PROSTITUIÇÃO
A prostituição é uma deturpação do relacionamento íntimo e especial que deve ser o casamento.
A prostituição estraga esse relacionamento e dá valor às coisas erradas: luxúria em vez de amor, infantilidade em vez de responsabilidade, abuso em vez de carinho...
Na Bíblia a prostituição também tem um significado espiritual.
A infidelidade de quem se prostitui é como a infidelidade de quem abandona a Deus para adorar ídolos.
Deus quer restaurar relacionamentos e corações, para serem novamente puros e fiéis.
Podemos pensar que ninguém mais adora a ídolos, mas de fato isso é muito comum em toda nação e cultura, incluindo todas as nações do Ocidente e também sobre cristãos.
Como pode algum cristão cair em idolatria?
Essa é uma das mais importantes perguntas que nós podemos fazer, pois é um dos mais sutis e devastadores pecados do coração que pode vir sobre muitos cristãos.
Um ídolo não é somente um objeto inanimado que alguns se prostram e adoram – é qualquer coisa que colocamos nossa confiança ou nosso amor ao invés pô-las em Deus.
Isso inclui nosso dinheiro, trabalho, educação, país, cônjuge, filhos, esportes, pastores, professores favoritos, autor favorito ou qualquer outra coisa.
Não é acidentalmente que atletas famosos e artistas são chamados de ‘ídolos’, pois o amor de muitas pessoas por eles e a devoção dada a eles podem facilmente obscurecer seu amor e devoção a Deus.
A idolatria vem de várias formas. Provavelmente no ocidente os ídolos mais comuns sejam saúde e possessões materiais, que em Apocalipse estão relacionados como uns dos ídolos dos últimos dias.
Isso é porque a marca da besta é uma marca econômica, determinando se nós podemos comprar, vender ou negociar.
É imperativo que os cristãos tenham um forte ensinamento sobre como lidar com seu dinheiro e posses.
Entretanto, uma das mais devastadoras e ilusórias formas de idolatria que tem sido difundida seguidamente na igreja é a adoração às coisas de Deus.
Há muitos cristãos que adoram a igreja mais do que a Deus. Há muitos cristãos que adoram a Bíblia, oração, os dons do Espírito, etc mais do que adoram a Deus.
É comum para aqueles que estão ‘no ministério’ deixar que o ministério seja o foco de sua devoção em seu relacionamento pessoal com o Senhor.
Isso acontecia freqüentemente comigo e foi a razão pela qual deixei o ministério por sete anos – senti que meu relacionamento pessoal com Deus vinha se tornando cada vez mais superficial.
Eu senti também que tinha que resgatar meu relacionamento com Deus ou eu seria uma falha não obstante quantas pessoas eu ‘trouxesse ao Senhor’, na verdade estariam sendo trazidas mais a mim.
Até um ministério se torna um ídolo, quando ele se torna nossa principal devoção ao invés de ser algo destinado ao serviço a Deus.
Por essa razão, tenho ouvido alguns pregadores dizerem que nós devemos procurar o Doador e não seus dons.
Isso pode parecer sábio, mas na verdade as Escrituras nos dizem para procurar os dons.
Tal reação pode realmente levar a ainda piores transgressões.
Como o próprio Senhor Jesus deixou claro, se nós não procurarmos conhecer e usar os dons que Ele nos deu, seremos culpados de esconder os talentos, aos quais ele chama, “servo mau e preguiçoso!” (Mateus 25:26).
Mais uma vez digo, há uma vala em cada lado do caminho da vida.
Aqueles que são propensos a reagir a extremos irão inevitavelmente cair em oposição extrema.
É sábio procurar o Doador mais do que aos dons, mas não é somente sabedoria, é obediência a Sua Palavra assim como a procura pelos dons.
Aqueles que entendem os dons espirituais virão a entender que buscar os dons é, na verdade, um caminho de busca ao próprio Deus. Os dons do Espírito são o próprio Deus agindo através de nós.
Os sábios buscam tudo que pode receber de Deus, mas eles procuram por Deus ainda mais.
Aqueles que tolamente pensam que não irão buscar nada que venha de Deus, mas apenas confiar nEle para dá-los aquilo que Ele quer que eles tenham, têm um entendimento bem distorcido dos caminhos de Deus.
Ele somente dá àqueles que se importam o suficiente para perguntar. Alguns não procuram pelos dons ou outros benefícios de Deus até que sintam que os mereçam.
Essa é a raiz do espírito da religião, não do Espírito de Deus.
Nós nunca iremos merecer algo de Deus e nunca receberíamos nada dEle, incluindo a salvação, se esperássemos até que fossemos merecedores.
Aqueles, que mantêm esses ensinamentos e práticas não-bíblicas, inevitavelmente serão enganados pelo espírito da religião a quem eles servem no lugar de Deus.
