terça-feira, 4 de agosto de 2020

O JEJUM

O JEJUM

ISAIAS 58:1-12.

•          Hoje em dia podemos ver muitas pessoas vivendo uma vida cristã desta maneira - jejuando sem propósito - violando a vontade de Deus.
•          Há necessidade de nos arrependermos dessas atitudes. (v. 1)
•          Vivemos muitas vezes uma vida de aparência (religiosidade), mas Deus nos chama nestes dias para vivermos uma vida justa. (Ef.2:8-10).
•          O Senhor nos ensina que o  jejuar de forma externa, sem ter um coração arrependido, só produz irritação, cansaço e não nos prepara para a comunhão com Ele. (v.4).
•          O jejum deve ser acompanhado de oração (Dn. 9:3), confissão de pecados (Ne. 9:1,2), lamentação (Jl. 2:12) e  humilhação (Dt. 9:18).
•          A motivação correta para jejuar  não é  voltada para os nossos próprios interesses. (v. 6-7).
•          Podemos ver na Palavra pessoas que observaram os mandamentos de Deus e  foram atendidas mediante o jejum (Ester, Daniel etc.). Colocaram-se numa causa justa e alcançaram a vitória pedindo em favor dos outros. Quando nos colocamos como estas pessoas, ouvindo e cumprindo a vontade de Deus, alcançaremos as promessas (v. 8-12).

Conclusão: Nestes dias Deus está nos chamando para sermos reparadores de brechas (v. 12) e conquistarmos esta nação.
Aplicação: Para conseguirmos isto, precisamos nos levantar com jejum e oração mas com motivação correta.


JEJUM
INTRODUÇÃO: Atendendo a pedidos de algumas pessoas, trago este estudo para orientação exclusiva da nossa igreja. Há certas coisas que praticamos só porque outros estão praticando, sem termos uma noção do ensino bíblico sobre o assunto. Vamos examinar o que as Escrituras Sagradas ensinam sobre o jejum.
I. O JEJUM NO VELHO TESTAMENTO
Encontramos várias modalidades de jejuns no V.T.:
A. Jejum involuntário: São os ocasionados por circunstâncias especiais:
1. Moisés, quando esteve 40 dias no Monte Sinai: Ex. 34.28; Deut. 9.9. O que estava acontecendo, não dava para pensar em comida.
2. Elias, quando caminhava para Horebe: 1 Reis 19.8.
3. Jesus, no deserto da tentação: Mat. 4.2; Marc. 1.13; Luc. 4.2.
4. Paulo: 2 Cor. 6.5.
B. Jejum voluntário, por motivos religiosos:
1. No Pentateuco (os primeiros cinco livros da Bíblia), não aparece a palavra "jejum", senão indiretamente nos textos de Lev.16.29 e Num. 29.7: "afligireis as vossas almas".
2. A palavra aparece pela primeira vez em 2 Samuel 12.16-22, quando Davi recusa alimento, buscando a cura do filho. O problema foi gerado pelo pecado de Davi.
3. Nos últimos escritos do Velho Testamento é que vamos encontrar o assunto com mais freqüência: Esd.8.21; Neem. 9.1; Ester 4.3; Salmo 35.13; 69.10;109.24; Dan. 6.18; 9.3.
C. Jejum por motivos especiais:
1. Durante calamidades públicas: Jer. 36.9 (36.1-32)
2. Para humilhar a alma: Salmo 35.13; 69.10
3. Para humilhação: Esd. 8.21
4. Para tristeza: 1 Sam. 31.13
5. Para atrair a misericórdia Divina: Is. 58.3,4.
6. Para manifestar a Deus o peso de culpas por pecados cometidos pelo povo: 1 Sam. 7.6; 1 Reis 21.9,12.
7. Programações nacionais de jejuns: Zac. 8.19 e sgts., 2 Reis 25.1; Jer. 52.6,7; 2 Reis 25.8,9,25.
II. O JEJUM NO NOVO TESTAMENTO
A. Menciona que Ana servia a Deus com jejuns e orações: Luc. 2.37.
B. Os fariseus jejuavam duas vezes por semana: Luc. 18.12.
C. Os discípulos de Jesus não jejuavam enquanto estavam com Ele: at. 9.14,15; Marc. 2.18,19; Luc. 5.33-35.
D. Jesus menciona a necessidade do jejum para expelir demônios: Mat. 17.21,22.
E. Depois da ressurreição de Cristo, aparecem as seguintes menções de Jejum: Atos 13.3; 14.23; 27.9; 2 Cor. 6.5; 11.27.
III. APLICAÇÃO DA DOUTRINA DO VELHO TESTAMENTO AO NOVO
A. As finalidades e motivos do jejum do Velho Testamento não servem para o crente do Novo Testamento, uma vez que isso seria "obra da carne". Todo sacrifício já foi feito por Cristo.
B. Não é pela "aflição da alma" que nos aproximamos de Deus, mas pelo "novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu" (Heb.10.19-10).
C. Não é pela autopunição, porque Cristo já levou os nossos pecados.
D. A experiência de Paulo mencionada em 2 Cor. 6.5, não é clara. Parece mais um jejum por falta de alimento.
E. Todas as vezes que aparece o assunto no Novo Testamento, está ligado à oração - oração e jejum - oportunidade para orar sem se preocupar com alimentação. Portanto, o jejum simples, sem oração, não tem valor.
F. Todos os casos do Novo Testamento estão ligados a uma situação especial e não representam uma prática normal da vida cristã. E esses casos especiais, são:
1. Para expulsar demônios (Mat. 17.21,22);
2. Para enviar missionários (Atos 13.2-3).
Nota: É curioso que, na eleição de diáconos, os apóstolos se dedicariam ao ministério da oração e da Palavra. Não se menciona o ministério do jejum (Atos 6.4).
G. Nas recomendações aos cristãos gentios, não aparece a menção do jejum (Atos 15.28,29).
CONCLUSÕES:
Resta-nos, finalmente, relacionar algumas vantagens e desvantagens do jejum:
A. Vantagens:
1. Deixa a mente mais à vontade para concentração;
2. Dá mais disposição mental para a oração;
3. Facilita mais o sentimento;
4. Estômago vazio, até para pregar é melhor.
B. Desvantagens:
1. Dependendo da estrutura emocional da pessoa, pode ocasionar vertigens e outros fenômenos mentais.
2. Padres e freiras têm tido visões de "Nossa Senhora" durante períodos prolongados de jejuns.
3. Se praticado com freqüência, pode confundir a experiência espiritual com fenômenos mentais.
4. Por outro lado, a prática do jejum puro e simples, pode substituir a graça de Cristo pelo sacrifício físico, o que é uma heresia católica.
C. Conclusão geral:
O jejum é um assunto pessoal de cada crente. Não deve ser implantado como prática nas igrejas. Se alguém quiser praticá-lo, que o faça sozinho, sem querer impô-lo aos outros. E, ainda assim, que seja usado unicamente com a finalidade de oração e enquanto estiver orando. Jejum sem oração, simplesmente jejum, é carnalidade. É doutrina católica que exclui a graça de Cristo.
O JEJUM BÍBLICO

