O propósito de todas as coisas! |
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O propósito de todas as coisas! |
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PERDÃO, A CHAVE QUE ABRE AS ALGEMAS
"Perdoa-nos
as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores." (
Mateus 6.12).
A oração
acima, conhecida popularmente como a "oração do Pai Nosso" é mais
poderosa do que podemos imaginar. Ela quebra correntes, liberta almas
aprisionadas pelo ódio e pelo ressentimento.
Temos o
hábito de orar apenas por costume, na maioria das vezes, quando somos crianças,
aprendemos esta oração e decoramos até conseguirmos repetir perfeitamente cada
palavra da oração.....mas, não percebemos que cada palavra tem um significado
profundo que pode restaurar nossas vidas. A partir do momento que reconhecemos
nossa condição de ser humano que possui falhas e que necessitamos do Perdão de
Deus, já estamos nos arrependendo de nossos pecados e Deus está pronto para nos
perdoar pois a misericórdia Dele é infinita e Ele nos ama .
Mas, será
que da mesma forma que recebemos o perdão, nós estamos prontos para perdoar? A
Palavra de Deus diz: "ANTES, SEDE UNS PARA COM OS OUTROS BENIGNOS, MISERICORDIOSOS,PERDOANDO-VOS
UNS AOS OUTROS,COMO TAMBÉM DEUS VOS PERDOOU EM CRISTO." (Efésios 4.32 ) A
falta do perdão pode causar muitos danos em nossas vidas.
Quando
sentimos ódio ou ressentimento, uma raiz de amargura brota em nosso coração
permitindo a entrada de influências malignas. Desta maneira, o inimigo das
nossas almas tem total liberdade para acorrentar, escravizar, sufocar e até
destruir a vida de uma pessoa. O ódio é tóxico, causa doenças e feridas na alma
de quem o possui, é como se fosse uma bola de neve, vai aumentando, quanto mais
se alimenta esse sentimento é pior, vai sufocando, levando até à morte
espiritual e física.
NÃO EXISTE
NENHUM REMÉDIO PRESCRITO POR MÉDICO QUE PODE CURAR A DOENÇA DA ALMA E
CICATRIZAR FERIDAS. SÓ O SANGUE PODEROSO DE JESUS CRISTO QUE PODE NOS PURIFICAR
E SARAR NOSSA ALMA. " Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu
coração, porque dele procedem as saídas da vida. " ( Provérbios 4.23 ).
Não podemos
deixar que as sementes malignas sejam plantadas em nosso coração. É hora de dar
um basta na tristeza e esquecer o passado triste. Vamos abrir nosso coração
para a Palavra de Deus e deixar que a seu tempo floresça e dê frutos para a
obra do Senhor.
O Perdão
liberta. Seja livre para viver uma nova vida repleta de bênçãos ! Toda a honra
e a glória ao nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO!
AUTOR:
Colaboração: Erika Ishibashi
Ouvindo a Deus no deserto
O deserto é um lugar especial no coração de Deus e, não
há um filho Seu que ainda não tenha passa por essa situação. Para entender o
deserto e o seu significado, é preciso que nos posicionemos, para que possamos
compreender, de fato, qual a importância e a relevância que temos. Mas você
pode se perguntar: quem sou eu? E que importância tenho?
Você foi criado à imagem e à semelhança de Deus e, isso
quer dizer que não há nada mais importante nessa vida do que você; só Deus é
mais proeminente do que o homem, porque Ele é a essência de todas as coisas. Os
anjos, por exemplo, não tiveram esse privilégio. Foram criados como seres
espirituais especiais para estarem à disposição do Altíssimo. Porém teve um
ser, Satanás, que desejou tanto esse direito e, buscando a posição de ser igual
a Deus, tornou-se maldição para sempre. Eu e você, contudo, somos a imagem e
semelhança do Pai.
Outro aspecto significativo é o fato de que somos filhos
de Deus e ocupamos um lugar distinto no coração desse Pai. Qual o pai que não
deseja o melhor para o seu filho? Todos aqueles que são pais sabem que, ao
nascerem os filhos, sua dedicação a eles é quase exclusiva. E, embora os filhos
cometam alguns deslizes, alguns erros, jamais deixarão de ser filhos; seus
pais, em tempo algum, os abandonarão. Pai é pai! Eles sabem o que é o melhor
para os seus filhos.
O deserto é um lugar de escassez, onde os elementos
vitais, como água e alimento, características básicas, quase não existem. Isso
não parece antagônico? Começar a ministração falando de algo tão bom, especial
e ter esse significado: escassez? Depende do seu ponto de vista. Só há um
deserto que não é bom na vida de uma pessoa: o deserto do pecado, da rebelião,
do coração distante de Deus; o deserto da quebra de princípios.
Em Mateus 4:11 lemos a narrativa de Jesus no deserto. O
deserto é uma marca inerente aos grandes homens de Deus. E, se você acredita
ser um líder ou alguém que recebeu um chamado, um comissionamento da parte de
Deus, há de passar por um grande deserto. Esse lugar passará a ser um lugar
especial no seu coração. Pois não há nada de Deus para nós que deixemos de
gostar. O que existe, na verdade, é uma ignorância, um desconhecimento de
causa.
Quando Deus leva um filho Seu para o deserto, Ele não tem
uma visão circunstancial; Ele sempre tem em mente o resultado que quer
produzir. Deus lhe conduzirá para o deserto, mas também lhe levará para a terra
que mana leite e mel, um lugar de glória, um caminho maior. O Pai perfeito, com
quem você tem aliança, só tem pensamentos bons para os seus
filhos. Ele é um Deus bom e nEle não habita injustiça.
Deus
colocou Abraão no deserto e não teve dó da sua economia, nem do seu contexto
familiar, pois o Senhor o estava chamando para uma obra maior, um contexto
melhor. Deus sabe que os propósitos do coração dEle são maiores do que aqueles
qualquer homem possa projetar. Precisamos ter essa consciência, porque assim
deixaremos que o Senhor nos leve por onde Ele quiser.
