terça-feira, 2 de junho de 2015

BONS FRUTOS, BOAS AÇÕES, BOM CARÁTER



BONS FRUTOS, BOAS AÇÕES, BOM CARÁTER

A predisposição natural do homem está relacionada com seu caráter. De fato, é o que o caracteriza. Toda pessoa nasce com certa predisposição natural. O Senhor não veio apenas livrar-nos do pecado, mas também das nossas inclinações. 

Alguns nascem obstinados; outros, muito legalistas. Para estes, dois mais dois têm de ser quatro. Eles são muito corretos, mas ao mesmo tempo são muito rígidos. O que para eles é correto tem de ser o correto; e o que pensam que é errado tem de ser errado. São muito inflexíveis. No lugar em que estão e em tudo o que fazem, sempre são os juizes supremos. 


Não há dúvidas de que freqüentemente eles são muito justos, mas a justiça deles tem chifres que fere os outros. Falta-lhes a amabilidade e doçura no trato com os irmãos. A justiça deles é rigorosa e inflexível.

Outros são muito frágeis e temem assumir qualquer responsabilidade. Para eles tudo está bem. São o oposto dos irmãos obstinados que acabamos de mencionar. Alguns se enganam pensando que um homem bonzinho é um homem santo. Mas quantos homens bonzinhos Deus tem usado ? Era o Filho de Deus um homem bonzinho na terra? Esse tipo de predisposição é também pecado e precisa ser resolvido.

Alguns talvez não sejam tão rigorosos ou bonzinhos; são, no entanto, como os que gostam de se exibir. Onde estão, querem ser notados. Aonde vão, sempre querem ser eles os que falam. Mesmo que não tenham a oportunidade de fazer alguma coisa, ainda assim circularão pelo ambiente para cumprimentar a todos os presentes. Não importa onde estejam, não ficarão satisfeitos até que todos tenham notado sua presença. Eles nunca passam despercebidos nos lugares aonde vão e jamais ficam calados.

Alguns irmãos são muito retraídos. Eles não gostam de ser notados onde estão. Sempre procuram um canto onde sentar-se. Isso também é pecado, e deve ser eliminado. Alguns irmãos são muito rápidos para tudo, enquanto outros são muito lentos.

Uma vez um irmão disse: "Louvado seja o Senhor. Tenho uma predisposição rápida para as coisas. Posso perder a paciência num minuto e esquecer disso logo em seguida. Posso explodir de raiva pela manhã, mas em cinco minutos isso passa. Quando vou para o trabalho já esqueci de tudo". Porém sua esposa e seus filhos sofrem o dia todo.

Quando regressa do trabalho, sua esposa ainda está sofrendo e ele acha isso muito estranho. Pensa até que é ele uma boa pessoa! Isso é pecado, e precisa ser também solucionado. Alguns são lentos em tudo. Podem adiar um assunto por um ou dez dias. Isso é ociosidade. Essa predisposição também deve ser tratada.

Cada um tem a própria peculiaridade. Mesmo sendo salvos, são extremamente severos com os demais e provocam situações antagônicas. Tudo deve ser observado nos mínimos detalhes. Nunca se aproveitam dos outros, porém, de nenhum modo permitem que outros levem a mínima vantagem sobre eles. Nunca ferem ninguém, mas se alguém os ofende, tomarão olho por olho e dente por dente. São muito calculistas e não deixam escapar absolutamente nada.

Outros, pelo contrário, não são nada severos com os demais, mas são muito malvados. Tirarão vantagem dos outros mesmo quando se trata de alguns centavos. Eles não roubam nada de ninguém, mas aproveitam-se até de seus empregados ou seus motoristas.

Outros gostam de falar muito. Onde quer que estejam, não haverá sequer um momento de tédio: falam de uma família e criticam outra.

Outros são muito levianos quanto aos fatos. Assim que ficam sabendo de algo, correm para contar aos demais.

Outros apreciam exagerar as coisas. Não mentem, mas o que dizem, exageram. Todas essas características do caráter têm a ver com nossas palavras. Se desejamos vencer e experimentar uma vida vitoriosa, todas essas coisas têm de ser lançadas fora.

Ainda que não nos sintamos capazes de desfazer-nos delas, uma coisa é certa: temos de vencer.

O andar diário dos cristãos de hoje está longe de expressar a Deus. 

Alguns irmãos somente vêem as falhas dos outros; e são incapazes de apreciar as virtudes dos demais. De sua boca só saem palavras de críticas. Alguns não conseguem facilmente evitar notar as falhas nos outros. Sempre encontram seis ou sete defeitos que nota nas pessoas. Quando outros se aproximam, também encontra nesse outro seus seis ou sete problemas.

Quando vemos tantos problemas nos outros, a razão pela qual vemos tantos problemas nos outros é porque nós mesmos somos o problema.

Todas essas coisas são pecados. Todo cristão vencedor vive acima delas todas, e não debaixo delas.

(Watchman Nee)

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