quarta-feira, 6 de outubro de 2021

DOUTRINA CRISTÃ DO PECADO (PARTE 03)

 

O PECADO DE ADÃO E A SOLIDARIEDADE DA RAÇA HUMANA.

 

Segundo o minidicionário Aurélio, solidariedade, significa:

Laço ou vínculo recíproco de pessoas ou coisas independentes. Apoio a causa, princípio, etc, de outrem. Sentido moral que vincula o indivíduo à vida, aos interesses de um grupo social, duma nação, ou da humanidade.

 

O conciso dicionário de teologia cristã, nos diz acerca da

solidariedade da raça humana:Referência à idéia de que toda a humanidade é descendente dos mesmos ancestrais. Assim, foi afetada pelos atos de Adão, especialmente, o primeiro pecado no jardim do Éden.

 

Das definições dos dois dicionários, excetuando-se a segunda do minidicionário Aurélio, a qual, depende da vontade pessoal, podemos ver a ligação incondicional de todos os seres humanos, em todo e qualquer lugar, bem como em todas as épocas da história humana.

 

Devido à solidariedade da raça humana, toda a descendência de Adão sofreu em conseqüência do seu pecado.

 

Vejamos o que diz Rom¨5:12, passagem esta que confirma o que está dito no parágrafo anterior.

 

Por isto, todas as pessoas humanas, as quais são descendentes de Adão, nascem no mesmo estado em que este caiu, ou seja, pecadoras, visto que, carregam consigo quatro características, quais sejam:

 

1 - A DEPRAVAÇÃO.

2 - A CULPA.

3 - O PECADO MORTAL.

4 - A PENA.

 

Vejamos cada uma delas em separado.

 

A DEPRAVAÇÃO (CORRUPÇÃO).

 

O minidicionário Aurélio, define depravação como: Ato ou efeito de depravar¨(se). Degeneração mórbida. Para depravar, o mesmo dicionário nos diz: Danificar, corromper. Corromper, degenerar.

O conciso dicionário de teologia CRISTÃ, para corrupção, nos diz: Estado pecaminoso, corrompido ou poluído da natureza de alguém. Portanto, a depravação do ser humano, consiste em: A corrupção do homem, referente à sua natureza inicial, em conseqüência do pecado de Adão.

 

A depravação provoca, com toda a certeza uma tendência para o mal, Gên¨6:11-12; Sal¨14:1-3; Rom¨3:10-12.

 

A depravação, para ser bem entendida, deve ser olhada sob dois aspectos:

 

A DEPRAVAÇÃO NO ASPECTO NEGATIVO.

A DEPRAVAÇÃO NO ASPECTO POSITIVO.

 

A, A DEPRAVAÇÃO, NO ASPECTO NEGATIVO.

 

Esta, não significa que o ser humano, está totalmente desprovido deboas qualidades, as quais, de uma certa forma, quando colocadas em ação, agradam a DEUS, At¨10:1-47¨(4, 22, 31).

 

Também não quer dizer que o homem esteja totalmente inconsciente e, em conseqüência dessa inconsciência, possa levar a efeito a prática de todo e qualquer mal, sem que seja considerado culpado, Naum¨1:2-3.

 

Por isso, a depravação do ser humano, por causa do pecado, ainda que todas as suas tendências sejam para o mal, não faz dele um ser mau por excelência, ou seja, cem por cento (100%) mau.

 

Se a depravação do ser humano, o deixasse 100% mau, jamais haveria possibilidade do mesmo ter a SALVAÇÃO ETERNA, visto que, esta contrariaria a natureza humana, a qual seria, totalmente má.

 

A DEPRAVAÇÃO NO ASPECTO POSITIVO.

 

Esta, significa que, o ser humano (natural), está totalmente afastado do amor para com DEUS, o qual deveria fazer parte da sua natureza.

 

A depravação provocou uma mudança no foco das atenções humanas, de tal forma que, o homem ama e honra mais alguma coisa criada do que o seuCRIADOR (DEUS), Rom¨1:25.

Além disso, há até, como que uma antipatia do homem, já depravado, para com DEUS.

 

A depravação, provocou no homem uma antipatia para com as coisas espirituais.

 

Todas as suas tendências, são mais para o mal do que para o bem.