O
Senhor tirou Moisés dos palácios, do melhor que Faraó poderia oferecer no Egito
e o lançou no deserto de Midiã para tratar o seu coração. Depois o fez retornar
ao Egito para resgatar um povo para o qual Deus projetou um sonho especial.
Agora Moisés é levado a atravessar o deserto, não mais sozinho, mas com toda a
sua família, todo o seu povo. Era uma tarefa maior. O alvo era a terra que mana
leite e mel.
Ora,
se o desejo era do coração de Deus, se era propósito específico do coração do
Pai levar o povo para uma terra que mana leite e mel, por que o Senhor não os
transfigurou? Era possível fazê-los sumir do Egito e fazê-los aparecer
diretamente na terra prometida? Sim, Deus é o Todo-poderoso. Mas, Deus
determinou que Moisés e Israel atravessariam todo um deserto por causa de um
propósito divino. O Senhor precisava tratar o povo (Dt. 8). O novo de Deus na
nossa vida não pode ter a forma do velho. Deus não pode derramar o seu novo
numa forma velha. É por isso que Ele precisa quebrar a forma velha e fazer uma
forma nova para que o novo seja feito como Ele sonhou e desejou. Assim será na
sua vida. Desprenda-se da forma velha e deixe Deus fazer o novo em você, pois o
novo é mais precioso, mais poderoso, mais especial.
A
Bíblia mostra-nos também que os profetas foram ao deserto. Vemos Elias no
deserto, Eliseu no deserto. Grandes homens de Deus! Deserto não é sinônimo de
derrota para ninguém que tem o chamado de Deus. Deserto é lugar de formação de
caráter, formação de propósitos e objetivos.
Para
que não nos restasse dúvidas, Deus pegou o seu único filho e o enviou para o
deserto.
O
texto de Mateus 4 nos diz que depois do batismo, depois que o Pai dá o
testemunho que Jesus é Seu filho, o Espírito Santo o conduz ao deserto para ser
tentado pelo diabo. Você poderia perguntar: que pai desnaturado é esse, que
pega o filho pela mão e o leva ao deserto? Essa é a leitura comum, é a leitura
que Satanás quer que façamos. Mas, a leitura correta é: Deus é tão tremendo e
tão bom, acredita tanto nos seus filhos que é capaz de pegá-los pela mão para
atravessarem um deserto, mesmo sabendo que Satanás está lá com todas as
armadilhas.
Filhos
de Deus não foram feitos para caírem em armadilhas malignas. Não foram feitos
para perecerem no deserto. Nós estávamos na velha vida e Deus nos levou para a
nova vida. Esse período de reconstrução é um deserto. Mas, Deus está lhe dando
o modelo de vencer o deserto. Ele lhe dará algumas percepções para vencer no
deserto.
1. Quando somos
filhos de Deus, quem nos coloca no deserto é o próprio Deus
Você
pode não gostar, mas é isso mesmo! É Ele quem lhe leva para o deserto, porque o
diabo não manda nem conduz vida de filho de Deus para lugar nenhum. O diabo não
tem bússola, nem rota para conduzir filho de Deus. Em filho de Deus quem manda
é Deus. O nosso Deus não tem os receios que temos. Se precisarmos de
tratamento, Ele vai nos tratar. Se há alguma coisa que precisa ser arrancada,
Ele vai arrancar. Deus não quer proteger as coisas ruins que estão dentro de
você. Ele quer lhe tratar e o fará mesmo que tenha que lhe colocar no deserto.
Mas, saiba que mesmo no deserto o Senhor está com você todos os dias da sua
vida.
2. O deserto é um
lugar que Deus escolheu para sermos provados e aprovados
Você
pode se questionar: como podemos ser levados para o deserto para sermos
provados? Isso não é a pior coisa para o filho de Deus. A pior coisa é para
satanás, porque nesse exato momento Deus põe o diabo numa fria. Quando você
entrar no deserto, pule, sorria e grite: diabo, você está perdido! Você vai me
tentar, mas eu serei aprovado!
Vida
de filho de Deus é a mesma vida que Deus tem. A Bíblia nos instrui que Deus é
fogo consumidor e vida de crente é fogo que consome (Dt. 4:24). Deus, então,
envia seu filho para o deserto para dizer: vou te consumir, satanás. O diabo
prova que filho de Deus tem natureza de Deus. Isso é muito amargo para o diabo.
Quando
Jesus entrou no deserto, o diabo esperou quarenta dias para tentá-lo. Deus
estava impondo um castigo para o diabo, porque Jesus tinha uma vida em plena
comunhão com o Pai. Jesus venceu o diabo e mais uma vez o inimigo sentiu o
gosto amargo da derrota. Todos que vencem a satanás terão autoridade inconteste
no planeta Terra. Quando Deus lhe coloca no deserto é para lhe graduar e para
fazer com que você ande nesta terra numa autoridade poderosa sobre as trevas.
Você
acha que Deus ia colocar Jesus no deserto para entrar numa fria? A fria é para
satanás! Quando Jesus entrou no deserto, mais uma sentença de derrota estava
estabelecida para o diabo. Deserto é o lugar que Deus escolheu para que Seus
filhos sejam provados e aprovados!
Qual
é a base da pergunta de satanás para Jesus? "Se és filho de Deus..."
Quem é que vence o deserto? Filho de Deus! Filho de Deus tem um destino: vencer
no deserto. O deserto serve tão somente para atestar a nossa natureza. Se não é
filho, perece vergonhosamente. Se é filho, satanás vai amargar uma derrota,
pois vai provar e não vai gostar do que provou.
Caminhe
pelo deserto seguindo os passos de Jesus. Sua rota tem que ser a rota de
Cristo. Se você quer vencer o deserto, tem que falar a palavra de Cristo, tem
que viver a vida de Cristo, tem que caminhar os passos de Cristo. Isso porque
se há murmuração, a murmuração se coloca entre você e Cristo e você entrará por
uma rota perigosa, que pode lhe levar à queda. Mas, Deus em Sua infinita
misericórdia lhe levantará, mesmo que você caia. Nunca esqueça: para vencer o
deserto é preciso estar em Cristo.
