quinta-feira, 6 de outubro de 2016

A HISTÓRIA DE DAVI (PARTE 1)

A HISTÓRIA DE DAVI (PARTE 1) 

O CHAMADO 

A história de Davi começa com uma rejeição de uma pessoa e uma escolha de Deus por outra pessoa melhor 

“Basta!”, e perguntou: “Até quando terás pena de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel?” (I Samuel 16.1)  

Esse texto nos apresenta o início da história de Davi. 
O contexto da história nos revela que Saul, até então o rei de Israel, havia sido rejeitado por Deus. 
A sua rejeição não se deu porque ele era uma pessoa incapaz, ímpia ou perversa, nem tampouco porque ele era simplesmente um pecador. 
Ele foi rejeitado porque tinha um coração soberbo. 

Saul jamais reconhecia ser culpado e não se dobrava diante das evidências do seu próprio erro. Antes, ele sempre buscava se justificar. 
Samuel, o profeta, durante muito tempo, chorou e pranteou por causa da rejeição de Saul. 
Era como que se Samuel esperasse uma reconsideração de Deus, para que Ele reconduzisse Saul ao trono. Contudo, diante do choro de Samuel, Deus disse: 
“Basta!”, e perguntou: “Até quando terás pena de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel?” (I Sm 16.1) 
Deus tinha outros planos para o seu povo, outro pastor para colocar à frente do seu rebanho. Por isso, Ele enviou Samuel à cidade de Belém e à família de Jessé.  

Davi já estava nos planos de Deus. Davi já havia sido escolhido no ventre da sua mãe para servir ao Senhor  
Ao chegar a Belém, Samuel convocou todo o povo para o culto ao Senhor. Ele havia recebido a direção de não apenas ungir o novo rei, mas também de celebrar um culto a Deus juntamente com os moradores de Belém. 

Quando todos chegaram para participar daquele momento, incluindo Jessé e seus filhos, Samuel imaginou estar diante do novo rei quando viu o primogênito de Jessé. 

Deus conhecia a família de Jessé, Deus sabia que Jessé era filho de Obede, e este era filho de Rute com Boaz. 

Já estava determinado por Deus que um rei segundo o coração Dele, seria um dos filhos de Jessé  

Deus sabia que o segundo rei de Israel nasceria em Belém - Tudo para se cumprir as Escrituras 

Assim como Jesus também nasceria em Belém, seria rei de todas as nações, seria descendente de Davi, tudo para se cumprir as Escrituras, para se cumprir uma profecia do profeta Miquéias 

E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade. (Miquéias 5:2)   

Então Deus no tempo certo do inicio das profecias dá uma ordem a um profeta chamado Samuel para ir até a casa dos pais de Davi para ungir o próximo rei no lugar do desobediente Saul 

E convidarás a Jessé ao sacrifício; e eu te farei saber o que hás de fazer, e ungir-me-ás a quem eu te disser. (1 Samuel 16:3)  

Fez, pois, Samuel o que dissera o Senhor, e veio a Belém; então os anciãos da cidade saíram ao encontro, tremendo, e disseram: De paz é a tua vinda?
(1 Samuel 16:4


O propósito de Deus para alcançar as nações começa em Belém

Jessé começa um a um, apresentar seus filhos ao profeta
Eliabe era um homem alto e forte, e era um soldado dos exércitos de Israel. Contudo, Samuel foi enganado pelos seus próprios sentidos. 
Deus não havia escolhido aquele homem nem os outros 6 que o seguiram. 
Samuel ficou intrigado: se estavam ali todos os filhos de Jessé, e Deus lhe havia afirmado que um dos filhos de Jessé seria ungido rei, o que estava acontecendo?  

Deus usa os profetas, mas nem eles tem toda a ciência de tudo o que vai acontecer, nem tudo Deus revela aos profetas como eles querem, é preciso sensibilidade para ouvir melhor a voz de Deus 

O profeta se empolga com a aparência dos filhos de Jessé, porém, Deus estava atrás de um bom coração 

Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.
(1 Samuel 16:7
Então, “Samuel perguntou a Jessé: Acabaram-se os teus filhos?” (I Sm 16.11) 
O profeta á procura do novo Rei por indicação divina, segue as instruções, logo que começa a ver as aparências, Deus intervém nas intenções do profeta e revela os detalhes daquilo que agrada a Ele, e nos detalhes minunciosos mostra a pessoa certa, com muita cautela

Apesar de ter Samuel convocado todos os habitantes de Belém, de fato Jessé possuía um outro filho que não estava presente: Davi. 

Davi estava no anonimato, cuidando de ovelhas, jamais imaginaria que tinha um chamado divino (era ruivo, de boa aparência e simples)  

Mas não foi a aparência que chamou a atenção de Deus, foi o seu interior, seu coração, a sede de toda emoção e sentimentos, as fontes da vida 

 Era a personalidade e a índole de Davi que havia chamado a atenção de Deus 
Ele estava apascentando as ovelhas quando se deu a convocação, e ninguém havia se lembrado de chamá-lo. Mas aquele que tinha sido esquecido por todos não foi esquecido por Deus; ele era o futuro rei de Israel. 
Ao ver Davi, que era “(…) ruivo, de belos olhos e boa aparência. Disse o Senhor: Levanta-te e unge-o, pois este é ele. Tomou Samuel o chifre do azeite e o ungiu no meio de seus irmãos; e, daquele dia em diante, o Espírito do Senhor se apossou de Davi. Então, Samuel se levantou e foi para Rama.” (I Sm 16.12,13)
Esse texto nos mostra que os critérios de Deus são totalmente diferentes dos critérios dos homens. A escolha de Deus não é feita de acordo com os critérios das pessoas. 

