Ex.21:23-25 Mas, se houver dano grave, então, darás vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferimento por ferimento, golpe por golpe.)
Apesar disso, as CIDADES DE REFÚGIO envolviam certa medida de misericórdia.
É evidente que Deus queria impressionar os filhos de Israel com a santidade da vida humana. Por fim a vida de uma pessoa, não intencionalmente, é algo muito sério, e as CIDADES DE REFÚGIO sublinhavam isso de modo enfático. Assim aquele que cometia sem querer ou por engano um HOMICÍDIO CULPOSO (sem intenção de matar) Num 35; 11 poderiam buscar proteção em alguma destas seis CIDADES.
A grande importância da existência dessas CIDADES fica claro ao serem citadas em quatro Livros do Antigo Testamento. As CIDADES DE REFÚGIO são uma ordem provinda de Deus e não uma mera invenção dos homens Num 35;9.
O próprio Deus foi quem cuidou dos detalhes de localização de cada uma das seis CIDADES DE REFÚGIO (indico o nome de cada uma delas a baixo). A localização geográfica era estratégica, três do lado leste do rio Jordão e três na terra de Canaã. Num 35;13. O que foi acontecendo gradativamente com a conquista da terra (leia abaixo *).
Quando o Senhor entregou Canaã aos Hebreus, Ele ordenou que a terra fosse dividia em três partes, e cada parte deveria escolher uma CIDADE DE REFÚGIO. Dt. 19; 2-3. Assim foram instituídas as três primeiras: BEZER, RAMOTE E GOLÃ.
* A partir do momento em que outras terras de Canaã fossem dada aos Hebreus mais três CIDADES DE REFÚGIO deveriam ser acrescentadas. Dt. 19; 8-9
Os nomes dados as outras três CIDADES DE REFÚGIO que surgiram posteriormente foram: QUEDES, SIQUÉM E QUIRIATE-ARBA.
Para uma maior compreensão fica claro que Moisés designou três ao oriente do Jordão e depois da conquista de Canaã, Josué e os chefes das tribos, designaram as outras três cidades a oeste do rio.
As CIDADES DE REFÚGIO não poderiam ser longe dos locais onde as DOZE TRIBOS se estabeleceram, para que no caso o homem que houvesse necessidade de fugir para ela, não fosse alcançado pelo vingador se sangue (o vingador de sangue no caso era o parente mais próximo da vítima que ansiando por vingança buscasse matar o que por engano ou sem querer houvesse cometido o homicídio).
A preocupação em facilitar o acesso as CIDADES DE REFÚGIO, exigia que as estradas fossem bem cuidadas e com sinais claros: REFÚGIO! REFÚGIO! Além disso, havia atletas treinados em corridas para ajudar na fuga dos inocentes.
O indivíduo que chegasse à CIDADE DE REFÚGIO, na entrada da CIDADE deveria declarar porque razão estava ali. Assim os anciãos responsáveis por aquela CIDADE cuidariam para que ele tivesse proteção e abrigo. O vingador de sangue que violasse o recinto daquela CIDADE seria executado.
Tais CIDADES serviam como medidas judiciais auxiliares para ajudar o escape dos homicidas involuntários, quando os vingadores da vítima matavam sem misericórdia ao culpado sem temer a ação por parte da Lei.
Havia qualificações específicas para aqueles que buscassem as CIDADES DE REFÚGIO, e os anciãos das CIDADES tomavam decisões referentes a cada caso.
O julgamento daquele que matou sem querer a um homem começava com o júri a favor do HOMICIDA e não do homem responsável por vingar a morte do seu parente.
O povo tinha o dever de defender o réu, não permitindo que fosse morto pelo vingador. Após o julgamento o réu deveria ser levado para a CIDADE DE REFÚGIO e ficar lá até a morte do Sumo-Sacerdote.
Se no julgamento ficasse provado que o homicídio foi voluntário, era entregue à morte. Se, porém, ficasse provado que matou em legítima defesa, ou por acidente, então a cidade lhe oferecia asilo. Se ele deixasse a cidade, antes do falecimento do sumo sacerdote, sua vida correria perigo e lhe seria de total responsabilidade. Depois da morte do sumo sacerdote, era permitido voltar a sua casa sob a proteção das autoridades.
A condição para ser recebido nas CIDADES DE REFÚGIO era decidida pelos líderes da mesma. Quando o fugitivo ia ao lugar de julgamento na entrada da cidade, ele explicava aos líderes o que aconteceu e assim eles o deixavam ficar na CIDADE e lhe davam um lugar para morar ali.
Em qualquer uma dessas CIDADES o homem estaria seguro e ninguém poderia matá-lo. Dt. 4;42
Os lugares de REFÚGIO se estendiam aos TEMPLOS, os SANTUÁRIOS e LUGARES SANTOS de todas as variedades.
Uma das características mais inclusivas das CIDADES DE REFÚGIO era o fato de todos quantos carecessem pudessem alcançar ali por MISERICÓRDIA, pelo tempo necessário ou até mesmo para sempre.
Martinho Lutero em 1529 quando estava escondido no castelo em Coburg escreveu o hino Castelo Forte aludindo ao refúgio que Cristo lhe estava dando naquele momento.
Neste hino, Lutero expressa o quanto podemos confiar em Jesus, nosso Castelo Forte, nosso Escudo e Boa Espada. Mostra também que quem nos defende é o Senhor dos altos céus, o próprio Deus e que o nosso grande acusador cairá com UMA SÓ PALAVRA!
ESTA CIDADE SERÁ DE REFÚGIO TANTO PARA O ISRAELITA COMO PARA OS ESTRANGEIROS. Nm. 35;15
As CIDADES DE REFÚGIO era lugar de grande atividade que antes de servirem para essa finalidade haviam sido santuários de Israel.