3. Existe um elemento
que lhe ajuda a vencer o deserto: jejum
O
jejum é arma para vencer o deserto. Jesus, no deserto, estava jejuando. Por
quê? Porque ninguém vence o deserto cheio de si. Ninguém vence o deserto cheio
de carnalidade. Só vence o deserto aquele que se esvazia de si mesmo para
receber o conteúdo de Deus.
Jejum
é uma arma de vitória no deserto. Você precisa viver jejuado. O jejum é uma
linguagem de esvaziamento. É quando você está vive debaixo do seguinte
princípio: eu não quero viver por mim mesmo, mas eu quero que Cristo viva em
mim (Gl. 2:20).
4. O inimigo sempre
atacará com grandes ardis quando você estiver próximo da vitória.
A
Bíblia diz que Jesus jejuou por quarenta dias e ao final teve fome (Mt 4:2).
Neste momento, surge o tentador. Parece até que é uma regra espiritual: quando
estamos perto da vitória, surge algo ruim.
Mas,
isso atesta que você precisa de um pouco mais de tratamento. Isso porque
ninguém é aprovado por Conselho de Classe no deserto. No reino espiritual não
tem como você ganhar alguns décimos "de graça", porque tem um bom
comportamento, ou é esforçado. Deus quer que você passe com nota máxima. Ou é
aprovado ou então terá que enfrentar o deserto novamente.
Deus
não vai aliviar o deserto para você, porque desertos não vencidos são desertos
repetidos. Se você não vence um gigante na sua vida, ele virá lhe enfrentar
novamente. Mas, se você o vence e o destrói, nunca mais você verá a cara dele.
Decida
por seguir a Jesus em qualquer situação. Quando as lutas estiverem grandes
demais, tenha a certeza que a vitória está chegando. Não tire os olhos de Deus,
não tire os olhos da promessa, fique firme, submeta-se a Deus, resista ao diabo
e ele fugirá de você.
5. O inimigo lhe
atacará quando perceber que você está profundamente desejoso ou extremamente
necessitado.
Sentimento
de necessidade, principalmente na área material, na maioria das vezes, é
justificado por satanás. A ansiedade de ter as coisas leva a precipitação, a
precipitação leva a atitudes erradas e atitudes erradas levam a derrota. É todo
o esquema que o diabo monta para derrotar você no deserto.
Deserto
é lugar de mover-se estrategicamente. O povo de Israel, quando passou pelo
deserto, montava tendas nas horas do sol quente; quando o sol baixava,
trabalhava, movimentava-se. Quando estamos no deserto, precisamos aprender a economia
do deserto. Trabalhar no deserto é diferente de trabalhar na Terra de Canaã; o
esquema de trabalho é outro. A forma de gerar recursos no deserto é muito
diferente. A água que bebemos no deserto é apenas a quantidade necessária para
o suprimento do dia. No deserto não temos como beber mais de dois litros
diários de água para a pele ficar bonita. No deserto, não temos como fazer um
enorme prato de comida. Você come o suficiente. O grande problema é que há
muita gente no deserto querendo viver a vida de Canaã. Não se vence deserto com
desordem, mas com estratégias.
Satanás
olhou Jesus aos 40 dias de jejum e pensou: é agora que ele vai fazer qualquer
coisa para comer. Jesus sentiu fome e sede desde o primeiro dia de jejum.
Imagine, então, no sétimo dia, no trigésimo dia, no quadragésimo dia! Jesus
estava muito fraco, muito debilitado. Jesus estava no extremo do seu limite,
sentindo a fome que mata; ou ele comia, ou morria. O diabo sabia disso e
aproveitou o momento de grande necessidade para tentar Jesus. Satanás mostra as
pedras e testa Jesus dizendo: se tu és filho de Deus, transforma pedras
Filho
de Deus não se deixa corromper. Mesmo em meio a necessidade mais profunda,
filho de Deus responde: nem só de pão viverá o homem. Não precisamos provar
nada para ninguém. Só quer provar alguma coisa aquele que não tem segurança do
que é. O diabo tenta jogar em Jesus dúvida com relação a sua natureza: SE tu és
filho de Deus... O diabo estava dizendo: prove, Jesus, que você é filho de
Deus. Mas, Jesus lembra a Satanás que no Trono não há crise de identidade. Deus
não passa por crises de identidade e você está
Depois
o diabo levou Jesus para o pináculo do templo. Neste momento o diabo tenta encher
o coração de Jesus de vaidade. Quando Jesus estava sozinho e com fome naquele
deserto o diabo disse: "pula daí porque está escrito: aos seus anjos darás
ordens a teu respeito para te guardarem em todos os teus caminhos." Jesus
respondeu dizendo: "também está escrito: Não tentarás ao Senhor teu
Deus." Dois a zero para Jesus! O diabo não conseguiu tentar Jesus pelo
orgulho e pela vaidade, porque a essência de um filho de Deus está nas mãos de
Deus e não a serviço de satanás. Você é filho de Deus e não uma pessoa à venda;
você não é alguém que está negociando o seu caráter. Você é filho de Deus e
aquilo que você vai conquistar, quem vai lhe dar é Deus. Você não precisa dos
favores das trevas. Filho de Deus precisa ter isto bem estabelecido dentro de
si: você não precisa negociar o seu caráter nem a sua identidade; você não
precisa dos favores das trevas.
Depois
destas coisas, o diabo novamente tenta a Jesus dizendo: "Está vendo a
glória deste mundo? Tudo isso te darei se prostrado me adorares." Jesus se
indignou com aquela palavra que era completamente incabível. Quando isso
ocorre, Jesus diz: "Chega! Vai-te satanás porque está escrito que somente
ao Senhor teu Deus adorarás e somente a Ele servirás". Tudo o que satanás
quer é serviço e adoração.
