AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS
“Mestre, qual é o grande mandamento na lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.” - Mateus 22:36-40
Há muitas pessoas que professam o cristianismo e acreditam que o Evangelho é o esforço humano para cumprir os mandamentos do amor dados por Cristo nesses versículos.
E que fazendo dessa forma serão salvos no final de suas vidas. Será isso verdadeiro?
De maneira nenhuma! Acreditar que Jesus diminuiu as exigências da lei para que a salvação fosse alcançada, eram dez e agora são apenas dois mandamentos, é um erro mortal.
Jesus Cristo não diminuiu as exigências da lei, mas resumiu. Amar a Deus e ao próximo sempre foram exigências da lei tanto na Antiga Aliança quanto na Nova Aliança (Levítico 19:18).
Amar a Deus e ao próximo não é o Evangelho, mas lei. O padrão de perfeição da lei é o mesmo em ambas as Alianças, sendo assim impossível de alguém alcançar com seus próprios esforços (Romanos 3:20;4:1-4).
Jesus nos manda amar não somente quem nos faz o bem, mas também nossos inimigos (Lucas 6.27).
As exigências não diminuíram. Por causa da nossa natureza caída, não conseguimos sequer amar perfeitamente alguém que nos faz o bem, quanto mais quem nos faz o mal.
Infelizmente muitos vivem na ilusão que serão justificados por serem amorosos nessa vida, basta amar para agradar a Deus.
O problema é que ninguém ama como exigido por Deus.
Supomos que uma pessoa estranha estivesse em um incêndio em um prédio e também um animal de estimação que você tanto ama, ou qualquer objeto que você tem um grande apreço. Podendo salvar somente um, quem você salvaria? O estranho ou aquilo que traz algum benefício para você?
Vamos aumentar a dificuldade, você arriscaria a sua vida para salvar um estranho que não tem nenhum significado para você? Exemplo: Stallin, Hitler ou qualquer outra pessoa que você considera muito má, ou te fez algum mal?
Se você pudesse salvar apenas um, algo que te traz satisfação ou um inimigo, quem você salvaria? Difícil, né?
Jesus diz que quando nos iramos com alguém sem motivo cometemos homicídio em nosso coração. Isso é deixar de amar.
O problema não está simplesmente nos atos, mas no coração. Jesus resumiu os Dez Mandamentos em Dois mandamentos: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento”
(primeiros quatros mandamentos da lei); E: ”Amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (os seis últimos mandamento da lei).
(primeiros quatros mandamentos da lei); E: ”Amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (os seis últimos mandamento da lei).
Se amamos qualquer outra coisa mais do que a Deus (idolatria), então quebramos o primeiro e grande mandamento.
Tudo que amamos mais do que a Deus é pecado e somente um pecado já nos condena diante de Deus. Porém, alguém pode dizer que ama a Deus, mesmo falhando em amar o próximo. Mas isso é impossível
(1 João 4:7-8).
Nesse caso não amar o próximo é o mesmo que amar a si mesmo mais do que a Deus, porque Deus nos manda amar o nosso próximo e quando desobedecemos a Deus estamos deixando de amar a Deus em primeiro lugar (João 14:15,21).
Quando deixamos de amar o nosso próximo, é porque amamos a nós mesmo acima de Deus.
Já nascemos amantes de nós mesmos, visamos sempre o nosso bem próprio em primeiro lugar. A resposta do porquê pecamos procede de entender esse amor-próprio.
Por que não perdoamos? Porque pensamos que merecemos ser mais valorizados pelas pessoas que nos ofendem.
Por que temos inveja?
Porque pensamos que merecemos possuir mais ou semelhante ao que o outro possui. Por que muitas vezes não exortamos alguém que pecou (Mateus18:15)?
Porque amamos muito a nós mesmos e não queremos perder as amizades e seus benefícios.
Exortar alguém em pecado é demonstrar amor por ele, pois, visa o seu bem eterno.
Dessa forma, não perdoar, invejar e não exortar o nosso próximo é desobedecer a Deus que nos ordena a fazer tudo isso.
Quando não amamos o próximo é porque amamos a nós mesmos e quando amamos a nós mesmos não amamos a Deus, que é digno de ser glorificado através das nossas vidas obedientes.
Quando não amamos o próximo como exigido quebramos o segundo e também o primeiro mandamento que foram resumidos por Jesus.
Logo, é impossível cumprir esses mandamentos para sermos salvos, pois, quebramos não somente um mandamento, mas todos os mandamentos da Lei de Deus.
Jesus não resumiu a lei para que ficasse mais fácil de cumpri-la para sermos salvos por ela, dois mandamentos ao invés de dez, pois, continua sendo a Lei e ninguém será justificado pelas obras da lei (Rm 3.20; Gl 3.1), a lei serve para revelar o nosso pecado (a lei diz para você salvar aquele estranho no incêndio ao invés de seu animal ou objeto) e assim nos mostrar que precisamos de um salvador. (Gl 3.24,25).
Nós não nos aproximamos de Deus por cumprir a lei, pois, a lei nunca foi e nunca será a mediadora entre Deus e os homens.
Nunca nenhum pecador amou ou irá amar a Deus e a seu próximo com a perfeição que é exigida.
O que define o Evangelho não é o nosso amor por Deus, mas o amor de Deus por nós. Somente Jesus Cristo amou a Deus e a seu próximo de maneira perfeita, essa é a boa notícia da salvação, o Evangelho.
O Evangelho é a boa notícia de que mesmo o homem estando sob a condenação da lei (não amando perfeitamente).
Deus amou pecadores antes da fundação do mundo e enviou seu único Filho, Jesus Cristo para que amasse perfeitamente a Deus e aos homens e fosse condenado em lugar de todo aquele crê.
Jesus não veio ao mundo para dar um código moral que todos pudessem cumprir e serem salvos. Ele veio para salvar transgressores da lei de Deus.
O Evangelho é o que Jesus Cristo fez em nosso lugar. Ele realizou o que jamais poderíamos realizar. Ele amou perfeitamente do início ao fim (Fp 2:5-8).
Ele nos ensinou como andar em amor. Agora, nós o amamos porque Ele nos amou primeiro.
Somos aceitos, amados e justificados por Deus não por amar a Deus e ao próximo, mas unicamente pela graça mediante a Fé em Cristo Jesus que amou perfeitamente.
Isso não que dizer que os Cristãos não tem a capacidade de amar. Somos capacitados pelo Espírito Santo a amar como Jesus amou.
Mas, muitas vezes falhamos nisso. Mas não ficamos desanimados, antes progredimos para o alvo que é a perfeição em Cristo Jesus. Mesmo o nosso amor sendo falho agrada a Deus, pois fazemos isso unidos a Cristo pela fé.
Quanto a sua resposta sobre quem você salvaria no incêndio não importa, pois, quem obedece a toda a Lei, mas tropeça em apenas uma das suas ordenanças, torna-se culpado de quebrá-la integralmente.(Tg 2.10).
O perdão para todos os que são culpados e o poder para andar em amor está somente em Cristo Jesus.
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