domingo, 22 de julho de 2012

COMUNICAR E FALAR


Falar é fácil, comunicar as informações é muito mais difícil. Existem basicamente dois tipos de pessoas que se envolvem numa conversa. Os que querem comunicar-se e os que querem mostrar-se, mostrar o que sabem.



O último tipo é um perito em tudo por atribuição própria e não pode resistir à tentação de oferecer seus pontos de vista em qualquer assunto. Ele é a pessoa que faz um comentário na classe a fim de ser notado por outros em lugar de aprender dos outros.

O irônico é que o verdadeiro perito num assunto jamais tem necessidade de diminuir os outros a fim de elevar a si mesmo.


Numa conversa, muitas vezes, as pessoas passam uma imagem de quem elas não são. A pessoa que conversa, também não precisa empregar um vocabulário difícil (palavras de pouco uso) para comunicar-se com o público leigo no assunto).

Esse vocabulário pode ser útil em círculos profissionais, mas basicamente inútil em outros setores. Nós desenvolvemos nosso próprio vocabulário na religião: 
"salvação", "Espírito Santo", "santidade", "reconciliação", "purificação", "dons do espírito", "ressurreição", "arrependimento", "restauração", "quebrantamento".

Essas são palavras valiosas e importantes para os cristãos, para a igreja, para os convertidos, mas para o não-cristão comunicam bem pouco, quase nada.

Um dos paradoxos da comunicação é que uma palavra precisa ser compreendida por ambas as partes antes de seu uso ser aprovado.

O fato de você compreender um termo ou conceito não significa que seu interlocutor também entenda muito bem isto. Cabe então ao comunicador escolher palavras comuns a ambos.

Usar palavras longas e difíceis pode impressionar, mas não faz parte da boa comunicação.

Atirar as palavras e supor que elas serão compreendidas é uma atitude irresponsável, egoísta, não faz sentido, pode não transmitir a mensagem com efeito.

Um bom exemplo de quem sabe se comunicar é alguém que conhece seu valor não tem necessidade ou desejo de impressionar outros.

A comunicação eficaz é justamente isso, Jesus foi um mestre nesse sentido, jamais supondo que algo tivesse sido comunicado apenas pelo fato de ter sido exposto. 

Ele empregou enorme criatividade e ousadia em suas palavras:
ilustrações, parábolas, enigmas, perguntas e respostas, dúvidas e criticas, estudos de casos, histórias simples, palavras fáceis de serem entendidas e assim por diante.

Faça como Jesus, tente informar a sua sabedoria da melhor forma possível, com palavras simples, histórias fáceis de se contar, usando palavras que todos possam entender facilmente e conseguirá êxito na sua comunicação

Falar por achar que sabe muito bem falar é muito fácil, difícil é fazer as pessoas compreenderem muito bem...

Jesus falava pouco mas dizia muito... era conciso, em poucas palavras destilava muita sabedoria e informação. Jesus estimulava as pessoas a realmente pensarem e agirem da melhor forma correta na vida.

A palavra de Jesus levava as pessoas a reflexão.
Jesus não vendia idéias, nem vendia sonhos, ele dava liberdade para as pessoas pensarem nas suas atitudes, posturas e comportamentos diante da vida.

Jesus era mestre na arte das perguntas e respostas e mestre em fazer as pessoas refletirem em seus pensamentos e emoções, isto é dar de graça, sabedoria em abundancia, para quem quiser.

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