Evangélicos
atraídos pelas seitas
“Tende cuidado,
para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias
e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos
do mundo, e não segundo Cristo.” (Colossenses 2:8)
e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos
do mundo, e não segundo Cristo.” (Colossenses 2:8)
Preocupado com a situação espiritual
dos crentes na cidade de Colossos, o apóstolo Paulo advertiu-os para que
tivessem cuidado, pois falsos mestres haviam se introduzido no seio da Igreja.
Paulo combatia sobretudo a influência gnóstica entre os Colossenses. Além do apóstolo Paulo, Judas e João também
alertaram a igreja acerca desse perigo.
Gnosticismo
vem do grego gnosis, que significa “conhecimento”. Criam possuir a
verdadeira fórmula da salvação, a saber,
o “conhecimento místico” que Cristo teria transmitido secretamente aos
discípulos e que apenas um grupo seleto de “iniciados” poderia atingir.
Por cerca de cento e cinqüenta anos, os gnósticos assediaram os cristãos e ,
infelizmente, sua heresia corrompeu a
muitos
Hoje a situação não é diferente.
Além do gnosticismo (que influenciou o “Movimento de Confissão Positiva”,
comumente conhecido no Brasil com os nomes de
“Movimento da Fé”, “Movimento da
Prosperidade”),
inúmeras outras seitas abundam atualmente arrastando muitos professos cristãos
para heresias de perdição (II Pedro 2:1,2). Os dados são alarmantes.
Nós
recebemos regularmente cartas de familiares ou amigos de professos cristãos (e
às vezes dos próprios) que abandonaram sua igreja, enveredando-se no mundo das
seitas. Trechos da carta a seguir revelam o poder destrutivo das seitas na
mente de pessoas que viviam no meio evangélico:
“Fui criada num lar cristão. (...)
Somos onze filhos. Mamãe nos criou na igreja, aonde aprendemos a servir e a
adorar a Deus. Por quarenta anos minha mãe foi evangélica, mas há quatro anos,
tudo isso se transformou em blasfêmia e contradição desde que mamãe decidiu se
tornar “Testemunha de Jeová”. Isso é muito triste, mas é verdade; e o que me
tem causado mais tristeza é o fato de saber que ela tem influenciado toda a
família. (...) ÀS vezes fico me
questionando o por quê. (...) Gostaria de pedir um conselho, uma palavra de
conforto. (...)”.
Casos
como o da mãe de J.A. têm sido freqüentes. Diante disso, muitos de nós temos curiosidade
de saber o que leva pessoas entre os evangélicos a sentir atração pelas seitas.
Seria seu zelo religioso? Sua demonstração de amor ao próximo? Sua unidade
organizacional que supera à dos evangélicos? Seria um súbito sentimento de
euforia por estar abraçando conceitos religiosos fascinantes, nunca antes
aprendidos?
Nas
conversas que mantemos com ex-evangélicos, que hoje são adeptos de seitas,
percebemos que o motivo principal do rompimento com o cristianismo
bíblico-histórico raramente é doutrinário;
geralmente assuntos de menor importância têm primazia. O problema esta no
que se entende como genuína espiritualidade.
DISCERNINDO A
VERDADEIRA ESPIRITUALIDADE
Vivemos
atualmente em uma época que as pessoas estão fascinadas pela espiritualidade,
altamente se enfatiza as experiências
religiosas, testemunhos impactantes e dramáticos a valorização da sinceridade
acima da verdade; o sentimento acima da realidade. Muitos hoje dizem que a
essência da verdadeira espiritualidade são as emoções. E nós cristãos temos a
tendência de sobrepor nossas experiência espirituais acima do próprio Cristo e
seu Evangelho.
Muitos
cristãos acabam sucumbindo a mensagem das seitas por confundir sinais de
espiritualidade com a genuína intimidade com o Salvador. Diversos Sectaristas
passam igualmente por uma tremenda e dramática conversão religiosa. Eles falam
em serem felizes agora, de terem paz interior, são extremamente pietistas na
oração, na devoção, no evangelismo, mas estão longe da Graça Salvadora
Há poucos
dias recebemos uma ligação de uma senhora desesperada em busca de orientação.
Ela que já havia estado em várias igrejas
evangélicas (entretanto se decepcionou com todas), julgava agora ter
encontrado a “igreja verdadeira” e comentou
que “ali encontrou o amor e aceitação que procurava”. No entanto, após
sucessivas reuniões com o grupo percebeu algo estranho em relação às doutrinas
daqueles. Ao ser orientada que o referido grupo é uma seita ela comentou: “Eu me sinto bem lá”. “A gente vê amor
naquelas pessoas”.
O
puritano Jonathan Edwards (1703-1758) escreveu: “que o amor e a humildade são imitados, mais do que qualquer outra
virtude cristã ... tudo que tem
valor, e só as coisas que têm valor são objeto de falsificação. Varias
pessoas já foram enganados por diamantes
e dinheiro falso, charlatões também a muitos... (Mateus 24:12-13).Muitos judeus nos dias de Jesus, que davam glórias a Ele
seguindo-o de dia e de noite sem comida
e sem bebida ou sono. Costumavam dizer:
“Mestre, eu te seguirei por onde quer que fores” (Mateus 8:19) ou então
“Hosana ao filho de Davi”. (Mateus 21:9) Não obstante esse amor era falso.
CONCLUSÃO
Portanto
o nosso relacionamento com Deus deve estar alicerçado sobre a rocha que é
Cristo e não nas areias movediças de nossa experiência, esforço, zelo, devoção,
entrega. O apostolo Paulo teve uma conversão dramática. Mas contrastando com a
dele, Timóteo cresceu gradualmente por meio da instrução familiar (Atos 9:3-5,
17-18; 2 Timóteo 1:5).
O evangelho de experiências tem vida
curta, pessoas que são convertidas por meio dele têm em suas vidas uma porta
escancarada para novas descobertas. Estão sempre em busca de algo novo, algum
orador eloqüente e inteligente, lugares onde há especulações proféticas,
testemunhos que fortemente mexem com suas emoções. Agem semelhantemente como o
toxicômano que tem necessidade de
aumentar o consumo da droga para
prolongar seu estado de euforia.
Em
pouco tempo enveredam pelo caminho do misticismo ou paganismo. Já o evangelho
autentico é somente baseado nos méritos sacrificiais do Senhor Jesus. “Não
existe plano mais alto – nenhuma experiência sobrepujante ou vida mais
profunda. Cristo é tudo em
todos. Agarre-se a Ele. Cultive seu amor por Ele. Somente
nele você é completo!”
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