NADA NOS FALTARÁ
O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará. (Sl 23.1)
O Salmo 23 é, sem dúvida, o mais conhecido e querido de todos os salmos. Nenhum outro salmo toca tão profundamente em nossas emoções. Há neste inspirado cântico, o conceito da confiança nos cuidados que Deus nos dedica, ilustrado pelo relacionamento entre o pastor e a ovelha.
Entretanto, não podemos lê-lo sem levar nossa atenção para Jesus Cristo, que ousadamente disse: “Eu sou o bom Pastor” (Jo 10.11). Ele é a revelação do coração de Deus do Pastor.
O PASTOR E A OVELHA:
O salmista começa dizendo: “O Senhor é o meu Pastor” a maioria das pessoas que conhecemos, ou tem a teologia do Senhor, ou tem a teologia do Pastor. Os que têm a teologia do Senhor, o reverenciam como: O Deus soberano e poderoso, que deve ser temido, obedecido, respeitado e reverenciado. Os da teologia do Pastor o definem como: Manso e suave, aquele que tem água com açúcar para dar, Deus bondoso e de graça ilimitada.
Ambos estão certos, mas no entanto Davi coloca estas duas verdades juntas. Muitas pessoas recitam este salmo sem experimentar suas verdades, logo, elas conhecem bastante o salmo do Pastor, mas poucos conhecem o Pastor deste salmo.
O Pastor governa, guia, alimenta e protege as ovelhas, as ovelhas, seguem obedecem, amam, e confiam no Pastor. Nada nos liberta tanto do medo como saber que neste mesmo instante, no decurso deste dia nos projetos e problemas que temos pela frente, nosso Pastor está constantemente operando para o nosso bem-estar.
Não precisamos ter falta de nada. O nosso bom Pastor sabe o que precisamos antes que lho peçamos e Ele vai à nossa frente, preparando exatamente aquilo de que necessitamos, no momento da nossa necessidade. O bom Pastor, aquele que colocou as estrelas no seu lugar, firmou os montes e, que rege o universo importa-se com os nossos problemas.
“Ele me faz repousar em pastos verdejantes”. Isto é, um oásis em meio à terra deserta. As ovelhas se recusam a deitar-se enquanto estão com fome. Só o fazem quando estão satisfeitas em seu apetite.
Deus nos conduz dia a dia exatamente àquilo de que precisamos. Pastos verdejantes, e águas tranqüilas descrevem do que as ovelhas precisam. O pastor sabe disto e está em constante procura de bebedouros nos quais as ovelhas possam matar a sede a fim de descansar. Com comida, água fresca e descanso, o Senhor restaura nossas capacidades enfraquecidas.
“O Senhor é” nossa relação com Ele é baseada num dar de mim a Ele. Precisamos ter uma relação com Deus baseada em entrega: Ele me faz, Ele me leva para a vida, Ele me refrigera, Ele me guia, ele me prepara, Ele me unge, logo nada me faltará.
O que não me faltará? Não me faltará uma existência com retidão e integridade; Ele vai me guiar pelas veredas da justiça. Posso não ser muito, mas tenho a mim mesmo, e sei para onde estou indo. Não me faltará uma vida onde as perdas são compensadas pelo consolo de Deus. Posso até derramar lágrimas, mas, nunca me faltará a presença que consola e anima a vida. Nada me faltará, não vai me faltar uma vida alegre, apesar dos meus adversários e das adversidades.
O Senhor nunca prometeu que não sofreríamos dificuldades, nem que não teríamos inimigos, pelo contrário, eles estão lá; mas, é na presença dele que Ele nos serve. Ser ungido por Ele é ter sua mão amorosa sobre nós, enchendo-nos com seu Espírito. Deus faz nossa vida transbordar, quando Ele unge com seu precioso óleo, para deixarmos as outras pessoas beberam também. (Jo 7.38). as chuvas que caem nas mais altas montanhas também vão correndo para baixo para dar refrigério nos vales profundos.
“Bondade e Misericórdia” Uma das coisas mais difíceis é aprender a envelhecer. É fácil aprender a ser jovem: a gente erra, bate a cabeça por todo lado, mas sempre acha que há futuro, há uma chance, uma esperança. O salmista está dizendo: não somente vou viver bem, mas vou morrer bem, com integridade e generosidade.
Vou ficar velho sendo bom, generoso sem mesquinharia, sem inveja de ninguém, sem ter na alma um rosário de dores para contar. Vou aprender a viver minha existência inteira e chegar ao fim dela tomado de bondade, peito aceso e generoso.
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