o que você faz com eles. O homem autêntico é avaliado pela sua vontade e não pela sua emoção.

Muitas vezes o meu coração deseja expressar afeto por um dos meus filhos quando sei que, para o seu próprio bem, tenho que castigá-lo. Neste caso, vou agir sobre um princípio e não na minha emoção.

“Considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus” (Rm 6:11).

 

Você É Tentado A Ser Amargurado?

 

A amargura não será sua enquanto você se recusar a aceitá-la e enquanto você agir no interesse daquele que lhe prejudicou. Se você está em Cristo e Cristo em você, o Seu amor pelas pessoas que não são amáveis é seu mesmo quando não sente qualquer tipo de afeição por elas.

Neste ponto é onde precisamos "considerar". Paulo diz que depois que morremos com Cristo a nossa morte se torna real na nossa vida quando consideramos, isto é, quando tomamos uma posição de fé e passamos a considerar realizado algo que não sentimos que está realizado (Rm 6:1-14).

“Todas as coisas são vossas...e vós de Cristo, e Cristo de Deus” (I Co 3:21-23).

Se você sente amargura em seu coração, recuse-se a aceitá-la como sua e considere o amor de Cristo como seu. Este lhe pertence se Cristo está em você. Aceite a injúria como algo que veio de Deus com o propósito de ser uma bênção para você. Veja Deus por trás da pessoa que lhe prejudicou.

Considere que o amor de Cristo está em você e quando tomar esta atitude de fé, isto se tornará realidade. Abra mão da mágoa e coloque seu coração quebrado nas mãos de Deus.

 

Despojando-se de Si Mesmo

e Revestindo-se com Cristo

 

Se você não sente um espírito de perdão em seu coração, tome uma posição de fé e diga para Deus: “Como o Teu amor perdoador é meu, eu perdoo a todos por tudo.”

À media que permanecer firme nesta atitude de fé, recusando-se a ceder para a amargura ou ressentimento, Deus operará o espírito de perdão na sua vida e você será liberto até mesmo da tentação da amargura.

Em última análise, ninguém pode realmente nos magoar a não ser nós mesmos. Outros podem nos tratar injustamente. Podem nos acusar falsamente e dessa forma prejudicar a nossa reputação.

Podem até nos ferir fisicamente mas nenhuma dessas coisas poderá nos prejudicar realmente a menos que permitamos que elas nos incitem à amargura e ao ressentimento e inclusive à tentativa de vingança.

Não é o que os outros nos fazem que nos prejudica, é a nossa reação; não é nem mesmo o nosso sentimento em relação a elas, é o que fazemos com estes sentimentos. Se os nossos sentimentos acabarem por se transformar em ressentimento ou resultam em tentativas de revidar, então, sim, ficamos prejudicados. 

Se entregarmos a nossa mágoa a Deus, nos recusarmos a nutrir o ressentimento e tomarmos uma atitude positiva de desejar o melhor que Deus tem para aqueles que nos prejudicaram e a orar por isso, e se permanecermos nessa posição até que toda a amargura e ressentimento sejam absorvidos por um espírito de perdão, então teremos realmente lucrado desta tentativa de nos ofender. Veja Mateus 5:43-48.

“Sabemos que todas as cousas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Romanos 8:28).

 

Fé no Governo Moral de Deus

 

Uma das razões para o ressentimento e falta de perdão é que nós, na verdade, não temos fé na justiça e no governo moral de Deus. Em Romanos Deus diz: “A mim me pertence a vingança; eu retribuirei, diz o Senhor” (Rm 12:19).

Se  realmente acreditássemos nisto não tentaríamos consertar as injustiças por nós mesmos. Foi por causa da confiança total que Jesus tinha no amor e na absoluta justiça de Seu Pai que “quando ultrajado, não revidava com ultraje, quando maltratado não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga corretamente” (I Pe 2:23).

Quando Deus diz que não devemos nos vingar a nós mesmos, Ele quer dizer que é Ele que fará a vingança. E a pedra angular do governo moral de Deus é Sua justiça absoluta. A lei moral é inexorável como o é qualquer lei física. “Aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6:7), é tão impossível quebrar quanto o seria quebrar a lei da gravidade.

O homem que pratica a maldade ou que faz injustiça é quem perde, e não aquele que ele prejudicou - se este permanecer inalterado, sem nenhum espírito de antagonismo ou vingança em seu coração.

Se realmente tivermos certeza da justiça de Deus, não seremos tentados a fazer as coisas por nossas próprias mãos. Ao invés disso, oraremos pela pessoa desafortunada que nos prejudicou.

E se continuarmos amáveis e perdoarmos, descobriremos que ficamos mais fortes através da nossa vitória sobre o ressentimento. E quando os nossos dias de treinamento acabarem, poderemos ver com nossos próprios olhos o quanto essas batalhas significaram para nós. “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” (I Ts 5:18).

Aqui e somente aqui

Te é dado sofrer por amor a Deus;

Em outros mundos nós O serviremos mais perfeitamente,

O amaremos, O louvaremos e

trabalharemos para Ele,

Ficaremos cada vez mais perto Dele

com todo o prazer.

Mas então, não seremos mais convidados

Para sofrer, que é a nossa tarefa aqui.

Não podes tu sofrer, então,

uma hora ou duas?

Se Ele te chamar

da tua cruz hoje

Dizendo: Está consumado,

Aquela tua dura cruz,

Sobre a qual tu oraste por libertação,

Tu não achas que um sentimento de remorso

Tomaria conta de ti?

Tu não dirias: “Assim, tão de repente?

Deixa-me voltar e sofrer mais um pouco,

Mais pacientemente:

Eu ainda não louvei a Deus.”