Diante
de tudo isso que descrevemos, você pode perceber que quem está em crise é o
diabo. No deserto, o diabo quer transferir as crises dele para você
aproveitando-se da sua necessidade. Jovens solteiros, que estão com
necessidades sexuais, ajoelhem-se e vão adorar a Deus, porque vai chegar o seu
tempo; não prestem serviço a satanás. Mulheres que estão querendo afagos e
carícias para se sentirem aceitas, vão abraçar a Jesus de Nazaré porque Ele vai
mandar o seu ungido; não se entreguem! Não prestem favor a satanás e nem adorem
a ele.
Não
deixe o diabo lhe humilhar, pois isso não combina com filho de Deus. Quem tem
que estar humilhado é o diabo, pois Deus estabeleceu que o diabo estará debaixo
de seus pés. É você quem subjuga o inimigo. Ao repreender o diabo, Jesus diz:
"Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás." Jesus não diz
"ao Senhor MEU Deus...", porque Jesus não tem crise, não tem nenhum
problema com relação a Deus. Ele diz para o diabo: você que está em crise, você
não é Deus, por isso, vá adorar a Deus, o único criador dos céus e da terra.
Entenda uma coisa: o diabo não é Deus e o deserto é o melhor lugar para vencer
o inimigo, porque ele não é Deus. O diabo quer tentar mostrar que é dono de
tudo, mas Jesus o desmascara e diz: diabo, você não é Deus.
Lembre-se: o inimigo vai atacar quando você estiver profundamente desejoso
e necessitado. Mas, as suas necessidades não justificam suas transgressões. As
suas necessidades mais ardentes não lhe eximem da responsabilidade de caminhar
de acordo com a Palavra de Deus. Deus deixou Jesus num nível de fome que
parecia o fim, a morte. Deus estava dizendo: Meus filhos podem ter as
necessidades mais ardentes, mas não hão de Me negar, nem transgredir os Meus
princípios, porque são Meus filhos e caminharão de acordo com a natureza que
possuem.
No deserto, não confunda os objetos e os objetivos do seu propósito. No
deserto não se transforma pedra em pão, come-se Palavra de Deus. No deserto não
se prova poder, se é submisso a vontade de Deus. No deserto não se negocia autoridade
espiritual nem se estabelece um deus diferente, no deserto provamos que Deus é
o nosso Deus. Se Deus é o nosso Deus no deserto, Ele há de ser em qualquer
lugar.
6. O deserto é um
lugar de forjar a identidade.
Só
vence no deserto quem sabe quem é. Se você vive na eterna dúvida se é crente ou
não, se é líder ou não, se é amado ou não, se é próspero ou não, o seu deserto
será aumentado. Deserto é lugar de forjar identidade. Se você sabe que é filho
de Deus no deserto, você o é em qualquer lugar; você não negocia a sua
identidade.
7. O deserto é o
lugar de provar as intenções, os objetivos e os valores.
No
deserto, o diabo diz: transforme pedra em pão; precipite-se daqui abaixo;
prostre-se me adorando e eu lhe darei as riquezas desta terra. Há muito crente,
infelizmente, negociando a sua autoridade, deixando que sua vida seja
desvalorizada. Você é valoroso! É no deserto que você vai provar isso. Então,
não negocie a sua autoridade espiritual. Fique firme! Tem muita gente que troca
sua vida espiritual pela primeira oportunidade de fama, que deixa as células
por causa de problemas que está passando, por causa de outras prioridades. Se
você troca o Reino de Deus por coisas deste mundo, o seu próximo passo é
perecer no deserto, pois prova que não tem valores. Mas, o Senhor tem a graça
estendida para você e quando você levantar, ficará firme, pois deserto forja
caráter e identidade. No deserto, os seus valores são provados. Se o Reino de
Deus é prioridade na sua vida, no momento do deserto, há de ser em qualquer
situação.
O
diabo vai querer reivindicar muita coisa de você, vai querer sua rendição
total. Mas você precisa entender que você, enquanto pessoa, representa tudo que
você é, tudo que você tem e tudo que você poderá fazer e conquistar. Quando
você se rende ao pecado ou ao diabo em alguma situação, você rende a você,
rende tudo o que você tem e rende tudo que você poderá conquistar. É um
comprometimento tão profundo que não vale a pena. Então, a sua atitude deve
estar voltada para o diabo? Não! Para a tentação? Não! Para Deus? Sim, ainda
que lhe custe a vida.
8. Você determina o
tempo do seu deserto
O
seu comportamento determina o seu tempo no deserto. Diante de Deus, tudo na
nossa vida tem um tempo cronometrado, porque o Senhor é o Senhor do tempo na
nossa vida. A primeira geração de Moisés morreu no deserto por causa da
maledicência. Deus havia lhes falado que o caminho do deserto era de três dias.
Todo deserto na vida de filho de Deus é cronometrado, tem um tempo certo, tem
uma duração. Confie em Deus, marche firme com Ele porque os tempos se cumprirão
e você vai pisar na terra de Canaã. Determine que nem um dia a mais você
passará no deserto por sua conta, ou por causa da atitude do seu coração. O
deserto de Jesus era de quarenta dias e ele o cumpriu exatamente. Deus sabe o
tempo de deserto na sua vida. Fique firme! A sua atitude determinará o tempo
que você passará no deserto.
10. Todo deserto tem
um fim
Não
existe deserto infinito. A única coisa infinita nesta vida é a eternidade que
está nas mãos de Deus. Tudo tem limites. Deserto tem limite e o fim de todo
deserto na vida de filho de Deus é terra que mana leite e mel. Ora, quando
entramos no deserto não devemos ter os olhos fixos nos problemas do deserto,
mas na terra de Canaã. Assim, você passará pelo deserto olhando para Canaã. Na
vida de filho de Deus, deserto é lugar de passagem. A Bíblia lhe diz:
"Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum,
porque Tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam." (Sl. 23)
A
sua confissão determinará o tamanho do seu deserto. Então, o que você precisa
fazer é confessar a Palavra de Deus. Se você não tem forças, vá até seu
discipulador, conte a sua situação e peça que ele lhe indique os textos
bíblicos para que sua fé seja fortalecida. Jesus confessou a Palavra e venceu.
Siga também o exemplo do Mestre.