Jejum é abstinência de alimento durante algum tempo.

Há diferença entre:

JEJUM RITUAL: praticado regularmente, com objetivos ritualísticos, característica da lei e prática judaica e de outras religiões: Lv 16.29-31.

JEJUM ESPONTÂNEO: sempre acompanhado de orações, tendo somente objetivos especiais. É sempre secreto: Mt 6.18. Na Bíblia, o jejum espontâneo tem os seguintes objetivos:

1) honrar a Deus: Is 58.3-7, Mt 6.18
2) humilhar-se perante os juízos divinos: Sl 35.13, 2 Sm 12.16, Ne 9.1-3, Jl 2.12
3) como período de preparação para as batalhas espirituais: Mt 4.1-3, 17.21.

CARACTERÍSTICAS DO JEJUM BÍBLICO ESPONTÂNEO:

1) Quebrantamento: Sl 69.10, Ne 9.1
2) Reservado e secreto: Mt 6.18
3) Com um (ou mais) dos 3 objetivos: honrar a Deus, humilhar-se e preparar-se
4) Sempre acompanhado de orações: Sl 35.13, At 13.3

O JEJUM BÍBLICO

Jejum é abstinência de alimento durante algum tempo.

Há diferença entre:

JEJUM RITUAL: praticado regularmente, com objetivos ritualísticos, característica da lei e prática judaica e de outras religiões: Lv 16.29-31.