 

Por Paul E. Billheimer

O JEJUM

 

JEJUM

INTRODUÇÃO: Atendendo a pedidos de algumas pessoas, trago este estudo para orientação exclusiva da nossa igreja. Há certas coisas que praticamos só porque outros estão praticando, sem termos uma noção do ensino bíblico sobre o assunto. Vamos examinar o que as Escrituras Sagradas ensinam sobre o jejum.

I. O JEJUM NO VELHO TESTAMENTO

Encontramos várias modalidades de jejuns no V.T.:

A. Jejum involuntário: São os ocasionados por circunstâncias especiais:

1. Moisés, quando esteve 40 dias no Monte Sinai: Ex. 34.28; Deut. 9.9. O que estava acontecendo, não dava para pensar em comida.

2. Elias, quando caminhava para Horebe: 1 Reis 19.8.

3. Jesus, no deserto da tentação: Mat. 4.2; Marc. 1.13; Luc. 4.2.

4. Paulo: 2 Cor. 6.5.

B. Jejum voluntário, por motivos religiosos:

1. No Pentateuco (os primeiros cinco livros da Bíblia), não aparece a palavra "jejum", senão indiretamente nos textos de Lev.16.29 e Num. 29.7: "afligireis as vossas almas".

2. A palavra aparece pela primeira vez em 2 Samuel 12.16-22, quando Davi recusa alimento, buscando a cura do filho. O problema foi gerado pelo pecado de Davi.

3. Nos últimos escritos do Velho Testamento é que vamos encontrar o assunto com mais freqüência: Esd.8.21; Neem. 9.1; Ester 4.3; Salmo 35.13; 69.10;109.24; Dan. 6.18; 9.3.

C. Jejum por motivos especiais:

1. Durante calamidades públicas: Jer. 36.9 (36.1-32)

2. Para humilhar a alma: Salmo 35.13; 69.10

3. Para humilhação: Esd. 8.21

4. Para tristeza: 1 Sam. 31.13

5. Para atrair a misericórdia Divina: Is. 58.3,4.

6. Para manifestar a Deus o peso de culpas por pecados cometidos pelo povo: 1 Sam. 7.6; 1 Reis 21.9,12.

7. Programações nacionais de jejuns: Zac. 8.19 e sgts., 2 Reis 25.1; Jer. 52.6,7; 2 Reis 25.8,9,25.

II. O JEJUM NO NOVO TESTAMENTO

A. Menciona que Ana servia a Deus com jejuns e orações: Luc. 2.37.

B. Os fariseus jejuavam duas vezes por semana: Luc. 18.12.

C. Os discípulos de Jesus não jejuavam enquanto estavam com Ele: at. 9.14,15; Marc. 2.18,19; Luc. 5.33-35.

D. Jesus menciona a necessidade do jejum para expelir demônios: Mat. 17.21,22.

E. Depois da ressurreição de Cristo, aparecem as seguintes menções de Jejum: Atos 13.3; 14.23; 27.9; 2 Cor. 6.5; 11.27.

III. APLICAÇÃO DA DOUTRINA DO VELHO TESTAMENTO AO NOVO

A. As finalidades e motivos do jejum do Velho Testamento não servem para o crente do Novo Testamento, uma vez que isso seria "obra da carne". Todo sacrifício já foi feito por Cristo.

B. Não é pela "aflição da alma" que nos aproximamos de Deus, mas pelo "novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu" (Heb.10.19-10).

C. Não é pela autopunição, porque Cristo já levou os nossos pecados.

D. A experiência de Paulo mencionada em 2 Cor. 6.5, não é clara. Parece mais um jejum por falta de alimento.

E. Todas as vezes que aparece o assunto no Novo Testamento, está ligado à oração - oração e jejum - oportunidade para orar sem se preocupar com alimentação. Portanto, o jejum simples, sem oração, não tem valor.

F. Todos os casos do Novo Testamento estão ligados a uma situação especial e não representam uma prática normal da vida cristã. E esses casos especiais, são:

1. Para expulsar demônios (Mat. 17.21,22);

2. Para enviar missionários (Atos 13.2-3).

Nota: É curioso que, na eleição de diáconos, os apóstolos se dedicariam ao ministério da oração e da Palavra. Não se menciona o ministério do jejum (Atos 6.4).

G. Nas recomendações aos cristãos gentios, não aparece a menção do jejum (Atos 15.28,29).

CONCLUSÕES:

Resta-nos, finalmente, relacionar algumas vantagens e desvantagens do jejum:

A. Vantagens:

1. Deixa a mente mais à vontade para concentração;

2. Dá mais disposição mental para a oração;

3. Facilita mais o sentimento;

4. Estômago vazio, até para pregar é melhor.

B. Desvantagens:

1. Dependendo da estrutura emocional da pessoa, pode ocasionar vertigens e outros fenômenos mentais.

2. Padres e freiras têm tido visões de "Nossa Senhora" durante períodos prolongados de jejuns.

3. Se praticado com freqüência, pode confundir a experiência espiritual com fenômenos mentais.

4. Por outro lado, a prática do jejum puro e simples, pode substituir a graça de Cristo pelo sacrifício físico, o que é uma heresia católica.

C. Conclusão geral:

O jejum é um assunto pessoal de cada crente. Não deve ser implantado como prática nas igrejas. Se alguém quiser praticá-lo, que o faça sozinho, sem querer impô-lo aos outros. E, ainda assim, que seja usado unicamente com a finalidade de oração e enquanto estiver orando. Jejum sem oração, simplesmente jejum, é carnalidade. É doutrina católica que exclui a graça de Cristo.

 

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