sexta-feira, 4 de maio de 2018

AS PEDRAS DE SIMEI



DAVI E AS PEDRAS DE SIMEI

O rei Davi estava no fundo do poço. Seu filho, Absalão resolveu tomar o reino de seu pai e juntou um exército para guerrear contra Davi. 

Para evitar um confronto, Davi saiu de Jerusalém com seus filhos, mulheres, servos e alguns amigos fiéis, seguiram para o deserto, esperando que as coisas se acalmassem para voltar para casa.

Eram dias sombrios para o rei Davi, porque, apesar de ser um homem de guerra, Davi não esperava a traição de seu próprio filho e não teria coragem de matar Absalão.

Quando as coisas não vão bem, tudo de mal acontece, é uma conspiração do inferno para tirar a paz dos servos de Deus e Davi estava vivendo aqueles dias de “lei de Murphy”.

Quando a comitiva do rei chegou à cidade chamada Baurim, um homem da linhagem de Saul, chamado Simei, saiu ao encontro de Davi e ele não estava com cara de “bons amigos”.

Simei começou a amaldiçoar o rei, pior, atirando pedras e o homem tinha uma pontaria certeira, porque o rei Davi vinha cercado de servos e valentes, do lado direito e esquerdo, e ainda assim Simei acertava pedras no rei de Israel.

Os insultos de Simei feriam o coração abatido do servo de Deus, mas ele continuava em sua marcha, passando pela cidade, recebendo pedradas e ouvindo Simei gritar a plenos pulmões: “Sai, sai, homem de sangue, e homem de Belial.”
(2 Samuel 16:7).

Em tempo: “homem de Belial” é o mesmo que “filho do diabo”.

Foi aí que Abisai, chefe de trinta poderosos soldados de Davi, resolveu tomar uma atitude e foi pedir permissão ao rei para arrancar a cabeça de Simei. Só isso.

Davi não autorizou fazer nada contra Simei e disse: “Ora deixai-o amaldiçoar; pois o Senhor lhe disse: Amaldiçoa a Davi; quem pois diria: Por que assim fizeste?

Disse mais Davi a Abisai, e a todos os seus servos: Eis que meu filho, que saiu das minhas entranhas, procura a minha morte; quanto mais ainda este benjamita? Deixai-o, que amaldiçoe; porque o Senhor lho disse.” (2 Samuel 16:10,11).

Você entendeu? Simei estava apedrejando e amaldiçoando um homem poderoso, um rei, e quando o oficial de seu exército pediu permissão para arrancar a língua do homem pelo pescoço, o rei disse que não e justificou: Ele só está fazendo isso, porque o Senhor mandou que ele fizesse.

Davi conhecia o Senhor, tanto é que ele concluiu dizendo: “Porventura o Senhor olhará para a minha miséria; e o Senhor me pagará com bem a sua maldição deste dia.”
(2 Samuel 16:12).

Davi não era um rei qualquer, ele era um homem segundo o coração de Deus e sabia que a vingança pertence ao Senhor e que Ele próprio responde as afrontas que nós não respondemos.

As pedras que atingiam Davi doíam menos que seu coração ferido pela traição de Absalão, menos que a possibilidade de perder um filho, menos do que a exigência do cargo, que pedia uma atitude enérgica do rei para sufocar a rebelião.

Davi estava ferido, humilhado, apedrejado, amaldiçoado, mas não perdeu sua fé, ele acreditou que nenhuma daquelas pedras o teria atingido se não fosse a vontade de Deus.

Vamos aos nossos casos pessoais de “apedrejamento”. Pode ter certeza que todas as vezes que, como Davi, estivermos caminhando em direção ao deserto, muitos problemas serão levantados para nos enlouquecer, para provar nossa fé, ou simplesmente, porque somos os alvos preferenciais do diabo.

O que Deus espera dos discípulos de Jesus é o mesmo que esperou de Davi: paciência e submissão à vontade do Senhor. Não é fácil, mas é possível.

O negócio é pedir a ajuda do Amado Espírito Santo para suportar e esperar. O milagre vai acontecer! 

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