quinta-feira, 20 de agosto de 2020

O BATISMO NAS ÁGUAS


O Batismo nas Águas


            Este é um assunto fundamental para aqueles que desejam realmente uma vida nova em Cristo Jesus. Tal é a sua importância que o Senhor, ao aparecer para os discípulos, depois de ressuscitado, deu-lhes ordens explicitas, dizendo: “...Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for baptizado será salvo; porém, não crer será condenado” (Marcos 16:15-16).
            Mateus porém regista as palavras do Senhor, dizendo: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, baptizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. (Mateus 28:19).

O significado do baptismo nas águas


            Da mesma forma que o sepultamento é uma cerimónia a qual consuma o rompimento do último laço entre o homem e a sua vida terrena, através do baptismo nas águas há um rompimento, publicamente consumado, da vida natural da pessoa com a verdadeira vida cristã.
            De facto, o baptismo nas águas é mais que um testemunho público da conversão de uma pessoa ao Senhor Jesus. Através dele somos sepultados da mesma maneira que o Senhor o foi, significando que a nossa vida, para nós e para o mundo, está definitivamente morta. Pelo sepultamento através do baptismo deixa de existir o nosso eu para o pecado, o qual já não terá mais domínio sobre nós, porque através do baptismo já estamos mortos para ele.
            Por essa razão, quando a pessoa aceita o Senhor Jesus como Salvador e logo em seguida é baptizada nas águas por imersão, automaticamente, sem forçar a sua vontade, deixa de praticar actos pecaminosos. Por maior que seja o seu mau “feitio”, ela, pelo baptismo, se torna a pessoa mais dócil e humilde deste mundo. Também aquelas pessoas que não conseguiram largar o vicio, após terem aceito o Senhor como Salvador pessoal e terem se baptizado, instantaneamente e espontaneamente o abandonam. O baptismo pode significar a entrada de uma pessoa para uma maneira de viver, pois a água é o elemento mais natural e purificador, razão pela qual o baptismo é feito nas águas.
            Quando o povo judeu saiu do Egipto, indirectamente teve que se baptizar nas águas para viver uma vida nova. Esse “baptismo” foi a sua passagem pelo Mar Vermelho. Noé, de certa forma, foi “baptizado” através das águas do dilúvio, para ser o patriarca de uma nova geração nesta terra. Para vivermos em novidade de vida é imprescindível sermos baptizados nas águas por imersão. Quando Felipe desceu a cidade de Samaria e pregou o evangelho do reino de Deus e o nome do Senhor Jesus, as multidões atenderam unânimes e foram baptizadas nas águas, tanto homens como mulheres (Atos 8:4-12).

Preparação para o baptismo nas águas


            Uma pessoa somente estará preparada para ser baptizada nas águas depois de estar certa do arrependimento dos seus pecados e da sua fé no Senhor Jesus. Aliás, essa é a grande razão pela qual não podemos baptizar crianças. O baptismo é uma cerimónia que requer do candidato arrependimento dos seus pecados. De que maneira uma criança vai se arrepender dos seus pecados, se ela não os tem? As crianças devem, isto sim, ser apresentadas a Deus, conforme está escrito: “... Então, tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava.” (Marcos 10:13-16)
            Quando Pedro, em Jerusalém, fez seu primeiro grande discurso a respeito do Reino de Deus e de Jesus, as pessoas com o coração compungido, indagaram dele e dos demais apóstolos o que deviam fazer.
            Respondeu-lhes Pedro: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja baptizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o Dom do Espírito Santo” (Atos 2:38)
            O arrependimento, portanto, é a condição básica para o candidato ser baptizado. Muitas pessoas se baptizam sem se arrependerem. O resultado é a existência em nosso meio de pessoas “convencidas” e não “convertidas” ao Senhor Jesus Cristo. Estas estão sempre criando problemas para a Igreja em geral: ora discutem com um, ora brigam com outro, falam do pastor, das obreiras, pulam de galho em galho, se acham a mais importante dentro da igreja e que toda a atenção do pastor deve ser dada somente a ela; enfim, nunca estão contentes com nada, pois o ambiente no qual estão não lhes pertence. Tais pessoas continuam vivendo sob o domínio do pecado, uma vez que não têm sua carne sepultada com Cristo.
 

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