 

Na verdade, o homem natural (corrompido), jamais será tão ruim como o pode ser, porém é, sem sombra de dúvida, sempre ruim.

 

Gên¨6:5 confirma todas estas declarações.

 

A CULPA.

 

O minidicionário Aurélio, nos diz de culpa: Conduta negligente ou imprudente danosa a outrem. Falta voluntária contra a moral, um preceito religioso ou a lei. Responsabilidade por ação ou omissão prejudicial, reprovável ou criminosa.

 

O conciso dicionário de teologia CRISTÃ nos diz: Responsabilidade em punir delitos. O termo é muitas vezes empregado na intuição de culpabilidade, que pode não ter base objetiva.

 

Este mesmo dicionário nos diz de culpa objetiva:

Culpa baseada na veracidade de um delito. Opõe-se aos sentimentos de culpa, que pode não ser adequada ou merecida.

Portanto, a culpa do homem, é: O resultado do seu pecado, o qual é, na verdade, um ato mau.

 

A culpa é intransferível, isto é, o culpado do pecado é sempre quem o pratica, Ez¨18:1-20.

 

Para que haja castigo correto, é necessário que haja culpa, sendo o castigo, resultante da culpa.

 

O PECADO MORTAL.

 

Em conseqüência do pecado de Adão, toda a sua descendência, ou seja, toda a humanidade, está (naturalmente) morta em ofensas e pecados, João¨5:24; Ef¨2:1-3, 4:17-19; Col¨2:13.

 

Esta condição só é possível reverter-se, porque DEUS ama a todo o ser humano, João¨3:16, amor, este, que o levou a colocar o meio (JESUS CRISTO) à disposição do ser humano, para que este possa ter vida, e vida em abundância João¨10:10.

 

Há também, o pecado da blasfêmia contra o ESPÍRITO SANTO, o qual, só pode ser levada a efeito, por quem tem conhecimento da verdade, Mat¨12:31-32; Mar¨3:28-29; Luc¨12:10; Heb¨6:4-8.

 

A blasfêmia contra o ESPÍRITO SANTO, aguça o grau da condenação eterna, já que é o maior de todos os pecados,

vejamos os próximos exemplos de aguçamento da condenação em virtude da maior gravidade dos pecados, Mat¨10:15; Luc¨10:12-15.

 

À luz da BÍBLIA SAGRADA, o único pecado que não tem perdão é a blasfêmia contra o ESPÍRITO SANTO.

 

A PENA.

 

O minidicionário Aurélio nos diz acerca de pena:Castigo, punição. Sofrimento. Dó. Tristeza.

 

A pena em pauta, é o castigo, a punição, o sofrimento, pelo qual o homem passa, em conseqüência dos seus pecados, visto que, o pecado sempre traz como resultado o sofrimento.

 

O conciso dicionário de teologia CRISTÃ, nos diz de pena:

Disciplina imposta pela igreja aos pecadores após confissão.

 

Trata-se de um sacramento nas igrejas Ortodoxas Orientais e

católica romana que exige a prática de certos atos como forma de pagamento parcial pela culpa dos pecados.

 

Esta prática, usada pelas igrejas citadas, carece de base BÍBLICA, para ser colocada e praticada pelo CRISTIANISMO AUTÊNTICO.

 

Entretanto, como não podia deixar de ser, nos mostra uma certa forma de castigo.

 

No aspecto espiritual, a pena é o resultado inevitável do pecado.

 

Isto é visto claramente em Ez¨18:20.

Entretanto, DEUS não deixa o ser humano entregue exclusivamente às leis naturais, ao contrário, movido por seu amor, João¨3:16, providenciou o substituto (JESUS CRISTO) para sofrer a pena merecida pelos pecados do crente, para que este não sofra a pena devida pelos seus pecados, Mat¨26:27-28; 1ªCor¨15:3; Gál¨1:3-4; Heb¨10:10-14.

 

Por isto, relativamente à pena, há distinção entre o crente e o incrédulo.

 

As próximas passagens mostram o castigo temporal para os crentes, Deut¨8:5; Prov¨3:12; Heb¨12:6-11; Apoc¨3:19.

 

As próximas passagens mostram o castigo eterno para os incrédulos, João¨3:18b; Apoc¨20:15, 21:8.

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