NEGUE-SE A SI MESMO, RENUNCIE!
A QUEM RENUNCIARÁS...
...a ti mesmo ou ao Senhor?
O que é um “cristão”? Alguém que sustenta membresia em alguma igreja terrena? Não. Alguém que crê num credo ortodoxo? Não. Alguém que adota um certo modo de conduta? Não.
O que, então, é um cristão? Ele é alguém que renunciou a si mesmo e recebeu a Cristo Jesus como Senhor (Colossenses 2:6).
Ele é alguém que toma o jugo de Cristo sobre si e aprende dEle que é “manso e humilde de coração”. Ele é alguém que foi “chamado à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor” (1 Coríntios 1:9): comunhão em Sua obediência e sofrimento agora, em Sua recompensa e glória no futuro sem fim.
Não há tal coisa como pertencer a Cristo e viver para agradar a si mesmo. Não cometa engano neste ponto, “E qualquer que não tomar a sua cruz e não vier após mim não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:27),
"Se alguém quer vir após mim,
negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me" (Lucas 9.23).
Renunciar a si mesmo e tomar a própria cruz não é um discurso secundário.
É absolutamente necessário para se converter – ou continuar a ser – num
discípulo de Jesus; si não praticamos a renúncia de nós mesmos, não somos Seus
discípulos.
É inútil seguir Aquele que foi crucificado sem querermos levar
diariamente a nossa cruz. Até que não renunciemos a nós mesmos, será impossível
não renunciar ao Senhor.
Muitos escritores que têm escrito acerca da renúncia de si mesmo, parece que não tenham muito entendimento sobre o sujeito...
ou não puderam explicá-lo aos outros, ou não souberam até que ponto falar dele,
e não advertiram a absoluta necessidade.
E se alguns deles são específicos, falam somente de coisas, como de suportar as prisões ou as torturas, abandonar casas ou terrenos, mulheres ou maridos, filhos e até a vida mesma.
Mas a maior parte de nós somos chamados a suportar estas coisas pelo Evangelho, a menos que Deus não permita novamente épocas de perseguição pública.
Isto é uma coisa muito importante de ser compreendida, porque muitos inimigos potentes opõem-se a esta doutrina cristã mais do que a outros aspectos de nossa vida espiritual.
Todos os nossos sentimentos naturais si alçam contra qualquer tipo de
renúncia a nós mesmos, e imediatamente procuramos razões para desculpar-nos de
fazê-lo.
Aqueles que amam o mundo odeiam até ouvir falar nisso. O grande inimigo
das nossas almas, sabendo bem a plena importância disto, procura colocar uma
pedra acima de nós.
Porém isto não é tudo, também as pessoas que têm conseguido se livrar do
jogo do diabo e que têm advertido a obra de Deus em seus corações, parece que
não saibam muito desta doutrina central do cristianismo.
Alguns "cristãos" superficiais, gostam das
coisas cômodas desta vida e não querem as coisas de Deus. Não é suficiente para
um ministro do Evangelho o não se opor à doutrina da renúncia a si mesmo.
Se quiser ser puro do sangue de todos os homens, ele deve falar disso
freqüentemente, mostrando a necessidade da maneira mais clara e forte.
Pode ver
como si está em constante perigo de sermos enganados ou ridicularizados,
estando fora deste importante mandamento de Jesus, por parte dos falsos ensinos
ou falsos crentes?
Em contraposição, um bom entendimento daquilo que significa
renunciar a si mesmo é de tremenda necessidade, e uma vez que se conhece o
significado, é preciso aprender a praticá-lo como estilo de vida.
A renúncia de nós mesmos é simplesmente renegar ou refutar de seguirmos a própria vontade, estando convencidos que a vontade de Deus é a única verdadeira via.
A primeira razão pela qual Deus deveria estar no completo controle de
nossa vida, antes que nós, é porque Ele nos fez: "foi
ele, e não nós, que nos fez" (Salmo 100.3).
O mundo já estava pronto pra nós, ele nos pôs no mundo para fazer a vontade Dele e não a nossa
É somente um resultado natural da relação do homem com o Seu criador.
Se a vontade de Deus é aquela justa em cada coisa, grande ou pequena,
portanto não deveremos nunca andar pela nossa via em coisa nenhuma.
A renúncia
a nós mesmos é verdadeira tanto para os anjos do céu quanto para o homem.
A nossa vontade tende a ser indulgente com os nossos desejos naturais,
mas o plano e o desejo de Deus é que nós resistamos e vençamos esta tentação,
não às vezes e somente em algumas coisas, mas todas as vezes e em todas
as coisas.
A vontade de Deus é como uma rua que conduz direta a Deus. A vontade do homem, que uma vez corria paralela a essa, é agora uma outra rua, que corre em oposição e bem longe de Deus.
Se caminhamos por uma rua, devemos deixar a outra... não podemos caminhar pelas duas ao mesmo tempo. É impossível ao homem seguir a própria vontade e a vontade de Deus.
É necessário escolher uma ou outra: ou renunciar à vontade de Deus para
seguir a própria, ou renunciar a nós mesmos para seguir a vontade de Deus.
Sem
dúvida, por um tempo é mais agradável obedecer à própria vontade e aos próprios
desejos.
Porém, seguindo os nossos desejos em cada coisa, reforçamos a rebelião
em nossos corações, assim como comendo as iguarias que tanto nos gostam às
vezes aumentamos uma doença do corpo. Satisfaz o nosso gosto mas nos deixa mais
enfermos; nos dá prazer, porém nos traz também a morte.
Voltando ao começo, renunciar a nós mesmos é abandonar a nossa vontade
(não interessa quanto desejemos o nosso caminho) a cada vez que não coincide
com a vontade de Deus.
É negar a nós mesmos cada prazer que não provém de Deus,
e que não nos leva a Deus.
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