12. O deserto é um
lugar solitário
Moisés
tinha um povo imenso no deserto, mas ele se sentia sozinho. No deserto Deus
trata com você. Se você tentar cortar caminho no deserto, Deus vai fechar a
porta, porque você precisa sair do deserto como vencedor, porque buscou em Deus
os seus recursos. Às vezes você vai procurar pessoas para solucionar os seus
problemas e não as encontra. É Deus fechando as portas para você aprender a
procurar por Ele. É Deus que você tem que achar. Você é filho de Deus e é o Pai
que envia os recursos para você. Deus é o seu refúgio e fortaleza, socorro bem
presente na hora da angústia. Não queira levar outras pessoas para o seu
deserto. Vá só, porque o tratamento é seu. É com você que Deus quer tratar; é o
seu caráter que Ele quer forjar; é a sua maledicência que ele quer tirar para
que você se manifeste como um filho genuíno dEle.
Todo
deserto que nos leva a um encontro com Deus vale a pena. Não sei o que está lhe
afligindo, não sei qual o seu deserto, mas tenho a certeza que o final disso é
você conhecer um Deus maravilhoso. Deus vai lhe mostrar onde quer lhe tratar,
porque Ele lhe criou para o louvor da Sua glória. Então lembre-se de que o
deserto que você está é um lugar sozinho, não coloque a culpa em ninguém, olhe
para Deus, Ele é o seu refúgio, a sua fortaleza, o seu socorro bem presente na
hora da angústia.
Você
tem um deserto? O lugar da direção do seu deserto é para Deus. Jó entrou num
grande deserto e no final, ele pôde dizer: "antes eu te conhecia de ouvir
falar, mas agora os meus olhos te vêem." No final do deserto de Jesus os
anjos vieram e o serviram. Se você é filho de Deus, e você entrou em um deserto,
o final desse deserto é você ver a Deus em sua glória e ser servido por anjos.
Jó viu a Deus e Jesus foi servido por anjos.
Veja
agora o seu deserto e tenha a certeza de que a partir de agora você pode
caminhar pelos princípios do Senhor Deus e da Sua Palavra e ter a certeza que
nada na vida de um filho de Deus vem por acaso, há um propósito de Deus. No
deserto você terá um encontro com o Senhor da vida e o final do seu deserto é a
terra de Canaã. Deserto na vida de crente é encontrar-se com o Senhor da vida,
Jesus Cristo.
Deserto
não é um lugar agradável. Não estamos fazendo apologia a deserto, mas temos a
convicção que filho de Deus vence aonde quer que ele esteja, porque é filho de
Deus.
Há
formas de vencer o deserto. O deserto financeiro se vence com fé e fidelidade,
com dízimos e ofertas. O deserto emocional se vence com amor. O deserto
familiar se vence com amor, compreensão e renúncia. O deserto que Deus não
colocou na sua vida se vence com arrependimento; esse é o deserto que Deus não
estabeleceu para nós; é o deserto que o diabo e que nós procuramos, que o nosso
erro causou; esse deserto se vence com confissão e arrependimento.
O
deserto do vazio do coração se vence com a presença de Deus. O deserto dos
traumas se vence com a cruz que vem da Cruz de Cristo. O deserto da rejeição se
vence com aceitação. O deserto da mágoa se vence com perdão; não é simplesmente
uma decisão de perdoar ou não, é de vencer o deserto ou não vencer, de
prolongar o deserto ou não; perdoe! Perdoe primeiro com a força do mandamento,
porque depois virá o perdão com a força do sentimento. Persista! Siga firme! Não desista, porque a vitória é para
aqueles que persistem. E, uma vitória real se constrói com Jesus.
Marcel
Alexandre
O
caminho da renúncia (Igreja - Empresa)
(O
autor é consultor teológico do Instituto Cristão de Pesquisas e pastor auxiliar
da Igreja Evangélica Cristã Presbiteriana)
O apóstolo Paulo ganhou muitas almas, mas foi preso, espancado, perseguido e
precisava trabalhar para se manter. Seu ministério, hoje em dia, seria
considerado próspero?
De uns tempos para cá, a vocação pastoral tem se transformado em mais uma opção
profissional. Foi-se o tempo em que as escolas teológicas atraíam gente
disposta a abraçar um ministério que significava desprendimento, sacrifício e,
não raro, a renúncia a uma série de outras oportunidades.
Hoje, boa parte dos calouros dos seminários está mais interessada em tornar-se
uma espécie de empresário do sagrado. A cada dia, a visão
"marqueteira" e a busca do lucro já estão influenciando até mesmo no
chamado pastoral. A preocupação com a manutenção da "igreja-empresa"
tem sido levada em conta até na escolha dos novos candidatos ao ministério.
Qualidades como carisma pessoal, dinamismo, capacidade gerencial, eloqüência
verbal e iniciativa estão sendo mais valorizadas na escolha da mão-de-obra
pastoral do que humildade, espiritualidade e temor a Deus.
Tal motivação já atingiu até mesmo líderes e pastores que estão na caminhada do
Evangelho há muitos e muitos anos. O que deveria ser examinado é o exemplo de
vida, o testemunho e a unção, mas o que estamos presenciando é a elevação de
homens ao púlpito pelas suas habilidades que trarão lucro aos caixas sagrados.
A adesão missionária ao serviço do Senhor tem sido substituída por outro tipo
de acordo - um pacto de conveniências, uma espécie de contrato de trabalho que
pode durar a vida inteira ou alguns poucos meses. O sujeito permanece ali
enquanto conseguir manter sua cota de arrecadação. Se o planejamento econômico
não for cumprido, nada feito.
Dentro desta visão, o futuro pastor precisa se preocupar em render mais no
material do que no espiritual. O candidato ao cargo de ministro da Palavra é
privado de pensar, questionar ou dar opiniões, já que o líder supremo da
instituição é considerado perfeito, à semelhança do mito da infalibilidade
papal. Este modo de agir está sendo adotado em diversos círculos evangélicos e se
estende a todos que estiverem sob sua influência. Se o membro um dia quiser
chegar a pastor, bispo, apóstolo, arcanjo, serafim ou semideus, só tem um
caminho: obedecer sem questionar. O direito de opinar ou pensar está fora da
revelação divina recebida pelo dono da igreja. Ao membro, só resta a aceitação.