Devemos estabelecer algo agora, nós nunca seremos sábio, maduros ou retos o suficiente para merecer algo de Deus, mas que iremos caçar tudo aquilo que Ele nos dá!
Não queremos ser como o irmão mais velho na parábola do filho pródigo que tinha acesso a tudo que o pai tinha, mas não usava e por causa disso se tornou invejoso de seu irmão que o fez.
Tal é a raiz da inveja e a inveja é um dos pecados mais mortais. Dissemos que a inveja foi uma das razões pela qual Jesus foi crucificado.
Estamos vindo ao Senhor como tolos e iníquos como o filho pródigo e nós não merecemos sequer sermos escravos em Sua casa, mas seríamos tolos em rejeitar uma simples coisa que Deus queira nos dar, incluindo a herança completa de filhos.
Entretanto, não devemos chegar até Ele presunçosamente.
Alguns pensam que podem clamar ou requerer sua herança, o que a Palavra deixa claro como um trágico erro.
Mais uma vez digo, há uma vala em cada lado no caminho da vida. Acheguemos-nos a Ele como filhos e filhas, mas também com humildade, tendo o máximo respeito por nosso Pai, não esquecendo do quão não-merecedores somos assim como o pródigo foi.
Nós devemos também nos achegar a Ele pedindo que nos de sabedoria para lidar retamente com Seus dons e recursos, entendendo que nós não somos sábios ou retos o suficiente para nada disso sem que Ele nos ajude.
Devemos também caçá-lO mais do que qualquer coisa que Ele possa nos dar.
Erskine Holt, que recentemente faleceu após mais de meio século viajando e ministrando, e que considero possivelmente como o primeiro verdadeiro apóstolo que encontrei uma vez me contou uma história que nunca esquecerei.
Ele tinha voltado de uma viagem extensa e tinha gastado praticamente um dia inteiro procurando um presente para sua esposa.
Quando ele entrou e deu o presente mal pode esperar para que ela abrisse. Ela olhou para o pacote e o jogou no lixo dizendo, “Eu não quero um presente – Eu quero você!”
É claro que isso significou mais para ele do que sua alegria por qualquer presente que ele tenha dado a ela.
Eu perguntei a ele a mesma pergunta que você pode estar pensando, e sim, ela mais tarde pegou o presente no lixo.
Presentes ou dons são bons também, mas eles nunca devem se tornar maiores do que nosso amor por Deus e Seu povo.
Qualquer coisa que amemos ou na qual colocamos nossa confiança pode obscurecer nosso amor e confiança em Deus.
Entretanto, o caminho para se evitar a idolatria não é amar menos, mas amar mais a Deus.
É errado também não confiar em outras pessoas, mas nós devemos sempre confiar mais em Deus.
Se nós amarmos mais a Deus do que amamos os outros, nós os amaremos mais do que se fosse de outra maneira.
Se nós confiarmos em Deus mais do que confiamos em alguém ou alguma coisa, estaremos livres para confiar nos outros ainda mais.
As coisas que amamos ou pomos nossa esperança e confiança são, geralmente, presentes vindos de Deus, que Ele deseja que apreciemos e amemos.
Como lemos em Salmos 37:4-5: “Deleita-te também no Senhor, e ele te concederá o que deseja o teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará.”
O Senhor ama dar bons presentes aos Seus filhos. Ele ama ver nosso prazer nos dons. Ele só não quer que os dons obscureçam nosso amor por Ele e nosso prazer nEle.
Toda oração que é apenas intercessão sem amor pelo louvor pode se tornar uma forma vazia e pode, ela mesma, se tornar um ídolo.
Seria uma boa coisa ver esse modelo de oração e adoração combinados varrendo todo o corpo de Cristo pelo mundo.
O objetivo nesses ensinos não é apenas ensinar algumas coisas, mas sermos transformados por eles, nos tornando vasos preparados para serem usados pelo Mestre.
Temos examinado essas obras da carne para que nos arrependamos de qualquer forma de domínio que elas tenham tido sobre nossas vidas.
A resposta à lascívia sexual não é apenas desistir do sexo, mas em desenvolver uma vida sexual saudável com sua esposa, ou se você não tem um cônjuge, como as Escrituras suplicam, arranje um! (veja I Coríntios 7:9).
A resposta à idolatria não é desistir de amar qualquer um ou qualquer outra coisa, mas amar mais a Deus.
Ele é mais interessante, maravilhoso, cativante, atraente e desejável do que qualquer coisa ou qualquer um.
Não nos deixando privar-nos de tirar toda vantagem do relacionamento que podemos ter com Ele.
Seu dia ou sua vida só será bem sucedida à medida que você andar com Ele. Nós podemos medir o sucesso de nossas vidas pelo quanto que nós temos amado ao Senhor.