Desde a mais tenra idade, o primogênito do rei era preparado para ocupar o lugar do pai, quando esse viesse a morrer. 
Ele era educado pelos homens mais sábios, recebia aulas de espada, aprendia a usar o arco e a flecha, tinha aulas de montaria, acompanhava o pai nas visitas administrativas, visitava diplomaticamente as cidades, era comandante do exército, aprendia algumas noções de administração e era ensinado a viver na corte. 
De acordo com esse critério, o próximo rei de Israel deveria ser Jônatas, o primogênito de Saul. 
O próprio Saul testificou esse entendimento em I Samuel 20.31: “Pois, enquanto o filho de Jessé viver sobre a terra, nem tu estarás seguro, nem seguro o teu reino; pelo que mandas buscá-lo agora, porque deve morrer.” Aos olhos das pessoas, Jônatas se encaixava em todos os critérios estabelecidos.
Entretanto, Deus não age segundo os pensamentos das pessoas. Para Deus, não importa se as pessoas estabeleceram que o líder deve ser descendente do último, ter um curso superior, ser inteligente, bonito, rico, bem sucedido nos negócios ou conhecido da população. 
Está registrado em Isaías 55.8,9: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.”
A escolha de Deus não é feita de acordo com a aparência da pessoa. Em I Samuel 16.6,7, nós lemos: “Sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe e disse consigo: Certamente, está perante o Senhor o seu ungido. Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém, o Senhor, o coração.” 
A aparência sempre foi algo extremamente importante para as pessoas. Quando Saul foi escolhido como rei de Israel, a sua aparência chamou a atenção de todos. O texto de I Samuel 10.23,24 registra esse fato. O próprio Samuel, mesmo profeta do Senhor, se inclinou a tomar algumas decisões segundo a aparência, ao colocar os seus olhos em Eliabe. Sendo assim, como Deus escolhe os seus líderes?
A escolha de Deus é feita de acordo com seus próprios critérios. 
Talvez esse seja o ponto mais difícil para nós, porque não sabemos definir com clareza quais são esses critérios. Eles são totalmente imprevisíveis. 
Segundo o entendimento das pessoas daquela época, o possível líder de Israel deveria ser Jônatas, porque ele era o filho do rei. 
Em segundo lugar, o primogênito tinha sempre a primazia por ser a pessoa mais importante em uma casa, depois do pai. 
Era ele quem herdava a posição de chefe quando o pai falecia. 
Por fim, pensando nas circunstâncias pelas quais Israel estava passando – lutas, guerras, conquistas de territórios – o mais natural seria imaginar que a escolha de Deus iria recair sobre um soldado, alguém que tivesse conhecimento de guerra, para comandar os exércitos de Israel. 
Mas Deus frustrou os pensamentos e critérios dos homens escolhendo Davi, o caçula, pastor de ovelhas.
Quando Jesus veio chamar Natanael para ser discípulo esse, ao saber que Jesus vinha de Nazaré, perguntou: “De Nazaré pode sair alguma coisa boa?” (João 1.46) 
Aos olhos dos homens, Jesus jamais poderia ser o Ungido de Deus. 
Contudo, Deus, o Pai, já o havia chamado desde a eternidade para ser o Salvador dos homens. 
Paulo disse, em I Coríntios 1.26-29: “Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus.”
A escolha de Deus é feita de acordo com o coração da pessoa. 
Em I Samuel 16.7, lemos: “(…) O homem vê o exterior, porém, o Senhor, o coração.” Ainda que aos nossos olhos os critérios de Deus sejam imprevisíveis e insondáveis, a Bíblia nos ensina que Deus, preferencialmente, escolhe aqueles que têm um coração que agrade a Ele. 
A palavra coração, nesse texto e em toda a Bíblia, faz referência à totalidade da vida interior do ser humano. Sem dúvida, há várias coisas que conseguem influenciar uma pessoa a agir de uma determinada maneira. 
É exatamente isso que Deus enxerga. Ananias e Safira, por exemplo, tiveram uma boa atitude ao dar uma oferta para a igreja; contudo, a motivação do coração deles era errada, e por isso, Deus os rejeitou. 
Tiago, falando sobre a boa atitude da oração, escreve que a motivação errada impede uma pessoa de receber o seu pedido de oração: “Pedis e não recebeis porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres.” (Tg 4.3) 
Tendo a pessoa o genuíno desejo de glorificar a Deus, de entregar-se a Ele, de ser-lhe fiel e de prestar-lhe obediência, então Deus a olha com preferencial disposição de fazê-la líder. 
continua na próxima mensagem... PARTE 2 

escrito pro paulo cezar gomes de souza 
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