quinta-feira, 6 de outubro de 2016

NEGUE-SE A SI MESMO, RENUNCIE!



NEGUE-SE A SI MESMO, RENUNCIE!

A QUEM RENUNCIARÁS...

    ...a ti mesmo ou ao Senhor?

O que é um “cristão”? Alguém que sustenta membresia em alguma igreja terrena? Não. Alguém que crê num credo ortodoxo? Não. Alguém que adota um certo modo de conduta? Não.

O que, então, é um cristão? Ele é alguém que renunciou a si mesmo e recebeu a Cristo Jesus como Senhor (Colossenses 2:6).

Ele é alguém que toma o jugo de Cristo sobre si e aprende dEle que é “manso e humilde de coração”. Ele é alguém que foi “chamado à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor” (1 Coríntios 1:9): comunhão em Sua obediência e sofrimento agora, em Sua recompensa e glória no futuro sem fim.

Não há tal coisa como pertencer a Cristo e viver para agradar a si mesmo. Não cometa engano neste ponto, “E qualquer que não tomar a sua cruz e não vier após mim não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:27),

"Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me" (Lucas 9.23).

Renunciar a si mesmo e tomar a própria cruz não é um discurso secundário.

É absolutamente necessário para se converter – ou continuar a ser – num discípulo de Jesus; si não praticamos a renúncia de nós mesmos, não somos Seus discípulos.
 
É inútil seguir Aquele que foi crucificado sem querermos levar diariamente a nossa cruz. Até que não renunciemos a nós mesmos, será impossível não renunciar ao Senhor.

Muitos escritores que têm escrito acerca da renúncia de si mesmo, parece que não tenham muito entendimento sobre o sujeito... ou não puderam explicá-lo aos outros, ou não souberam até que ponto falar dele, e não advertiram a absoluta necessidade. 

 Alguns falam de um modo tão tenebroso e místico que a maior parte dos homens não consegue compreender o que significa. Outros falam muito claramente da necessidade da renúncia de si mesmo, porém não explicam nunca em detalhe o que deve ser feito.
 
E se alguns deles são específicos, falam somente de coisas, como de suportar as prisões ou as torturas, abandonar casas ou terrenos, mulheres ou maridos, filhos e até a vida mesma.

Mas a maior parte de nós somos chamados a suportar estas coisas pelo Evangelho, a menos que Deus não permita novamente épocas de perseguição pública.

 
 O que significa para o homem "renunciar a si mesmo e tomar a sua cruz a cada dia"?

Isto é uma coisa muito importante de ser compreendida, porque muitos inimigos potentes opõem-se a esta doutrina cristã mais do que a outros aspectos de nossa vida espiritual.

Todos os nossos sentimentos naturais si alçam contra qualquer tipo de renúncia a nós mesmos, e imediatamente procuramos razões para desculpar-nos de fazê-lo.

Aqueles que amam o mundo odeiam até ouvir falar nisso. O grande inimigo das nossas almas, sabendo bem a plena importância disto, procura colocar uma pedra acima de nós.

Porém isto não é tudo, também as pessoas que têm conseguido se livrar do jogo do diabo e que têm advertido a obra de Deus em seus corações, parece que não saibam muito desta doutrina central do cristianismo.

 
Outros são tão profunda e completamente ignorantes a este respeito, como si na Bíblia não se fizesse nenhuma menção; mas a renúncia a si mesmo é uma coisa sobre a qual o Mestre insiste.

Alguns "cristãos" superficiais, gostam das coisas cômodas desta vida e não querem as coisas de Deus. Não é suficiente para um ministro do Evangelho o não se opor à doutrina da renúncia a si mesmo.

 
Se quiser ser puro do sangue de todos os homens, ele deve falar disso freqüentemente, mostrando a necessidade da maneira mais clara e forte.
 
Pode ver como si está em constante perigo de sermos enganados ou ridicularizados, estando fora deste importante mandamento de Jesus, por parte dos falsos ensinos ou falsos crentes?
 
Em contraposição, um bom entendimento daquilo que significa renunciar a si mesmo é de tremenda necessidade, e uma vez que se conhece o significado, é preciso aprender a praticá-lo como estilo de vida.

 
Todas as coisas que nos distraem de estarmos com Deus ou de crescer no Senhor podem ser reportadas a estas palavras: ou não renunciaremos a nós mesmos, ou não tomaremos a nossa cruz.

 
 Alguém não é plenamente discípulo de Cristo, porque não obedece este mandamento de Jesus. Tem que deixar o "eu" de lado todos os dias

 
O que é a renúncia de nós mesmos? Como renunciamos a nós mesmos? E por que deveríamos?

A renúncia de nós mesmos é simplesmente renegar ou refutar de seguirmos a própria vontade, estando convencidos que a vontade de Deus é a única verdadeira via.

 
A primeira razão pela qual Deus deveria estar no completo controle de nossa vida, antes que nós, é porque Ele nos fez: "foi ele, e não nós, que nos fez" (Salmo 100.3).  
 
O mundo já estava pronto pra nós, ele nos pôs no mundo para fazer a vontade Dele e não a nossa 

É somente um resultado natural da relação do homem com o Seu criador.
 
Se a vontade de Deus é aquela justa em cada coisa, grande ou pequena, portanto não deveremos nunca andar pela nossa via em coisa nenhuma.
 
A renúncia a nós mesmos é verdadeira tanto para os anjos do céu quanto para o homem.

 
A segunda razão pela qual Deus deve ter o completo controle das nossas vidas é pelas condições nas que encontra-se a humanidade desde a queda no pecado.

A nossa vontade tende a ser indulgente com os nossos desejos naturais, mas o plano e o desejo de Deus é que nós resistamos e vençamos esta tentação, não às vezes e somente em algumas coisas, mas todas as vezes e em todas as coisas.
 
A vontade de Deus é como uma rua que conduz direta a Deus. A vontade do homem, que uma vez corria paralela a essa, é agora uma outra rua, que corre em oposição e bem longe de Deus.

Se caminhamos por uma rua, devemos deixar a outra... não podemos caminhar pelas duas ao mesmo tempo. É impossível ao homem seguir a própria vontade e a vontade de Deus.

É necessário escolher uma ou outra: ou renunciar à vontade de Deus para seguir a própria, ou renunciar a nós mesmos para seguir a vontade de Deus.
 
Sem dúvida, por um tempo é mais agradável obedecer à própria vontade e aos próprios desejos.

Porém, seguindo os nossos desejos em cada coisa, reforçamos a rebelião em nossos corações, assim como comendo as iguarias que tanto nos gostam às vezes aumentamos uma doença do corpo. Satisfaz o nosso gosto mas nos deixa mais enfermos; nos dá prazer, porém nos traz também a morte.

Voltando ao começo, renunciar a nós mesmos é abandonar a nossa vontade (não interessa quanto desejemos o nosso caminho) a cada vez que não coincide com a vontade de Deus.
 
É negar a nós mesmos cada prazer que não provém de Deus, e que não nos leva a Deus.

*** 

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