Nada de explicações sobre os métodos empregados ou sobre o que se fala do
púlpito. Muito menos transparência financeira e administrativa.
Já imaginou se o apóstolo Pedro, caso vivesse hoje, fosse candidato ao
ministério? Provavelmente, teria sido imediatamente excluído por ter traído o
seu pastor, sem direito a defesa ou a uma segunda chance. E jamais ouviria de
seu líder: "Tu me amas? Então, apascenta as minhas ovelhas". E Paulo?
Será que seu ministério, hoje, seria considerado próspero? Ele ganhou muitas
almas, mas não levou vida confortável. Foi preso, espancado, perseguido. E
ainda por cima tinha de trabalhar para se manter, pois não queria ser um peso
para os irmãos. Quantos evangelistas do nosso tempo têm tal desprendimento?
É claro que muitos e muitos ministérios contemporâneos têm como único objetivo
proclamar o Reino de Deus e fazer a vontade do Pai, anunciando o Evangelho com
honestidade e fazendo discípulos. Existem igrejas que investem nos seus futuros
obreiros pensando apenas nas almas que serão salvas e libertas do pecado, pois
o plano do Senhor sempre foi a salvação do homem.
Diz a Palavra: "Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o
alpendre e o altar, e digam: 'Poupa a teu povo, ó Senhor, e não entregues a tua
herança ao opróbrio, para que os gentios o dominem; porque diriam entre os
povos: onde está o seu Deus?'"
Graças a Deus, ainda sobram os remanescentes, aqueles que buscam a verdade, o
perfeito e simples Evangelho de Cristo, sempre tendo a esperança maior no
Senhor e dizendo como o profeta Habacuque: "Porque ainda que a figueira
não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da
oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada
sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; todavia eu me alegrarei no
Senhor; exultarei no Deus da minha salvação".
Se no mundo existisse apenas um pecador, ainda assim Jesus teria deixado a sua
glória e morreria por apenas aquela alma. Mas nós, servos e ministros do
Senhor, estamos dispostos a deixar tudo para alcançar uma única vida?
Não É O Que As Outras Pessoas Nos Fazem
Que Nos Prejudica:
Os tesouros que nos custam mais caros são os que mais nos enriquecem. As
maiores bênçãos do mundo foram frutos de seus maiores sofrimentos. O poeta,
Goethe, disse o seguinte: “Eu nunca tive uma aflição que não se transformasse
em um poema.”
As melhores qualidades do caráter cristão são fruto do sofrimento.
Muitos cristãos que antes de passar por uma determinada provação, eram frios,
materialistas e carnais, no final da mesma já tinham um espírito quebrantado,
amadurecido e enriquecido.
As aflições usadas por Deus quebrantam a aspereza e a rispidez da vida.
Elas consomem a impureza do egoísmo e do mundanismo. Humilham o orgulho.
Temperam as ambições humanas. Sufocam o fogo das paixões.
Mostram-nos o mal do nosso próprio coração, revelando nossas fraquezas,
faltas, e defeitos, e nos tornam conscientes do perigo espiritual. Disciplinam
o espírito teimoso.
Em nenhuma outra escola é possível aprender as lições de paciência e
tolerância, exceto na escola do sofrimento.
Um dos métodos que Deus usa para aperfeiçoar o caráter cristão é
permitir que soframos injustamente. A maioria de nós acha que sofrer já é
suficiente e que sofrer injustamente é, certamente, demais.
Mas Pedro, falando sobre sofrer injustamente diz: “...Se, entretanto,
quando praticais o bem sois igualmente afligidos e o suportais com paciência,
isto é aceitável a Deus. Porquanto para isto mesmo fostes chamados” (I Pedro
2:20-21).
Chamado Para Sofrer
Injustamente
Sofrer injustamente é um instrumento muito afiado para usar na lapidação
da alma humana, mas você sabe, quando o torneador tem um trabalho muito fino
para fazer, ele usa uma ferramenta bem afiada.
Quando Deus quer esculpir um desenho muito bonito em um cristão, Ele usa
o instrumento afiado do sofrimento injusto. É difícil receber ofensa dos outros
e sempre retribuir com bondade, mas Deus não nos larga enquanto não tenha
trabalhado esta obra artística profundamente na própria essência de nossas
almas.
Nós não podemos evitar de sofrer nas mãos de outras pessoas. É certo que
isto nos acontecerá. Mas em última análise, ninguém pode nos prejudicar a não
ser nós mesmos.
Todos os erros que os homens nos infligem não podem nos prejudicar a
menos que nos levem a ficar ressentidos e indispostos a perdoar. Algo só pode
nos prejudicar se dermos lugar à amargura e à ira.
Entregue Sua “Ferida”
Para Deus
Mas talvez você diga: “Como posso evitar de ficar amargurado? Como posso
evitar de ficar ferido?”
Há uma história sobre uma criança indígena que foi até um velho chefe
com um pássaro machucado na sua mão. O índio olhou para o pássaro e disse:
“Leve-o de volta e coloque-o no lugar onde você o encontrou. Se você ficar com
ele, ele morrerá. Se você o colocar de volta nas mãos de Deus, Ele o curará e o
pássaro viverá.”
Aqui está uma lição de como devemos agir quando somos magoados pelo
sofrimento. Nenhuma mão humana pode curar um coração ferido. Tem de ser
entregue a Deus (Lc 4:18; Mt 11:18-30).
Mas talvez você tenha tentado esquecer-se da sua mágoa e não tenha
conseguido. Você tem resistido à tentação de ficar amargurado e se sente
incapaz. Você quer amar mas o seu coração não consegue reagir por causa da dor
e você sente que não está sendo vitorioso.
O Amor É Um Princípio
O Amor Pode Ser
Rigoroso
Aqui precisamos tomar a posição de fé. Muitas pessoas confundem o amor
com sentimento ou emoção. O amor é mais do que uma emoção. O amor é um
princípio. Se você realmente deseja o melhor para alguém que o prejudicou, isto
é amor, mesmo quando todas as emoções parecem estar dormentes.