Usando uma breve tipologia sobre as CIDADES DE REFÚGIO, podemos afirmar que elas representam o REFÚGIO que temos em CRISTO, o qual é o nosso SUMO SACERDOTE. A sua morte livrou-nos do temor da retaliação do pecado, até onde está envolvido o destino da alma.
Rm.5:7-9: Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.
Jo. 1:16 Porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça.
Mt. 11:28-30 Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. 30- Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.
Jo 6:37 Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.
Jo 10:27-28 As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. 28- Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão.
2 Tm. 2:13 Se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo.
2 Co. 5:18-21 Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus. Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.
Ef. 2:18-19 porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito. Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus.
Jo. 1:12 – Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome.
As CIDADES DE REFÚGIO estabelecidas pelo Senhor através de Moisés e confirmadas a Josué eram a proteção daqueles que eram culpados involuntariamente, assim CRISTO se tornou através da sua morte na cruz nossa eterna CIDADE DE REFÚGIO, NELE encontramos misericórdia, segurança e salvação.
Em CRISTO há aceitação para o rejeitado, há REFÚGIO para o excluído.
Qual era o objetivo das cidades de refúgio?
Nm 35:6, 9-12 - Das cidades, pois, que dareis aos levitas, seis haverá de refúgio, as quais dareis para que, nelas, se acolha o homicida; além destas, lhes dareis quarenta e duas cidades. - Disse mais o SENHOR a Moisés: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando passardes o Jordão para a terra de Canaã, escolhei para vós outros cidades que vos sirvam de refúgio, para que, nelas, se acolha o homicida que matar alguém involuntariamente. Estas cidades vos serão para refúgio do vingador do sangue, para que o homicida não morra antes de ser apresentado perante a congregação para julgamento.
Naquela época, nenhum sistema de justiça atuava no antigo Israel. Se alguém, acidentalmente ou de propósito, matasse outra pessoa, o familiar mais próximo da vítima se tornava seu “vingador do sangue” (Dt 19:12) para executar justiça. A fim de evitar um erro judicial, foi designado um sistema de seis cidades levíticas (três em cada lado do Jordão) para que o assassino pudesse fugir para a segurança (Js 20:1-7).
Entretanto, Números 35:12 destaca um ponto importante. A fuga para a cidade não garantia automaticamente asilo permanente. Em alguns casos, seria um refúgio temporário até que o culpado comparecesse em juízo “perante a congregação”.
Isto é, até que os fatos do caso fossem estabelecidos. Essas cidades não forneciam nenhum tipo de imunidade diplomática permanente, como hoje, em que um diplomata pode cometer um crime em um país anfitrião e fugir para a segurança. Nesse caso, essas cidades eram instaladas a fim de evitar o que poderia ser um erro judicial
Alguns não entendem como algo assim pode ser reconciliado com os textos da Bíblia sobre o perdão ou quanto a voltar a outra face. Mas aqui estamos lidando com um código penal.
O evangelho do perdão e da graça, como foi ensinado por Cristo, não significa que o crime, especialmente algo tão odioso quanto o assassinato, deva ficar impune pela sociedade. Que até um assassino pode se arrepender diante de Deus é, realmente, um assunto diferente. Qual sociedade pode funcionar se o crime não for castigado?
O que vemos aqui é o modo de Deus Se certificar de que um dos piores crimes, o assassinato, seja tratado com justiça.
***
Qual era o objetivo das cidades de refúgio?
Nm 35:6, 9-12 - Das cidades, pois, que dareis aos levitas, seis haverá de refúgio, as quais dareis para que, nelas, se acolha o homicida; além destas, lhes dareis quarenta e duas cidades. - Disse mais o SENHOR a Moisés: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando passardes o Jordão para a terra de Canaã, escolhei para vós outros cidades que vos sirvam de refúgio, para que, nelas, se acolha o homicida que matar alguém involuntariamente. Estas cidades vos serão para refúgio do vingador do sangue, para que o homicida não morra antes de ser apresentado perante a congregação para julgamento.
Naquela época, nenhum sistema de justiça atuava no antigo Israel. Se alguém, acidentalmente ou de propósito, matasse outra pessoa, o familiar mais próximo da vítima se tornava seu “vingador do sangue” (Dt 19:12) para executar justiça. A fim de evitar um erro judicial, foi designado um sistema de seis cidades levíticas (três em cada lado do Jordão) para que o assassino pudesse fugir para a segurança (Js 20:1-7).
Entretanto, Números 35:12 destaca um ponto importante. A fuga para a cidade não garantia automaticamente asilo permanente. Em alguns casos, seria um refúgio temporário até que o culpado comparecesse em juízo “perante a congregação”.
Isto é, até que os fatos do caso fossem estabelecidos. Essas cidades não forneciam nenhum tipo de imunidade diplomática permanente, como hoje, em que um diplomata pode cometer um crime em um país anfitrião e fugir para a segurança. Nesse caso, essas cidades eram instaladas a fim de evitar o que poderia ser um erro judicial
Alguns não entendem como algo assim pode ser reconciliado com os textos da Bíblia sobre o perdão ou quanto a voltar a outra face. Mas aqui estamos lidando com um código penal.
O evangelho do perdão e da graça, como foi ensinado por Cristo, não significa que o crime, especialmente algo tão odioso quanto o assassinato, deva ficar impune pela sociedade. Que até um assassino pode se arrepender diante de Deus é, realmente, um assunto diferente. Qual sociedade pode funcionar se o crime não for castigado?
O que vemos aqui é o modo de Deus Se certificar de que um dos piores crimes, o assassinato, seja tratado com justiça.
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