JEJUM ESPONTÂNEO: sempre acompanhado de orações, tendo somente objetivos especiais. É sempre secreto: Mt 6.18. Na Bíblia, o jejum espontâneo tem os seguintes objetivos:

4) honrar a Deus: Is 58.3-7, Mt 6.18
5) humilhar-se perante os juízos divinos: Sl 35.13, 2 Sm 12.16, Ne 9.1-3, Jl 2.12
6) como período de preparação para as batalhas espirituais: Mt 4.1-3, 17.21.

CARACTERÍSTICAS DO JEJUM BÍBLICO ESPONTÂNEO:

5) Quebrantamento: Sl 69.10, Ne 9.1
6) Reservado e secreto: Mt 6.18
7) Com um (ou mais) dos 3 objetivos: honrar a Deus, humilhar-se e preparar-se
8) Sempre acompanhado de orações: Sl 35.13, At 13.3

QUAL O PERÍODO DO JEJUM ?
Indeterminado, podendo ser por um pequeno período. O que importa não é sua extensão, mas suas características bíblicas. Exemplo: Dn 9.3-19.

PORQUE O JEJUM É SECRETO ?
Para evitar qualquer orgulho e hipocrisia. O fariseu deu mau exemplo, ao declara em público seu jejum: Lc 18.9-14.

PODE-SE BEBER DURANTE O JEJUM ?
É necessário, para evitar desidratação. A maioria dos jejuns bíblicos era somente de alimento. O jejum de Jesus no deserto foi somente de alimento: Mt 4.2 (“teve fome”, não se menciona a sede).

O JEJUM É SÓ DE ALIMENTO ?
Não. Recomenda-se abster-se de televisão, relações conjugais e outras distrações. É preferível um pequeno período de jejum completo do que um grande período cheio de “atividades”, sem alimentação.


TODO CRISTÃO DEVE FAZER JEJUM ?

Não. Somente aqueles que tiverem condições físicas para isto. Jejuar não é obrigação, mas um recurso espiritual. Observe que Jesus não jejuava sempre: Mt 9.14-15, Lc 5.33-35.


JEJUM É COLOCAR DEUS EM PRIMEIRO LUGAR

Gordon Cove


No início da história da igreja, o jejum era considerado uma das colunas da religião cristã. Quando a igreja tinha poder, o jejum era uma parte essencial da fé.
Jejum não é mera abstinência de alimentos ou de qualquer outro prazer, por si mesma. É abstinência com propósito.
Jejum significa que você chegou a um lugar de desespero espiritual. Significa que está determinado agora a colocar Deus em primeiro lugar a qualquer custo. Há momentos quando devemos virar as costas a tudo no mundo, até mesmo à nossa alimentação, para buscar a face de Deus. Jejum significa que estamos determinados a buscar a face de Deus e a ter respostas para nossas orações. Significa simplesmente que colocamos Deus primeiro, antes de tudo, inclusive do alimento.
Geralmente, jejuar significa abster-se do alimento, mas o mesmo espírito de desespero nos levará a nos abster de outras coisas também. Jejuar é voluntariamente abrir mão de algo que seja inofensivo em si mesmo, para o fim de crescer espiritualmente. Não se aplica necessariamente só ao alimento. Aplica-se a qualquer coisa que o homem natural possa desejar.
Então jejuar significa colocar Deus realmente em primeiro lugar quando se ora, desejar Deus mais do que se deseja comer, mais do que dormir, mais do que ter comunhão com outros, mais do que correr atrás de negócios. Como um cristão pode saber se Deus está em primeiro lugar na sua vida, se em algumas épocas ele não deixa todas as outras obrigações e prazeres para se separar inteiramente para buscar a face de Deus?

Expressão de Tristeza

O jejum também é uma expressão de tristeza. Isto é, tristeza sobre pecados pessoais, ou uma carga de intercessão pelas almas de outras pessoas. Um objetivo do jejum é mortificar o pecado. Sua mente está perturbada e mal-humorada, seu coração endurecido, sua graça enfraquecida, e a corrupção carnal dominando? Orgulho, ciúme, ódio, amor pelo mundo, ou qualquer outra imundícia da carne ou do espírito o estão vencendo?
Jejum então é seu dever. Alguns demônios não saem, a não ser através de jejum e muita oração. Quando este for o caso, o jejum é o remédio certo, e deve ser usado como o principal instrumento.
Na Bíblia há muitos exemplos de jejum. “Então apregoei ali um jejum... para nos humilharmos perante o nosso Deus”, escreveu Esdras (8.21) a respeito de toda a nação de Israel. O jejum dos ninivitas, e o jejum que o profeta Joel ordenou, eram considerados elementos essenciais no arrependimento nacional. Os homens de Nínive jejuaram com pano de saco e cinzas, como símbolo de profunda tristeza nacional (Jonas 3.5-7).
Há momentos quando uma profunda experiência, uma profunda humilhação de arrependimento, nos faz rejeitar todo alimento e prazer natural. Na sua tristeza pelo pecado, ou pela profunda intercessão por almas perdidas, qualquer deleite fere a alma.