O amor é mais do que sentimentos fracos. O amor pode ser rigoroso. O
amor não age em interesse próprio, mas sempre busca o melhor para a pessoa
amada.
O amor não age baseado em emoção mas em princípios. Emoções são
instáveis. A questão não é que tipo de sentimentos você tem, mas o que você faz
com eles. O homem autêntico é avaliado pela sua vontade e não pela sua emoção.
Muitas vezes o meu coração deseja expressar afeto por um dos meus filhos
quando sei que, para o seu próprio bem, tenho que castigá-lo. Neste caso, vou
agir sobre um princípio e não na minha emoção.
“Considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo
Jesus” (Rm 6:11).
Você É Tentado A Ser Amargurado?
A amargura não será sua enquanto você se recusar a aceitá-la e enquanto
você agir no interesse daquele que lhe prejudicou. Se você está em Cristo e
Cristo em você, o Seu amor pelas pessoas que não são amáveis é seu mesmo quando
não sente qualquer tipo de afeição por elas.
Neste ponto é onde precisamos "considerar". Paulo diz que
depois que morremos com Cristo a nossa morte se torna real na nossa vida quando
consideramos, isto é, quando tomamos uma posição de fé e passamos a considerar
realizado algo que não sentimos que está realizado (Rm 6:1-14).
“Todas as coisas são vossas...e vós de Cristo, e Cristo de Deus” (I Co
3:21-23).
Se você sente amargura em seu coração, recuse-se a aceitá-la como sua e
considere o amor de Cristo como seu. Este lhe pertence se Cristo está em você.
Aceite a injúria como algo que veio de Deus com o propósito de ser uma bênção
para você. Veja Deus por trás da pessoa que lhe prejudicou.
Considere que o amor de Cristo está em você e quando tomar esta atitude
de fé, isto se tornará realidade. Abra mão da mágoa e coloque seu coração
quebrado nas mãos de Deus.
Despojando-se de Si
Mesmo
e Revestindo-se com
Cristo
Se você não sente um espírito de perdão em seu coração, tome uma posição
de fé e diga para Deus: “Como o Teu amor perdoador é meu, eu perdoo a todos por
tudo.”
À media que permanecer firme nesta atitude de fé, recusando-se a ceder
para a amargura ou ressentimento, Deus operará o espírito de perdão na sua vida
e você será liberto até mesmo da tentação da amargura.
Em última análise, ninguém pode realmente nos magoar a não ser nós
mesmos. Outros podem nos tratar injustamente. Podem nos acusar falsamente e
dessa forma prejudicar a nossa reputação.
Podem até nos ferir fisicamente mas nenhuma dessas coisas poderá nos
prejudicar realmente a menos que permitamos que elas nos incitem à amargura e
ao ressentimento e inclusive à tentativa de vingança.
Não é o que os outros nos fazem que nos prejudica, é a nossa reação; não
é nem mesmo o nosso sentimento em relação a elas, é o que fazemos com estes
sentimentos. Se os nossos sentimentos acabarem por se transformar em
ressentimento ou resultam em tentativas de revidar, então, sim, ficamos
prejudicados.
Se entregarmos a nossa mágoa a Deus, nos recusarmos a nutrir o
ressentimento e tomarmos uma atitude positiva de desejar o melhor que Deus tem
para aqueles que nos prejudicaram e a orar por isso, e se permanecermos nessa
posição até que toda a amargura e ressentimento sejam absorvidos por um
espírito de perdão, então teremos realmente lucrado desta tentativa de nos
ofender. Veja Mateus 5:43-48.
“Sabemos que todas as cousas cooperam para o bem daqueles que amam a
Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Romanos 8:28).
Fé no Governo Moral
de Deus
Uma das razões para o ressentimento e falta de perdão é que nós, na
verdade, não temos fé na justiça e no governo moral de Deus. Em Romanos Deus
diz: “A mim me pertence a vingança; eu retribuirei, diz o Senhor” (Rm 12:19).
Se realmente acreditássemos nisto
não tentaríamos consertar as injustiças por nós mesmos. Foi por causa da
confiança total que Jesus tinha no amor e na absoluta justiça de Seu Pai que
“quando ultrajado, não revidava com ultraje, quando maltratado não fazia
ameaças, mas entregava-se àquele que julga corretamente” (I Pe 2:23).
Quando Deus diz que não devemos nos vingar a nós mesmos, Ele quer dizer
que é Ele que fará a vingança. E a pedra angular do governo moral de Deus é Sua
justiça absoluta. A lei moral é inexorável como o é qualquer lei física.
“Aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6:7), é tão impossível
quebrar quanto o seria quebrar a lei da gravidade.
O homem que pratica a maldade ou que faz injustiça é quem perde, e não
aquele que ele prejudicou - se este permanecer inalterado, sem nenhum espírito
de antagonismo ou vingança em seu coração.
Se realmente tivermos certeza da justiça de Deus, não seremos tentados a
fazer as coisas por nossas próprias mãos. Ao invés disso, oraremos pela pessoa
desafortunada que nos prejudicou.
E se continuarmos amáveis e perdoarmos, descobriremos que ficamos mais
fortes através da nossa vitória sobre o ressentimento. E quando os nossos dias
de treinamento acabarem, poderemos ver com nossos próprios olhos o quanto essas
batalhas significaram para nós. “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de
Deus em Cristo Jesus para convosco” (I Ts 5:18).
Aqui e somente aqui
Te é dado sofrer por amor a Deus;
Em outros mundos nós O serviremos mais perfeitamente,
O amaremos, O louvaremos e
trabalharemos para Ele,
Ficaremos cada vez mais perto Dele
com todo o prazer.
Mas então, não seremos mais convidados
Para sofrer, que é a nossa tarefa aqui.
Não podes tu sofrer, então,
uma hora ou duas?
Se Ele te chamar
da tua cruz hoje
Dizendo: Está consumado,
Aquela tua dura cruz,
Sobre a qual tu oraste por libertação,
Tu não achas que um sentimento de remorso
Tomaria conta de ti?