O Jejum Confere Uma Força Adicional à Oração

Oração sozinha pode ser algo muito superficial. O jejum é uma evidência da nossa sincera intensidade e do nosso fervor. Para fazer até mesmo uma oração normal, precisamos ter fé, pois é necessário que “aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe...” (Hb 11.6). Mas para jejuar é preciso ter mais fé ainda. O jejum requer um desejo maior, uma determinação e uma fé maiores, e Deus observa isto quando vê seus filhos orando e jejuando.
Jejuar é deixar de lado todo peso e embaraço (Hb 12.1). Deixar os pesos é tirar todo empecilho à oração, e uma barriga cheia é um empecilho. Experimente orar com estômago vazio, e veja o quanto é mais fácil prevalecer em oração.
Quando começamos a orar e jejuar, significa que nos separamos seriamente à questão de orar com persistência, e que não aceitaremos ser negados. Sem dúvida alguma, o povo de Deus veria muito mais respostas à oração, se deixassem mais refeições e passassem o tempo em oração. O jejum não só reforça a oração, e constitui-se uma prova de maior intensidade, mas o jejum por si só é uma oração. Jejum torna-se oração para o cristão que está voltado para Deus.
Entre outros benefícios espirituais que resultam do jejum, um dos maiores é que jejuar ajuda a gerar fé. Nossa incredulidade é muito maior do que reconhecemos. É como um inimigo invisível e poderoso. Embora pareça difícil no princípio compreender, a própria fraqueza que se sente no jejum edifica nossa fé. Quando parece que estamos perdidos no escuro durante o jejum, e talvez o diabo venha cochichar que não está adiantando nada, esta é a hora em que sua fé está se edificando, pois Paulo diz: “Quando sou fraco, então é que sou forte” (2 Co 12.10).
Jejum é um auxílio poderoso para a oração. Se suas orações não são respondidas, acrescente jejum à oração. Você não buscou ao Senhor “com todo coração” enquanto não tiver separado um tempo prolongado de oração com jejum. Muitos cristãos oram há anos a respeito de certos problemas. Às vezes estas orações não são respondidas. Mas em muitos casos onde o jejum foi acrescentado às orações, além de profunda consagração e sondagem do coração diante de Deus, a resposta tem chegado sobrenaturalmente. Quando ligada ao jejum, a oração tem um poder muito maior. Não estamos afirmando que o jejum sozinho produzirá respostas milagrosas. Mas prepara o coração através de humilhação, de uma forma que nenhum outro meio pode fazer.
Junto com o jejum virão poder e liberdade na sua ministração da Palavra, se você é um pregador. Ao manter a carne em sujeição através do jejum, o espírito é vivificado – e o oposto também é verdadeiro. A tragédia é que tantos cristãos ainda continuem no seu estado espiritual sem poder, por não querem abrir mão das suas três refeições diárias, quando está ao seu alcance a chave da solução. Certamente, é necessário ter determinação para praticar o jejum, mas Deus não nos pediria para fazê-lo se fosse algo impossível.

Em Tempos de Crise “Santificai um Jejum”

Três vezes nos primeiros dois capítulos de Joel, Deus ordena o jejum (Jl 1.14; 2.12,15). O profeta Joel afirma que quando o momento é de desespero, Deus mesmo exorta seu povo a buscar auxílio dele. “Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns...” (2.12). “Santificai (ou promulgai)  um jejum” (1.14).
Isto nos ensina que é certo nestes momentos marcar um dia para que todos jejuem em conjunto. Algumas pessoas dizem que concordam em jejuar quando “o Senhor colocar o desejo no coração”. Mas as outras coisas na nossa vida não funcionam assim. Não esperamos sentir o mover de Deus para comer. Não esperamos um toque do Espírito para pagar o aluguel. Que outro sentimento precisamos ter da parte de Deus, quando em tempos de crise, ele já ordenou três vezes em dois capítulos que o façamos!

 

“Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns...” (Joel 2.12). pg 6




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