Tu não dirias: “Assim, tão de repente?
Deixa-me voltar e sofrer mais um pouco,
Mais pacientemente:
Eu ainda não louvei a Deus.”
JEJUM
INTRODUÇÃO: Atendendo a pedidos de algumas pessoas, trago este
estudo para orientação exclusiva da nossa igreja. Há certas coisas que
praticamos só porque outros estão praticando, sem termos uma noção do ensino
bíblico sobre o assunto. Vamos examinar o que as Escrituras Sagradas ensinam
sobre o jejum.
I. O JEJUM NO VELHO TESTAMENTO
Encontramos várias modalidades de jejuns no V.T.:
A. Jejum involuntário: São os ocasionados por circunstâncias
especiais:
1. Moisés, quando esteve 40 dias no Monte Sinai: Ex. 34.28; Deut. 9.9.
O que estava acontecendo, não dava para pensar em comida.
2. Elias, quando caminhava para Horebe: 1 Reis 19.8.
3. Jesus, no deserto da tentação: Mat. 4.2; Marc. 1.13; Luc. 4.2.
4. Paulo: 2 Cor. 6.5.
B. Jejum voluntário, por motivos religiosos:
1. No Pentateuco (os primeiros cinco livros da Bíblia), não aparece a
palavra "jejum", senão indiretamente nos textos de Lev.16.29 e Num.
29.7: "afligireis as vossas almas".
2. A palavra aparece pela primeira vez em 2 Samuel 12.16-22, quando
Davi recusa alimento, buscando a cura do filho. O problema foi gerado pelo
pecado de Davi.
3. Nos últimos escritos do Velho Testamento é que vamos encontrar o
assunto com mais freqüência: Esd.8.21; Neem. 9.1; Ester 4.3; Salmo 35.13;
69.10;109.24; Dan. 6.18; 9.3.
C. Jejum por motivos especiais:
1. Durante calamidades públicas: Jer. 36.9 (36.1-32)
2. Para humilhar a alma: Salmo 35.13; 69.10
3. Para humilhação: Esd. 8.21
4. Para tristeza: 1 Sam. 31.13
5. Para atrair a misericórdia Divina: Is. 58.3,4.
6. Para manifestar a Deus o peso de culpas por pecados cometidos pelo
povo: 1 Sam. 7.6; 1 Reis 21.9,12.
7. Programações nacionais de jejuns: Zac. 8.19 e sgts., 2 Reis 25.1;
Jer. 52.6,7; 2 Reis 25.8,9,25.
II. O JEJUM NO NOVO TESTAMENTO
A. Menciona que Ana servia a Deus com jejuns e orações: Luc. 2.37.
B. Os fariseus jejuavam duas vezes por semana: Luc. 18.12.
C. Os discípulos de Jesus não jejuavam enquanto estavam com Ele: at.
9.14,15; Marc. 2.18,19; Luc. 5.33-35.
D. Jesus menciona a necessidade do jejum para expelir demônios: Mat.
17.21,22.
E. Depois da ressurreição de Cristo, aparecem as seguintes menções de
Jejum: Atos 13.3; 14.23; 27.9; 2 Cor. 6.5; 11.27.
III. APLICAÇÃO DA DOUTRINA DO VELHO TESTAMENTO AO NOVO
A. As finalidades e motivos do jejum do Velho Testamento não servem
para o crente do Novo Testamento, uma vez que isso seria "obra da
carne". Todo sacrifício já foi feito por Cristo.
B. Não é pela "aflição da alma" que nos aproximamos de Deus,
mas pelo "novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu"
(Heb.10.19-10).
C. Não é pela autopunição, porque Cristo já levou os nossos pecados.
D. A experiência de Paulo mencionada em 2 Cor. 6.5, não é clara.
Parece mais um jejum por falta de alimento.
E. Todas as vezes que aparece o assunto no Novo Testamento, está
ligado à oração - oração e jejum - oportunidade para orar sem se preocupar com
alimentação. Portanto, o jejum simples, sem oração, não tem valor.
F. Todos os casos do Novo Testamento estão ligados a uma situação
especial e não representam uma prática normal da vida cristã. E esses casos
especiais, são:
1. Para expulsar demônios (Mat. 17.21,22);
2. Para enviar missionários (Atos 13.2-3).
Nota: É curioso que, na eleição de diáconos, os apóstolos se
dedicariam ao ministério da oração e da Palavra. Não se menciona o ministério
do jejum (Atos 6.4).
G. Nas recomendações aos cristãos gentios, não aparece a menção do
jejum (Atos 15.28,29).
CONCLUSÕES:
Resta-nos, finalmente, relacionar algumas vantagens e desvantagens do
jejum:
A. Vantagens:
1. Deixa a mente mais à vontade para concentração;
2. Dá mais disposição mental para a oração;
3. Facilita mais o sentimento;
4. Estômago vazio, até para pregar é melhor.
B. Desvantagens:
1. Dependendo da estrutura emocional da pessoa, pode ocasionar
vertigens e outros fenômenos mentais.
2. Padres e freiras têm tido visões de "Nossa Senhora"
durante períodos prolongados de jejuns.
3. Se praticado com freqüência, pode confundir a experiência
espiritual com fenômenos mentais.
4. Por outro lado, a prática do jejum puro e simples, pode substituir
a graça de Cristo pelo sacrifício físico, o que é uma heresia católica.
C. Conclusão geral:
O jejum é um assunto pessoal de cada crente. Não deve ser implantado
como prática nas igrejas. Se alguém quiser praticá-lo, que o faça sozinho, sem
querer impô-lo aos outros. E, ainda assim, que seja usado unicamente com a
finalidade de oração e enquanto estiver orando. Jejum sem oração, simplesmente
jejum, é carnalidade. É doutrina católica que exclui a graça de Cristo.
O AMOR E O APEGO AO DINHEIRO DINHEIRO : energia vital para a nossa sobrevivência O dinheiro tanto pode ser usado para fazer o bem ou o mal...